quinta-feira, 4 de junho de 2020

Crítica de Nozick a Rawls

1. É principalmente nesse ponto que Rawls sofre suas principais críticas, os teóricos que buscam desconstruir essas visão da Teoria da Justiça de Rawls se pautam no fato de que nas sociedades modernas as desigualdades já são tão arraigadas nas instituições sociais que só seria possível obter vantagem com o “véu da ignorância” se fosse possível começar tudo do zero.
Há também uma crítica, principalmente por parte do teórico indiano Armatya Sen, ao fato de que Rawls considera muito parecido direitos políticos e econômicos, bem como não diferencia a falta de acesso a certos bens com a ausência desses mesmos bens. Por exemplo, se um local possui escolas particulares boas e públicas ruins, toda a sociedade teoricamente tem acesso à educação, ou seja, não há escassez do bem, mas só os que podem pagar uma escola particular possuem educação de maior qualidade.
2. 
Para Nozick, o Estado só deve se envolver nas atividades mais básicas, como segurança pública e resguardar o papel de ente capaz de punir.
É nesse formato em que escreve seu livro, com uma série de respostas às exigências de Rawls, tentando demonstrar que o único caminho viável para a Justiça é por meio do estado mínimo.
Porém, a mais relevante conclusão obtida em “Anarquia, Estado e utopia”, pode ser considerada a ideia de tributação, da maneira como é empregada pelos estados modernos, ou seja, de forma impositiva para financiar o Estado, seria moralmente indefensável, pois para Nozick se trata claramente de uma forma de trabalho forçado, por um determinado período de tempo, para beneficiar outras pessoas. Ele chega a comparar isso como uma modalidade de escravidão.

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