sexta-feira, 19 de novembro de 2021
Texto para resumo e análise Beatriz 10E
quarta-feira, 17 de novembro de 2021
As proposições simples e de que modo podemos relacioná-las
Conhecer o quadrado de oposições e as relações existentes entre cada uma das proposições que o compõem serve para podermos fazer inferências e raciocinar adequadamente sobre classes de objetos.
A imagem acima representa as quatro relações (contraditórias, contrárias, subalternas e subcontrárias) existentes entre os quatro tipos de proposições categóricas. Dizemos que A e E são contrárias, I e O são subcontrárias, A e I são subalternas, assim como E e O e A e O, por um lado, e E e I, por outro, são proposições contraditórias.
Agora vamos analisar cada uma dessas relações e o que podemos aprender com elas.
Proposições contraditórias
Considere as duas afirmações abaixo:Todos os advogados são bem pagos (A).Se uma é verdadeira a outra é falsa. Se é verdade todos os advogados são bem pagos, então é falso que alguns não são bem pagos. Se é verdade que alguns advogados não são bem pagos, então é falso que todos os advogados são bem pagos. Pelo fato de essas afirmações não poderem ser verdadeiras ao mesmo tempo, são chamadas de contraditórias.
Alguns advogados não são bem pagos (O).
Proposições universais afirmativas e particulares negativas são contraditórias, assim como universais negativas e particulares afirmativas.
Vamos ver mais um exemplo desse caso:
Nenhum morcego representa risco à saúde (E).Por serem duas proposições contraditórias, sabemos que, se uma é verdadeira, a outra é falsa. Se é verdade que nenhum morcego representa um risco à saúde, então é falso que algum morcego representa um risco à saúde. Ao contrário, se a segunda proposição for verdadeira, a primeira é falsa.
Algum morcego representa um risco à saúde (I).
Proposições contrárias
Analise o exemplo abaixo:Todos os políticos são corruptos (A).A primeira proposição é universal afirmativa (A) e a segunda é universal negativa (E). Essas proposições são contrárias, porque pelo menos uma tem que ser falsa. Se a primeira é verdadeira, então a segunda é falsa. Se a segunda é verdadeira, a primeira tem que ser falsa. No entanto, como ocorre nesse exemplo, proposições contrárias podem ser ambas falsas ao mesmo tempo, já que tanto a primeira quanto a segunda afirmação são falsas.
Nenhum político é corrupto (E).
Proposições subalternas
A relação de subalternidade existe entre uma proposição universal afirmativa (A) e particular afirmativa (I), por um lado, e universal negativa (E) e particular negativa (O) por outro.Todos os gatos são peludos (A).Nesse caso, se a proposição A é verdadeira, a proposição I também tem que ser verdadeira. Porém, se A é falso, I pode ser verdadeiro ou falsa. Se é verdade todos os gatos são peludos, então também é verdade que alguns gatos são peludos. Porém, se é falsa que todos os gatos são peludos, pode ser que existam alguns que sejam. Então, nesse caso, o valor I fica indeterminado.
Alguns gatos são peludos (I).
Se, por outro lado, I é falso, A também deve ser falso. Se é falso que alguns gatos são peludos, então é necessariamente falso que todos os gatos são peludos. Se, ao contrário, é verdade que alguns gatos são peludos, não é possível saber se é verdade que todos os gatos são peludos. O valor de verdade de A é indeterminado.
Considere agora um exemplo com proposições negativas:
Nenhum pescador fala a verdade (E).As relações lógicas existentes entre essas duas proposições são as mesmas identificadas entre as proposições afirmativas A e I acima. Se E é verdadeira, então O é verdadeira. Se E é falsa, então o valor de verdade de O é indeterminado. Se O é falsa, por outro lado, E também é falsa. Se O é verdadeira, o valor de verdade de E é indeterminado.
Algum pescador não fala a verdade (O).
Relações entre proposições subcontrárias
Se A é verdadeira | I é verdadeira |
Se E é verdadeira | O é verdadeira |
Se A é falsa | I é indeterminada |
Se E é falsa | O é indeterminada |
Se I é verdadeira | A é indeterminada |
Se O é verdadeira | E é indeterminada |
Se I é falsa | A é falsa |
Se O é falsa | E é falsa |
Proposições subcontrárias
Por fim temos as relações lógicas entre proposições subcontrárias particular afirmativa (I) e particular negativa (O).Considere um exemplo:
Algum animal é um gato (I).Proposições subcontrárias podem ser ambas verdadeiras ao mesmo tempo, mas não podem ser ambas falsas. Assim, se I é verdadeira, O pode ser verdadeira ou falsa. Mas se I for falsa, então O é verdadeira.
Algum animal não é um gato (O).
Fazendo inferências com o quadrado de oposições
A tabela abaixo é uma síntese das inferências imediatas que é possível fazer a partir das relações lógicas existentes entre os tipos de proposições.Proposição | Inferência imediata |
Se A é verdadeira | E é falso, I é verdadeiro e O é falso |
Se E é verdadeira | A é falso, I é falso, e O é verdadeiro |
Se I é verdadeira | E é falso e A e O são indeterminados |
Se O é verdadeira | A é falso e I e E são indeterminados |
Se A é falsa | O é verdadeira, E e I são indeterminados |
Se E é falsa | I é verdadeira, A e O são indeterminados |
Se I é falsa | A é falsa, E é verdadeira e O é verdadeira |
Se O é falsa | A é verdadeira, E é falsa e I é verdadeira. |
Texto para resumo Carolina Miranda 10E
O que é a validade?
Bill Clinton é espanhol.
Logo, Bill Clinton é toureiro.
Luís Figo é europeu.
Logo, Luís Figo é português.
c é A.
Logo, c é B.
Acontece que as bananas têm asas.
Logo, o ouro é um fruto seco.
Proposta de correção do 1º Teste de 11 de Novembro
GRUPO II (4x50 Pontos)
Análise lógica do texto:
Tema: Como surgiu a filosofia.
Problema: Como surgiu a Filosofia?
Tese principal: A Filosofia surgiu da capacidade que os homens têm de se surpreender.
Argumento que sustenta a tese: Porque para muitos homens o mundo é tão inexplicável como o coelho que um ilusionista tira da cartola vazia. Percebemos que o ilusionista nos enganou e pretendemos descobrir como nos enganou. Acerca do mundo somos como o coelho, sabemos que participamos num golpe de magia mas não sabemos como esse golpe de magia é feito e gostaríamos de saber como. Somos como parasitas minúsculos na pele do coelho. Os filósofos procuram trepar nos pelos do coelho para tentar ver de perto e olhar nos olhos o ilusionista.
Conceitos, filosofia, magia, universo, filósofo.
Quando o ilusionista tira um coelho de uma cartola vazia, faz um truque de magia is parece-nos algo inexplicável, esse truque surpreende-nos porque não sabemos como foi possível acontecer. O autor do texto utiliza esta imagem para nos ilustrar a forma como a filosofia surge, da capacidade que os homens têm de se surpreender com o mundo como se ele fosse o coelho que surge do nada e, por isso se apresenta misterioso e inexplicável. Dessa atitude de surpresa perante o inexplicável que o mundo é, nascem as perguntas filosóficas.
Versão A
3. Tendo em conta o dicionário, traduz a seguinte fórmula para linguagem natural.
Dicionário:
P = Eu estudo para o teste. | Q = Eu obtenho bom resultado. |
3.1. ~P →Q (15 pontos)
R: Se eu não estudo para o teste então obtenho bom resultado.
3.2. Classifica a fórmula proposicional anterior quanto ao seu valor de verdade (contingência, tautologia ou contradição), através da construção de uma tabela de verdade. Justifica.
(tabela de verdade = 10 pontos; classificação = 15 pontos; justificação = 10 pontos)
P Q | ~ P → Q |
V V V F F V F F | F V V F V F V V V V F F |
R: A fórmula proposicional é uma contingência, pois, como se pode observar pela tabela de verdade, apresenta diferentes valores de verdade (V ou F).
4. Formaliza o seguinte argumento:
“Se a lógica ensina a pensar, então é útil. A lógica ensina a pensar, por conseguinte, é útil.”
( dicionário = 5 pontos; formalização = 10 pontos)
Dicionário: P: A lógica ensina a pensar.
Q: A lógica é útil.
Premissa 1: P →Q
Premissa 2: P
Conclusão: Q.
4.1. Testa a validade do argumento anterior recorrendo a um inspetor de circunstâncias. Justifica.
(inspetor = 15 pontos; justificação = 10 pontos)
P Q | P →Q, P ⸫ Q |
V V V F F V F F | V V V F V F V F V V F F |
R: O argumento é válido, pois, como é visível pelo inspetor de circunstância, não há uma única circunstância em que todas as suas premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa.
4.2. Identifica a inferência presente no argumento anterior. (10 pontos)
R: Modus Ponens
Versão B
3. Tendo em conta o dicionário, traduz a seguinte fórmula para linguagem natural.
Dicionário:
P = Eu estudo para o teste. | Q = Eu obtenho bom resultado. |
3.1. P → ~ Q (15 pontos)
R: Se eu estudo para o teste então não obtenho bom resultado.
3.2. Classifica a fórmula proposicional anterior quanto ao seu valor de verdade (contingência, tautologia ou contradição), através da construção de uma tabela de verdade. Justifica.
(tabela de verdade = 10 pontos; classificação = 15 pontos; justificação = 10 pontos)
P Q | P → ~ Q |
V V V F F V F F | V F F V V V F V F F V V |
R: A fórmula proposicional é uma contingência, pois, como se pode observar pela tabela de verdade, apresenta diferentes valores de verdade (V ou F).
4. 1. Formaliza o seguinte argumento:
“Se tivermos cuidado na linguagem então escrevemos bem. Não escrevemos bem. Logo, não temos cuidado na linguagem”
( dicionário = 5 pontos; formalização = 10 pontos)
Dicionário: P: Temos cuidado com a linguagem
Q: Escrevemos bem
Premissa 1: P →Q
Premissa 2: ~Q
Conclusão: ~P.
4.2. Testa a validade do argumento anterior recorrendo a um inspetor de circunstâncias. Justifica.
(inspetor = 15 pontos; justificação = 10 pontos)
P Q | P →Q, ~Q ⸫ ~P |
V V V F F V F F | V F F F V F V F V V V V |
R: O argumento é válido, pois, como é visível pelo inspetor de circunstância, não há uma única circunstância em que todas as suas premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa.
4.2. Identifica a inferência presente no argumento anterior. (10 pontos)
R: Modus Tollens
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(GRUPO 3)
1-70 pontos/2-70 Pontos/3-60 Pontos
Platão pretende-nos alertar para o facto de vivermos prisioneiros do senso comum, agarrados às formas que vemos sem querer saber mais do que aquilo que nos é imediatamente visível e somos intolerantes a quem nos possa apresentar outra visão como aquela que o homem que se liberta apresenta. Também nos chama a atenção para a condição humana de ignorância e escuridão, fechada nos seus preconceitos e nos seus hábitos, sem problematizar, sem pôr em questão aceitando de forma acrítica tudo aquilo que é dado.
Questões filosóficas lógicas: Como sabemos se um argumento é válido? Questões éticas? Como devo agir para agir corretamente? Será que os valores éticos e as normas morais são universais? Questões epistemológicas? Será possível um conhecimento verdadeiro do mundo?
3. Atenta no seguinte argumento:
“Se a Terra fosse esférica e a percorressemos na totalidade, então, eventualmente, cairemos no abismo do espaço sideral. Mas como podemos percorrer a Terra em todo o seu diâmetro sem cairmos no abismo do espaço sideral, então não é verdade que a Terra seja esférica. Isto é: a Terra é plana!”
2.1. A estrutura lógica deste argumento é válida. Porém, será isso suficiente para que o consideremos um bom argumento? Justifica a tua posição.
Possível resposta:
Um argumento tem uma dimensão formal, onde se insere a questão da validade ou invalidade, e uma dimensão material, o correspondente ao seu conteúdo, a isso que afirma sobre a realidade e que pode ser verdadeiro ou falso.
Ora, o argumento em causa, tem uma estrutura formal válida, isto é, a conclusão segue-se logicamente das premissas. Não obstante, falha na sua dimensão material, naquilo que afirma sobre a realidade. Até onde sabemos, o facto de conseguirmos percorrer a Terra na sua totalidade e o facto de ela ser esférica não entram em conflito: não caímos no espaço sideral.
Para ser um bom argumento teria de ser um argumento sólido: isto é, um argumento com uma estrutura lógica válida e com premissas e conclusão verdadeiras.