sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Texto para resumo e análise Beatriz 10E

COMO USAM OS FILÓSOFOS AS CELULAZINHAS CINZENTAS
 
Raciocinar em filosofia é semelhante a raciocinar em outras áreas. Frequentemente raciocinamos acerca de questões como 'Quem cometeu o crime?', 'Que carro comprar?',  'Há um número primo maior do que todos?' ou 'Como curar o cancro?' Ao abordar estes temas, clarificamos as questões e colhemos informação de fundo. Consideramos o que outros disseram sobre o assunto. Consideramos perspectivas alternativas e as objecções a estas. Fazemos distinções e pesamos os prós e contras. O clímax do processo atinge-se quando tomamos posição e tentamos justificá-la. Explicamos que a resposta tem de ser tal e tal e apontamos para outros factos que justificam a nossa resposta. Isto é raciocínio lógico, no qual vamos de premissas para uma conclusão.
Raciocinar logicamente é concluir algo a partir de algo diferente. Por exemplo, concluir que foi o mordomo que cometeu o homicídio a partir das crenças (1) ou foi o mordomo ou a criada e (2) a criada não pode ter sido. Se colocamos o racicínio em palavras temos um argumento - uma série de proposições consistindo em premissas e uma conclusão:

Ou foi o mordomo ou a criada.
A criada não foi.
Logo, foi o mordomo.

[…] Este argumento é válido, o que significa que a conclusão se segue logicamente das premissas. Se as premissas são verdadeiras, então a conclusão tem de ser verdadeira. Portanto, se podemos ter confiança nas premissas, podemos estar confiantes de que foi mordomo que cometeu o crime.
Dizer que um raciocínio é válido é dizer que a conclusão se segue das premissas e não que as premissas são verdadeiras. Para provar algo precisamos, além da validade do argumento, de premissas verdadeiras. Provamos a nossa conclusão se ela se segue logicamente de premissas claramente verdadeiras.  
A filosofia envolve muito raciocínio lógico. A forma mais comum de raciocínio lógico em filosofia consiste em atacar-se uma tese P argumentando que ela conduz ao absurdo Q:

Se P é verdadeiro, então Q também o será.
Q é falso.
Logo, P é falso.

Ao examinarmos uma tese, consideramos as suas implicações e vamos à procura das falhas. Se encontramos implicações claramente falsas, então mostrámos que a tese é falsa; se encontramos implicações altamente duvidosas, então a tese é duvidosa.
Na formação das nossas perspectivas filosóficas são igualmente importantes o raciocínio e o empenho pessoal. O raciocínio só por si não resolve todas as disputas. Uma vez considerados os argumentos de um lado e de outro, temos de tomar uma decisão. Se nos decidimos por uma perspectiva que levanta fortes objecções, temos de estar à altura de lhes responder.

 
Harry Gensler, Ethics - A Contemporary Introduction. (London & New York, 1998, p. 3). Tradução de Carlos Marques.
Tenha em conta as regras para a realização do resumo

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

As proposições simples e de que modo podemos relacioná-las

Por

O quadrado de oposições representa as relações existentes entre os quatro tipos de proposições categóricas. No canto superior esquerdo temos a proposição universal afirmativa (A), no canto superior direito a universal negativa (E), no canto inferior esquerdo a particular afirmativa (I) e no canto inferior direito a universal negativa (O).
Conhecer o quadrado de oposições e as relações existentes entre cada uma das proposições que o compõem serve para podermos fazer inferências e raciocinar adequadamente sobre classes de objetos.

A imagem acima representa as quatro relações (contraditórias, contrárias, subalternas e subcontrárias) existentes entre os quatro tipos de proposições categóricas. Dizemos que A e E são contrárias, I e O são subcontrárias, A e I são subalternas, assim como E e O e A e O, por um lado, e E e I, por outro, são proposições contraditórias.
Agora vamos analisar cada uma dessas relações e o que podemos aprender com elas.

Proposições contraditórias

Considere as duas afirmações abaixo:
Todos os advogados são bem pagos (A).
Alguns advogados não são bem pagos (O).
Se uma é verdadeira a outra é falsa. Se é verdade todos os advogados são bem pagos, então é falso que alguns não são bem pagos. Se é verdade que alguns advogados não são bem pagos, então é falso que todos os advogados são bem pagos. Pelo fato de essas afirmações não poderem ser verdadeiras ao mesmo tempo, são chamadas de contraditórias.
Proposições universais afirmativas e particulares negativas são contraditórias, assim como universais negativas e particulares afirmativas.
Vamos ver mais um exemplo desse caso:
Nenhum morcego representa risco à saúde (E).
Algum morcego representa um risco à saúde (I).
Por serem duas proposições contraditórias, sabemos que, se uma é verdadeira, a outra é falsa. Se é verdade que nenhum morcego representa um risco à saúde, então é falso que algum morcego representa um risco à saúde. Ao contrário, se a segunda proposição for verdadeira, a primeira é falsa.

Proposições contrárias

Analise o exemplo abaixo:
Todos os políticos são corruptos (A).
Nenhum político é corrupto (E).
A primeira proposição é universal afirmativa (A) e a segunda é universal negativa (E). Essas proposições são contrárias, porque pelo menos uma tem que ser falsa. Se a primeira é verdadeira, então a segunda é falsa. Se a segunda é verdadeira, a primeira tem que ser falsa. No entanto, como ocorre nesse exemplo, proposições contrárias podem ser ambas falsas ao mesmo tempo, já que tanto a primeira quanto a segunda afirmação são falsas.

Proposições subalternas

A relação de subalternidade existe entre uma proposição universal afirmativa (A) e particular afirmativa (I), por um lado, e universal negativa (E) e particular negativa (O) por outro.
Todos os gatos são peludos (A).
Alguns gatos são peludos (I).
Nesse caso, se a proposição A é verdadeira, a proposição I também tem que ser verdadeira. Porém, se A é falso, I pode ser verdadeiro ou falsa. Se é verdade todos os gatos são peludos, então também é verdade que alguns gatos são peludos. Porém, se é falsa que todos os gatos são peludos, pode ser que existam alguns que sejam. Então, nesse caso, o valor I fica indeterminado.
Se, por outro lado, I é falso, A também deve ser falso. Se é falso que alguns gatos são peludos, então é necessariamente falso que todos os gatos são peludos. Se, ao contrário, é verdade que alguns gatos são peludos, não é possível saber se é verdade que todos os gatos são peludos. O valor de verdade de A é indeterminado.
Considere agora um exemplo com proposições negativas:
Nenhum pescador fala a verdade (E).
Algum pescador não fala a verdade (O).
As relações lógicas existentes entre essas duas proposições são as mesmas identificadas entre as proposições afirmativas A e I acima. Se E é verdadeira, então O é verdadeira. Se E é falsa, então o valor de verdade de O é indeterminado. Se O é falsa, por outro lado, E também é falsa. Se O é verdadeira, o valor de verdade de E é indeterminado.
Relações entre proposições subcontrárias
Se A é verdadeira I é verdadeira
Se E é verdadeira O é verdadeira
Se A é falsa I é indeterminada
Se E é falsa O é indeterminada
Se I é verdadeira A é indeterminada
Se O é verdadeira E é indeterminada
Se I é falsa A é falsa
Se O é falsa E é falsa

Proposições subcontrárias

Por fim temos as relações lógicas entre proposições subcontrárias particular afirmativa (I) e particular negativa (O).
Considere um exemplo:
Algum animal é um gato (I).
Algum animal não é um gato (O).
Proposições subcontrárias podem ser ambas verdadeiras ao mesmo tempo, mas não podem ser ambas falsas. Assim, se I é verdadeira, O pode ser verdadeira ou falsa. Mas se I for falsa, então O é verdadeira.

Fazendo inferências com o quadrado de oposições

A tabela abaixo é uma síntese das inferências imediatas que é possível fazer a partir das relações lógicas existentes entre os tipos de proposições.
Proposição Inferência imediata
Se A é verdadeira E é falso, I é verdadeiro e O é falso
Se E é verdadeira A é falso, I é falso, e O é verdadeiro
Se I é verdadeira E é falso e A e O são indeterminados
Se O é verdadeira A é falso e I e E são indeterminados
Se A é falsa O é verdadeira, E e I são indeterminados
Se E é falsa I é verdadeira, A e O são indeterminados
Se I é falsa A é falsa, E é verdadeira e O é verdadeira
Se O é falsa A é verdadeira, E é falsa e I é verdadeira.
Existem ainda outros três tipos de inferências imediatas que podem ser feitas com as proposições categóricas, essas são chamadas de conversão, obversão e contraposição e são o tema do próximo artigo.

Texto para resumo Carolina Miranda 10E

O que é a validade?

  Dizemos frequentemente que uma ideia, uma pessoa ou uma iniciativa são válidas. Com isso queremos dizer que tal pessoa, tal ideia ou tal iniciativa são boas ou úteis, ou que têm um certo valor. Isso é o que acontece na linguagem comum. Em lógica e filosofia, porém, o termo «validade» tem um significado diferente e muito preciso, que já veremos qual é. Antes disso, há uma ideia que tem de ficar bem clara. Essa ideia é a da distinção entre verdade e validade; distinção fundamental em lógica e filosofia.
  De uma proposição dizemos que é verdadeira ou falsa. Mas de um argumento, que é formado por várias proposições, já não podemos dizer que é verdadeiro ou falso. Isso seria um erro enorme. Algumas pessoas pensam que se um argumento é um conjunto de proposições e como as proposições são verdadeiras ou falsas, assim também os argumentos podem ser verdadeiros ou falsos. Isso seria o mesmo que dizer que um conjunto de pessoas é alto porque é formado por pessoas altas. As pessoas podem ser altas ou baixas, mas os conjuntos (sejam eles de pessoas ou de outra coisa qualquer) não são altos nem baixos. Se, como se verá, o mesmo argumento pode conter proposições verdadeiras e falsas, por que razão afirmaríamos que esse argumento é verdadeiro em vez de falso, ou vice-versa? Aquilo que, primeiramente, nos interessa num argumento é saber se a conclusão se segue das premissas. No caso de isso acontecer estamos perante um argumento válido. Caso contrário, estamos perante um argumento inválido. O seguinte argumento é claramente válido:
Todos os espanhóis são toureiros.
Bill Clinton é espanhol.
Logo, Bill Clinton é toureiro.
  Ao analisar este argumento, a diferença entre verdade e validade torna-se clara. É fácil verificar que tanto as premissas como a conclusão são falsas. Contudo, a conclusão segue-se das premissas. Por isso o argumento é válido. Falamos de verdade e falsidade quando referimos as premissas e a conclusão e falamos de validade ou invalidade quando referimos o próprio argumento. Veja-se agora o seguinte argumento claramente inválido:
Todos os portugueses são europeus.
Luís Figo é europeu.
Logo, Luís Figo é português.
  É muito fácil verificar que se trata de um argumento inválido, bastando substituir o nome de Luís Figo por outro nome como, digamos, Tony Blair, mas mantendo tudo o resto. E, apesar de ser um argumento inválido, todas as proposições que o constituem são verdadeiras. Só que a conclusão não é sustentada pelas premissas.
  Mais uma vez se diz que um argumento é válido ou inválido consoante a sua conclusão se segue ou não das premissas, sejam elas verdadeiras ou falsas. Mas esta é ainda uma forma imprecisa de dizer o que é a validade. Existe, contudo, uma definição explícita de «argumento válido». Assim, diz-se que «um argumento é válido se, e só se, é logicamente impossível ter premissas verdadeiras e conclusão falsa». Sabemos agora exactamente o que procurar num argumento para saber se é válido ou não. Tudo pode acontecer com um argumento válido, menos uma coisa: ter premissas verdadeiras e conclusão falsa. Mas isto não significa que o argumento é válido desde que não tenha premissas verdadeiras e conclusão falsa. Não basta que não tenha as premissas verdadeiras e a conclusão falsa; é necessário que isso seja impossível de acontecer. Repare-se no meu último exemplo: não acontece ele ter as premissas verdadeiras e a conclusão falsa, até porque premissas e conclusão são todas verdadeiras. Mas se no mesmo argumento substituirmos, como atrás sugeri, o nome de Luís Figo pelo de Tony Blair, o que acontece? Acontece que as premissas continuam verdadeiras mas a conclusão é falsa. E essa é a única coisa que não pode acontecer num argumento válido. Portanto, é inválido.
  Para tornar mais clara a noção de validade, podemos mesmo prescindir de qualquer nome, seja ele Luís Figo ou Tony Blair, e construir um argumento com a seguinte forma:
Todo o A é B.
c é A.
Logo, c é B.
  Seja o que for que A, B e c signifiquem, este argumento é claramente válido. Admitindo que as premissas são verdadeiras, a sua conclusão não pode ser falsa. Mas como sabemos que este argumento é válido se não sabemos ainda o que significam A, B e c? Sabemos isso porque a validade de um argumento não depende daquilo que nele se afirma, isto é, do seu conteúdo, mas da sua forma lógica. Para sabermos se um argumento é válido nada mais temos de fazer senão atender à forma como está estruturado.É por isso que um argumento pode ser válido mesmo que nele se afirmem as coisas mais inverosímeis do mundo. Um bom exemplo disso é o seguinte:
Se as bananas têm asas, o ouro é um fruto seco.
Acontece que as bananas têm asas.
Logo, o ouro é um fruto seco.
  Também aqui a conclusão terá de ser verdadeira, caso as premissas o sejam. Contudo, dificilmente alguém estaria disposto a aceitar um argumento destes. O que acontece é que não é suficiente um argumento ser válido para termos de o aceitar, mostrando assim que nem todos os argumentos válidos são bons. Não estamos interessados em aceitar a conclusão de um argumento válido quando essa conclusão é inferida de falsidades. Queremos também que um argumento seja sólido. Ou seja, que, além de ser válido, tenha premissas verdadeiras.

Aires de Almeida

Proposta de correção do 1º Teste de 11 de Novembro

 



GRUPO II  (4x50 Pontos)


  1. Análise lógica do texto:

Tema: Como surgiu a filosofia.

Problema: Como surgiu a Filosofia?

Tese principal: A Filosofia surgiu da capacidade que os homens têm de se surpreender.

Argumento que sustenta a tese: Porque para muitos homens o mundo é tão inexplicável como o coelho que um ilusionista tira da cartola vazia. Percebemos que o ilusionista nos enganou e pretendemos descobrir como nos enganou. Acerca do mundo somos como o coelho, sabemos que participamos num golpe de magia mas não sabemos como esse golpe de magia é feito e gostaríamos de saber como. Somos como parasitas minúsculos na pele do coelho. Os filósofos procuram trepar nos pelos do coelho para tentar ver de perto e olhar nos olhos o ilusionista.

Conceitos, filosofia, magia, universo, filósofo.


  1. Quando o ilusionista tira um coelho de uma cartola vazia, faz um truque de magia is parece-nos algo inexplicável, esse truque surpreende-nos porque não sabemos como foi possível acontecer. O autor do texto utiliza esta imagem para nos ilustrar a forma como a filosofia surge, da capacidade que os homens têm de se surpreender com o mundo como se ele fosse o coelho que surge do nada e, por isso se apresenta misterioso e inexplicável. Dessa atitude de surpresa perante o inexplicável que o mundo é, nascem as perguntas filosóficas.


Versão A                    

3. Tendo em conta o dicionário, traduz a seguinte fórmula para linguagem natural. 

Dicionário: 

P = Eu estudo para o teste.  

Q = Eu obtenho bom resultado.


3.1.  ~P →Q                                          (15 pontos)

R: Se eu não estudo para o teste então obtenho bom resultado. 



3.2. Classifica a fórmula proposicional anterior quanto ao seu valor de verdade (contingência, tautologia ou contradição), através da construção de uma tabela de verdade. Justifica.                            

                              (tabela de verdade = 10 pontos; classificação = 15 pontos; justificação = 10 pontos) 


P        Q 

~ P   →    Q

V          V

V          F

F          V

F          F

F      V   V

F      V    F

V     V    V

V     F     F


R: A fórmula proposicional é uma contingência, pois, como se pode observar pela tabela de verdade, apresenta diferentes valores de verdade (V ou F). 

4.  Formaliza o seguinte argumento:       

“Se a lógica ensina a pensar, então é útil. A lógica ensina a pensar, por conseguinte, é útil.”

    ( dicionário = 5 pontos; formalização = 10 pontos)

Dicionário: P: A lógica ensina a pensar. 

                   Q: A lógica é útil. 


Premissa 1: P →Q 

Premissa 2: P

Conclusão: Q. 


4.1. Testa a validade do argumento anterior recorrendo a um inspetor de circunstâncias. Justifica.                            

                   (inspetor = 15 pontos; justificação = 10 pontos)

P            Q

P  →Q,   P    Q

V           V

V           F

F           V

F           F

    V          V       V

     F          V        F

    V           F        V

    V           F        F


R: O argumento é válido, pois, como é visível pelo inspetor de circunstância, não há uma única circunstância em que todas as suas premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa. 


4.2. Identifica a inferência presente no argumento anterior.                      (10 pontos)

R: Modus Ponens

Versão B


               

3. Tendo em conta o dicionário, traduz a seguinte fórmula para linguagem natural. 

Dicionário: 

P = Eu estudo para o teste.  

Q = Eu obtenho bom resultado.


3.1.  P → ~ Q                                          (15 pontos)

R: Se eu estudo para o teste então não obtenho bom resultado. 



3.2. Classifica a fórmula proposicional anterior quanto ao seu valor de verdade (contingência, tautologia ou contradição), através da construção de uma tabela de verdade. Justifica.                            

                              (tabela de verdade = 10 pontos; classificação = 15 pontos; justificação = 10 pontos) 


P        Q 

P   →   ~ Q

V          V

V          F

F          V

F          F

V   F    F

V   V    V

F    V    F

F     V  V


R: A fórmula proposicional é uma contingência, pois, como se pode observar pela tabela de verdade, apresenta diferentes valores de verdade (V ou F). 


4. 1. Formaliza o seguinte argumento:       

“Se tivermos cuidado na linguagem então escrevemos bem. Não escrevemos bem. Logo, não temos cuidado na linguagem”

    ( dicionário = 5 pontos; formalização = 10 pontos)

Dicionário: P: Temos cuidado com a linguagem 

                   Q: Escrevemos bem


Premissa 1: P →Q 

Premissa 2: ~Q

Conclusão: ~P. 


4.2. Testa a validade do argumento anterior recorrendo a um inspetor de circunstâncias. Justifica.                            

                   (inspetor = 15 pontos; justificação = 10 pontos)

P            Q

P  →Q,   ~Q    ~P

V           V

V           F

F           V

F           F

    V          F         F

     F          V         F

    V           F         V

    V           V         V


R: O argumento é válido, pois, como é visível pelo inspetor de circunstância, não há uma única circunstância em que todas as suas premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa. 


4.2. Identifica a inferência presente no argumento anterior.                      (10 pontos)

R: Modus Tollens

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(GRUPO 3)  

1-70 pontos/2-70 Pontos/3-60 Pontos

  1. Platão pretende-nos alertar para o facto de vivermos prisioneiros do senso comum, agarrados às formas que vemos sem querer saber mais do que aquilo que nos é imediatamente visível e somos  intolerantes a quem nos possa apresentar outra visão como aquela que o homem que se liberta apresenta. Também  nos chama a atenção para a condição humana de ignorância e escuridão, fechada nos seus preconceitos e nos seus hábitos, sem problematizar, sem pôr em questão aceitando de forma acrítica tudo aquilo que é dado. 

  2. Questões filosóficas lógicas: Como sabemos se um argumento é válido? Questões éticas?  Como devo agir para agir corretamente? Será que os valores éticos e as normas morais são universais? Questões epistemológicas? Será possível um conhecimento verdadeiro do mundo?  


3. Atenta no seguinte argumento: 


    “Se a Terra fosse esférica e a percorressemos na totalidade, então, eventualmente, cairemos no abismo do espaço sideral. Mas como podemos percorrer a Terra em todo o seu diâmetro sem cairmos no abismo do espaço sideral, então não é verdade que a Terra seja esférica. Isto é: a Terra é plana!” 


2.1. A estrutura lógica deste argumento é válida. Porém, será isso suficiente para que o consideremos um bom argumento? Justifica a tua posição.


Possível resposta: 

Um argumento tem uma dimensão formal, onde se insere a questão da validade ou invalidade, e uma dimensão material, o correspondente ao seu conteúdo, a isso que afirma sobre a realidade e que pode ser verdadeiro ou falso. 

Ora, o argumento em causa, tem uma estrutura formal válida, isto é, a conclusão segue-se logicamente das premissas. Não obstante, falha na sua dimensão material, naquilo que afirma sobre a realidade. Até onde sabemos, o facto de conseguirmos percorrer a Terra na sua totalidade e o facto de ela ser esférica não entram em conflito: não caímos no espaço sideral. 

Para ser um bom argumento teria de ser um argumento sólido: isto é, um argumento com uma estrutura lógica válida e com premissas e conclusão verdadeiras.