segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Trabalho de grupo 10º F e G

Tema: A Liberdade e os Valores


SOBRE A LIBERDADE. Teses em confronto:
Tese 1: Somos determinados, pela natureza e por acontecimentos anteriores, logo, não somos livres e, por isso não somos responsáveis pelas nossas acções.
Nome desta tese: DETERMINISMO
Grupo 1.______________________________________________

Tese 2: Somos livres e responsáveis pelas nossas acções.
Nome desta crença: LIBERTARISMO
Grupo 2._______________________________________________

Tese 3: Podemos conciliar estas duas crenças, isto é: somos livres mas ao mesmo tempo somos determinados por acontecimentos anteriores e pela natureza.
Nome desta crença: COMPATIBILISMO
Grupo 3:________________________________________________

Tese 4: Podemos ser determinados no corpo mas a nossa consciência tem a experiência da liberdade.
Nome : A proposta de John Searle
Grupo 4:________________________________________________


TEMA 2 VALORES E VALORAÇÃO
Problema: O que são os valores?
Apresentação de uma tábua de valores.
Tipos de valores.
Discussão dos valores consoante as culturas. Haverá valores universais?
Grupo 5:________________________________________________

TEMA 3. RELATIVISMO CULTURAL

Tese 1: Os valores dependem das culturas, logo não há valores universais.
Nome: RELATIVISMO CULTURAL
GRUPO 6:_______________________________________________

Tese 2: Nem todos os valores dependem das culturas, os valores morais são universais
NOME: CONTRA O RELATIVISMO MORAL
GRUPO 7:_______________________________________________

ESTRUTURA DE UM ENSAIO ARGUMENTATIVO

Introdução
- Explicação da questão.
- Delimitação e unidade do tema.
- Subdivisão do tema (se for possível e útil).
- Apresentação de uma proposta precisa de trabalho.

Desenvolvimento
- Apresentação de condições históricas e autores que defendem esta tese.
- Apresentação dos argumentos a seu favor.
- Desenvolvimento completo dos argumentos.
- Consideração de objecções possíveis.
- Refutação ou confronto das objecções com argumentos.
- Consideração de alternativas.

Conclusão
Síntese dos resultados a que se chegou (não afirme mais do que mostrou)

Avaliação: Escrita 50% Oral 50%
Trabalho escrito máximo 10 Páginas
Cada grupo disporá de 20 m para apresentar, 20m de debate.
Poderá ser apresentado um resumo em Power Point para facilitar a compreensão do trabalho.

OS TEXTOS:DO MANUAL
Investigação e recolha de informação histórica e autores na Internet ou outros livros.
OUTROS: NA REPROGRAFIA


Apresentação: GRUPO 1 e 2 DIA 22 ou 23 Novembro
3, 4 dia 24 ou 25 Novembro
5,6 dia 29 Novembro ou 30
7 dia 1 ou 2 Dezembro

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Prova de avaliação e respectiva correcção

Leia o texto com atenção e responda com clareza e objectividade às seguintes questões:
“A filosofia considera por vezes a questão de como devemos viver. Pode argumentar-se que manter uma atitude filosófica é exactamente o modo como devemos viver - tudo o resto é escravidão crédula. É claro que uns vão mais longe do que outros, mas para a maior parte de nós a liberdade de pensamento é uma ida sem retorno: depois de a ter ninguém quer a escravidão de volta.
Seria errado pensar que a Filosofia nos deixa constantemente num estado de dúvida vaga. Aceitamos as nossas crenças com base nos melhores argumentos. Porém, deixamos a porta aberta para argumentos novos. Na realidade, são aqueles que vêem as suas crenças como actos de vontade e de fé que se colocam numa escarpa instável da qual podem cair abaixo com as consequências dolorosas do desapontamento e dos sentimentos de vazio e perda. O resultado pode ser catastrófico, porque no caso de caírem, fazem-no de uma grande altura e de um lugar que julgavam inabalável. Depois disto, o quê? A filosofia não confere esperanças tão altas. E está até preparada para viver com isso corajosamente. Mesmo que mudemos as nossas crenças à luz de novos argumentos, podemos dizer a nós mesmos que quando formámos a opinião que tínhamos fizemos o melhor que estava ao nosso alcance para chegar ao fundo da questão. A filosofia nem cria a dúvida vazia, nem a certeza inalcançável.
Como modo de vida, a filosofia e o pensamento filosófico não prometem felicidade; mas, penso, trazem ao de cima o que é melhor nos seres humanos. A filosofia dá corpo ao que há de mais nobre na nossa espécie.”

John Shand, 'Introduction' in John Shand (ed.) Fundamentals of Philosophy. (London and New York, 2003, pp. 2-3).
1. Estabeleça o tema , problema, tese, argumentos e conceitos principais, deste texto. (Utilize preferencialmente a sua capacidade de síntese e a sua linguagem). (35 Ptos)


Tema do texto: A atitude filosófica e a Filosofia



Problema: Porque é preferível ter uma atitude filosófica face às crenças?


Tese: A atitude filosófica é preferível porque nos liberta da escravidão e do desapontamento e traz ao de cima o que é melhor nos seres humanos.


Porque nos dá a liberdade do pensamento que nos retira da escravidão, quem conhece a liberdade de pensamento não quer voltar à escuridão crédula.


Porque ´e preferível fundamentar as crenças em bons argumentos tendo sempre a possibilidade de as rever do que as fundamentar numa fé inabalável. porque qualquer crença só deve ser aceite se estiver segura nas melhores razões e nenhuma é inabalável viver preso a certezas que podem revelar-se falsas cria o desapontamento o vazio e a perca que dai resulta é mais dolorosa que viver com esperanças mais baixas mas que estão mais seguras no carácter discutível de todo o saber humano. Nem as dúvidas vazias nem as certezas inalcançáveis, poderemos sempre rever o que pensámos e melhorar aceitando que estamos errados.


Conceitos: Filosofia, crenças inabaláveis,dúvidas


2. a. Qual a actividade filosófica que é defendida neste texto? (20 Ptos)

O texto considera que a actividade primordial da Filosofia é saber argumentar e saber avaliar os melhores argumentos, como o autor defende: “mesmo que mudemos as nossas crenças à luz de novos argumentos",  viver filosoficamente é o melhor modo de se viver porque consideramos que nenhuma crença se pode considerar dogmática, todas as crenças podem ser criticadas com bons argumentos.



b. Em que consiste essa actividade? (15 Ptos)

Argumentar consiste em encontrar razões que justifiquem ou fundamentem determinada crença. A argumentação consiste em encadear proposições (premissas) de forma lógica e consistente para podermos delas inferir ou retirar uma conclusão (tese).


3. O que distingue a Filosofia da Ciência? (30)

A Filosofia distingue-se da Ciência pelo método e pelo ponto de vista em que se coloca. Quanto ao método não recorre a factos ou experiências para provar as suas teorias, nem para verificar se elas são verdadeiras, a Filosofia não tem um método empírico ou experimental mas sim um método argumentativo que consiste na colocação de hipóteses e na dedução das suas consequências. A Filosofia também se distingue da Ciência por causa do ponto de vista em que se coloca face ao saber. Enquanto A ciência parte de determinados pressupostos indiscutíveis como certos axiomas indemonstráveis ou de princípios, como a causalidade, a Filosofia interroga os pressupostos e coloca-os em dúvida, sendo por isso um pensamento radical no sentido em que nada aceita sem discussão prévia.

4. Aponte a verdade ou falsidade das seguintes afirmações: (5 Ptos cada)






a. A Metafísica reflecte sobre a existência de Deus. V


b. Uma proposição não pode ser falsa. F


c. A Epistemologia trata da validade dos raciocínios ou argumentos. F


d. A Estética é uma disciplina que trata da beleza. V


e. O problema do conhecimento é tratado na Ética. F





5. Esclareça o significado do conceito de Radicalidade.  e Autonomia (15 Ptos)

Radicalidade significa experiência dos limites, interrogar-se sobre a raíz das ideias e das crenças tentando encontrar o seu fundamento, isto é, os princípios em que cada uma das crenças se fundamenta, os seus pressupostos, é uma característica específica da Filosofia e pressupõe uma atitude crítica e indagadora.
Autonomia significa independência, no caso da Filosofia, independência do pensamento face à Ciência e à Religião, não é o mesmo que indiferença, pelo contrário, é antes uma distanciação face às crenças divulgadas e maioritárias, essa distanciação é desejável para poder desenvolver a atitude crítica que caracteriza a Filosofia.


6. Do Mito para a Filosofia qual a mudança operada na forma de pensar? (25)

O Mito é uma forma primitiva de explicar a realidade porque recorre a seres imaginários e sobrenaturais que têm características humanas, projectando nos fenómenos exteriores da natureza, os sentimentos do homem. Daí ser uma explicação sincrética porque confunde a realidade observada com a imaginação que deriva da reacção humana ao desconhecido. É também uma explicação antropomórfica visto que dá características humanas a seres inanimados. Quanto à explicação cosmológica dos primeiros filósofos, ela já obedece a uma  lógica racional porque procura uma lei, um princípio comum, material e não sobrenatural para explicar a diversidade dos fenómenos.
7. Na Alegoria da caverna Platão conta-nos uma história sobre uns prisioneiros numa caverna. Elabore uma pequena reflexão de aproximadamente 20 linhas sobre o significado filosófico desta história. (35)


A Alegoria da Caverna é uma história imaginada por Platão no livro "A República" onde se pretende através de imagens, representar a condição humana face ao conhecimento.Descreve a situação de um grupo de homens numa caverna. Cada uma das imagens pretende representar um aspecto da realidade em que os homens vivem habitualmente assim como o seu conhecimento. Assim, primeiramente:

1. A descrição do mundo da caverna – o mundo sensível

Os prisioneiros representam a condição humana presa a ilusões e preconceitos. Agrilhoados ao corpo e às suas paixões.


2. Um dos prisioneiros consegue fugir e habitua-se progressivamente à luz e vê os objectos concretos. Começa por ver reflexos mas depois por etapas pode ver tudo, incluindo a origem da luz que é o próprio SOL (BEM). O Bem é a Verdade , Beleza e Proporção de todas as coisas.


3. O Homem depois de se ter libertado, volta à caverna para libertar os outros, mas os outros não acreditam, presos ao hábito e incapazes de pensarem para além dele, matarão o libertador.