terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Texto para resumo e Ernesto 10A e Inês Lourenço 10I





(Foto de Dora Maar, 1907/1997)

A filosofia adota uma atitude crítica em relação a determinadas crenças que foram previamente consideradas verdadeiras. A filosofia moral faz o mesmo em relação a crenças relacionadas com o certo e o errado, com o bom e o mau, com o que se deve e com o que não se deve fazer. A questionação crítica de determinadas crenças tende a surgir quando existe um conflito aparente entre uma ideia antiga e uma nova. Eis dois exemplos: Na Grécia antiga, como em muitas outras sociedades, aceitava-se que as regras morais eram absolutas e refletiam a ordem do universo como um todo. Quando os professores itinerantes, os chamados “sofistas”, viajaram pelo mundo conhecido, descobriram que os códigos morais e os sistemas legais variavam de sociedade para sociedade. Isto levou-os a questionar a antiga crença de que as regras morais são absolutas e universais. O mesmo pode acontecer nas sociedades modernas do ocidente. Em geral, aceita-se que certos princípios fundamentais — por exemplo, a proibição de matar pessoas — são absolutos e universalmente reconhecidos como tal. No entanto, é claro que todos sabemos que certas tribos primitivas, e até nações civilizadas em situação de guerra, pensam que a proibição absoluta só se aplica dentro do próprio grupo. Contudo, e pelo menos, dentro desses limites, supomos que o princípio é universalmente aceite como autoevidente. Assim, constitui para nós uma surpresa ver os antropólogos sociais afirmar que em algumas tribos se aprovava a morte das pessoas mais velhas da sua sociedade. Podemos observar diferenças de comportamento e podemos observar indícios a favor de diferentes crenças. Mas se tivermos dúvidas sobre a verdade do nosso próprio código moral, não nos serve de muito confirmar que outras pessoas têm diferentes crenças morais. O nosso problema não é descobrir em que acreditamos nós e em que acreditam os outros. O nosso problema é saber em que devemos acreditar; a questão não é saber o que nós (ou os Samoenses) pensamos que está correto, mas sim o que devemos pensar que está correto [...]. Queremos um teste para normas ou valores e não um teste para factos. (…)
Antes, pensava-se que a Terra era plana. Hoje temos boas razões para acreditar na tese de que a Terra é mais ou menos esférica. Mas que indícios podemos nós fornecer para mostrar que a tese de que matar pessoas idosas ou crianças fracas é realmente errada, apesar das práticas e das crenças de algumas sociedades? No exemplo da Terra plana, uma observação pode ser corrigida por outra. À primeira vista a Terra parece plana; mas depois temos que ter em conta a diferença no horizonte, quando é observado ao nível do mar e quando é observado do topo de uma montanha; temos que ter em conta que o casco de um navio, visto ao longe, desaparece primeiro do que os seus mastros; temos que ter em conta as viagens à volta do mundo; e ainda a visão da Terra quando observada de uma estação lunar. Em relação às crenças morais, que tipo de observação poderia surtir o mesmo efeito? Nós não vemos nem tocamos aquilo que é correto ou aquilo que é errado. Nós não alcançamos as nossas crenças morais a partir dos dados dos sentidos.
Bem, mas talvez as alcancemos através dos dados fornecidos por um tipo diferente de experiência: a experiência do sentimento ou da emoção. Nós temos certos sentimentos de aprovação em relação a certas ações e estados de coisas e temos sentimentos de desaprovação em relação a outras. O mesmo se aplica aos juízos estéticos. Quando afirmamos que a Quinta Sinfonia de Beethoven é bela, ou quando dizemos que o pôr-do-sol é belo, não ouvimos a beleza de um, nem vemos a beleza de outro. Ouvimos os sons da sinfonia e vemos as cores do pôr-do-sol; mas sentimo-nos tocados esteticamente. Do mesmo modo, talvez possamos afirmar que nos sentimos tocados moralmente quando observamos um ato de bondade ou um ato de crueldade.
Esta teoria tem uma implicação importante. Os sentimentos são subjetivos. Os seguintes provérbios são disso prova: “a beleza está nos olhos de quem a vê” (significando a mente, não o olho físico); “gostos não se discutem”; “tu gostas de café, eu gosto de chá”; “os espartanos aprovavam o abandono de crianças débeis, nós desaprovamos”. Assim, a teoria que defende que os juízos morais, tal e qual como os juízos estéticos, dependem dos dados dos sentimentos, tem a consequência de que são subjetivos. I

D. D. Raphael Moral Philosophy (Oxford University Press, 1994), pp. 11–22.




sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Texto para resumir Diana Teixeira 10I e Gabriela Marques 10A


Terá o mundo contemporâneo, valores?

«No passado, os Homens tinham certezas religiosas e morais. Toda a vida individual e social estava organizada em redor dessas crenças sagradas. Os seus símbolos de pedra, os monumentos religiosos, sobreviveram aos milénios. Tal como as estátuas dos deuses, os livros de inspiração divina. A grande mudança teve lugar com a Revolução Industrial. Então, a pouco e pouco, a banca, a bolsa, o arranha-céus de escritórios substituíram a catedral. Paralelamente à crise do sacro, difunde-se a recusa do conceito de pecado e, eventualmente, do conceito de culpa. As grandes revoluções contemporâneas, a libertação sexual, o feminismo, fizeram desaparecer muitas crenças e muitas normas consideradas imutáveis.

Já não existem tábuas da lei absolutas e imutáveis e muitos pensam, depois de Nietzsche, que os conceitos de bem e de mal se estão a desvanecer, tal como a ideia de demónio e da tentação.

Muitos pensadores laicos constatam que o pensamento progressista triunfa hoje, mas como que despojado de valores. Ensina a não ser fanático, a ser tolerante, racional, mas ao fazê-lo, aceita um pouco de tudo, o consumismo, a superficialidade da moda, o vazio da televisão. Não consegue, sobretudo, fazer despertar nos indivíduos uma chama que vá para além do
mero bem-estar, um ideal que supere o horizonte de uma melhor distribuição dos rendimentos. Não cria metas, não suscita crenças. Não sabe fornecer critérios do bem e do mal, do justo e do injusto. Desta forma, tudo se reduz à opinião e à conveniência pessoais.

Isto é o que os filósofos, os sociólogos e os observadores críticos continuam a dizer do nosso mundo.

E não restam dúvidas de que, em boa medida, as suas observações têm fundamento. Mas, em nosso entender, não tomam em consideração os valores positivos do mundo moderno, a sua moralidade específica.

Partamos da observação de alguns factos. A nossa sociedade tem muitos valores reconhecidos, partilhados, não discutidos. Considera negativamente a violência em todas as suas formas. A nossa sociedade eliminou as formas mais brutais de abuso. Eliminou o duelo, as vinganças privadas. Hoje, a pouco e pouco, está a eliminar os focos de guerra. Combateu a doença e as dores físicas e mentais. Defendeu as crianças, os velhos, os doentes, protegendo-os com uma rede de direitos. Combate os preconceitos raciais, as discriminações étnicas. É certo que estas coisas ainda existem, mas são condenadas e combatidas como nunca o foram no passado. A nossa sociedade favoreceu a ciência, o conhecimento objetivo, difundiu a instrução, procurou estabelecer a equidade social, nivelando as diferenças mais agudas. Tornou-
-nos mais compreensivos das necessidades dos outros, mais civilizados, mais amáveis. Fez com que nos tornássemos mais conscientes em relação à natureza, à vida animal, ao nosso próprio planeta. Também não é verdade que não sintamos o dever. Sentimos como drama e dever a pobreza do Terceiro Mundo. Sabemos que é nosso dever acabar com a miséria, com a fome, com os desgastes provocados pelas doenças. Sabemos que é nosso dever dirigir o progresso técnico para um equilíbrio ecológico que garanta a vida às gerações futuras.

Não nos sentimos, de facto, para além do bem e do mal. Talvez sejamos hipócritas, mas damo-nos conta de que os desastres sociais e naturais são o produto do nosso egoísmo individual e coletivo.»

Francesco Alberoni e Salvatore Veca, O altruísmo e a moral. Lisboa: Bertrand, 1998.


 

domingo, 12 de fevereiro de 2023

Resumo de texto Diego Jansen 10A e Ângelo Lopes 10I


 Paulo Gonçalves, um dos portugueses que participou no rali Dakar 2016, esteve em grande destaque na sétima etapa, depois de ter parado mais de dez minutos para ajudar Matthias Walkner — um piloto rival — que sofrera um acidente e partiu o fémur. Esta ação poderia ter custado a Paulo Gonçalves a liderança da classificação geral, mas ele não hesitou em parar para ajudar. Mais tarde, escreveria no Facebook:

Fiz aquilo que me competia. […] Não sou um herói, sou um ser humano com respeito pelos outros. A nossa vida vale mais que qualquer vitória, sem ela não vencemos.

O Público, onde li a notícia, refere que Paulo Gonçalves “protagonizou a boa ação do dia na sétima etapa do rali” (Pimentel, 2016).

As nossas ações podem ter várias características. Quando encaradas sob o aspeto pelo qual podem chamar-se boas ou más, têm um valor moral. Ao lermos as declarações de Paulo Gonçalves e a notícia do Público, formamos a crença de que é uma pessoa de valores, ou com valores, querendo com isto dizer que segue bons valores: foi solidário, bondoso e respeitoso com o seu rival. (...)

Mas o que são os valores? Qual é a sua natureza? As coisas têm valor porque as valorizamos, ou valorizamo-las porque têm valor? A axiologia, também chamada filosofia dos valores ou teoria dos valores, procura responder a estas perguntas. A axiologia estuda a natureza dos valores em geral, o significado e as características das afirmações que referem valores (os juízos de valor), analisa a possibilidade de esses juízos serem verdadeiros ou falsos e as condições em que o poderão ser 

Os filósofos discordam em relação ao que sejam os valores (como, de resto, em relação a quase tudo). Uns pensam que os valores são ideias que existem apenas na mente de quem neles pensa, outros pensam que os valores são realidades abstratas com alguma independência dos sujeitos. Uma definição neutra e consensual dos valores apresenta-no-los como “aquilo que nos leva a ter preferência e interesse por algumas coisas, pessoas, ações, situações, etc., e não por outras, e, por isso, a avaliá-las positiva ou negativamente” . Entendidos deste modo, os valores são critérios de ação, orientam as nossas decisões, dão-nos uma linha de rumo:

Permitem avaliar pessoas e situações, e ajudam-nos a classificar as coisas como boas ou más, desejáveis ou indesejáveis, benéficas ou prejudiciais. 

Os valores são diversos. Vão desde as ações cotadas na bolsa — que têm um valor económico — aos mais elevados valores morais, desde o copo de água, capaz de matar a sede, até ao que pensamos que nos ajuda a aproximar-nos de Deus — como a fé. Dada a grande diversidade de valores, é costume agrupá-los em áreas ou domínios. Entre os mais estudados em filosofia, temos os valores éticos, os estéticos e os religiosos. Valores como a bondade, a solidariedade, o respeito, a honestidade, a lealdade, a justiça e a liberdade são valores éticos. Valores como a beleza, a graciosidade, a harmonia e a elegância são valores estéticos. Valores como a fé, o sagrado e a pureza são valores religiosos.


António Padrão

 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Texto para resumo Beatriz Morais 10A e Ana Pereira 10I


 

Caravaggio, Os batoteiros (1594)

O subjetivismo moral é uma teoria filosófica muito comum, pois várias pessoas, mesmo sem saber, a adotam em determinadas situações. Quem já participou num debate envolvendo questões morais, com temas como a pena de morte ou aborto, já ouviu ou pensou, depois do debate, não haver um consenso, porque não existe certo e errado nessas questões como existe na ciência ou na matemática. Nesses casos, tudo é uma questão de opinião pessoal, cada um tem a sua e está correto no seu modo de pensar. Ao concluir isso, está a adotar uma teoria Metaética chamada de subjetivismo.

Imagine que uma pessoa qualquer afirma que “a Terra é plana”. Tal afirmação é um juízo de facto que procura descrever como é um determinado aspeto do mundo. Como ela não descreve adequadamente como o mundo é, acaba por ser uma afirmação falsa. Nas afirmações descritivas como essa existe, portanto, uma verdade e a pessoa que afirma algo diferente disso está a cometer um erro.

Compare esse primeiro exemplo com a afirmação “o roubo é imoral”. Nesse segundo caso, estou a atribuir um valor a um facto, o roubo, em vez de simplesmente descrever essa ação. A imoralidade é um valor e, de acordo com o subjetivismo, essa não é uma característica que existe de facto nas ações, mas é a manifestação dos nossos desejos. Quando digo que algo é imoral, quero dizer que isso me desagrada, contraria o meu desejo. Os juízos morais, portanto, são expressões de desejos pessoais.

 Outra pessoa poderia afirmar “o roubo é moral”, referindo-se apenas aos seus sentimentos em relação a essa prática.

A partir daqui podemos dizer que o subjetivismo pode ser definido a partir de duas teses relacionadas:

  1. Não existe certo e errado universal;
  2. Juízos morais apenas expressam sentimentos de aprovação ou desaprovação.

Uma consequência importante desta conceção é a de que as divergências morais são apenas diferenças de preferências. Dizer que “o roubo é errado” ou “o roubo é certo” equivale a dizer “gosto de pizza” ou “não gosto de pizza”. Nos dois casos há apenas uma divergência de gostos pessoais e não há qualquer possibilidade de dizer que um está certo e o outro errado.

Argumentos subjetivistas

O que leva alguém a pensar que não existe certo e errado e que os juízos morais não passam de manifestações de desejos pessoais?

Um dos filósofos subjetivas foi Jean Paul Sartre (1905 – 1980). Usando a frase de um grande escritor russo, afirmou que “se Deus não existe, tudo é permitido” e que isso criava a liberdade para o indivíduo definir o que é certo ou errado a partir de seu próprio pensamento e desejo. Nas suas palavras, cada um é livre, então pode escolher – ou seja, inventar. Nenhuma regra de moralidade geral pode mostrar o que se deve fazer.

A frase “se Deus não existe, tudo é permitido” pressupõe a ideia de que, se ele existisse, nem tudo seria permitido. Ou seja, se ele existisse, existiria um certo e um errado e a moralidade não seria dependente do desejo dos indivíduos. Mas como não existe, não há qualquer padrão independente que defina como os seres humanos deveriam agir. Sendo assim, cabe a cada um definir para si o que é certo e errado.

William Godoy

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

EXERCÍCIO SOBRE OS JUÍZOS DE FACTO E JUÍZOS DE VALOR.

 


1.  Que tipo de valor está presente em cada uma das afirmações?

 

1. A tortura é uma violação inaceitável dos direitos humanos.
2. Tem músculos de aço.
3. É mais belo um Ferrari do que a Vénus de Milo.
4. A desvalorização do Euro não convém à Europa.
5. Traiu a confiança dos seus amigos.
6. A única superpotência é Deus.
7. A democracia é o pior dos regimes excetuando todos os outros.

2. QUAIS DESTAS AFIRMAÇÔES SÃO JUÍZOS DE VALOR E QUAIS SÃO OS JUÍZOS DE FACTO?

 

1. O Holocausto foi moralmente horrível.
2. O Holocausto é considerado moralmente horrível.
3. A liberdade é mais importante que a justiça.
4. A justiça é mais importante que a liberdade.
5. Se a justiça é mais importante do que a liberdade, a liberdade é menos importante que a justiça.
6. Muitas pessoas valorizam a liberdade.
7. É bom que as pessoas valorizem a liberdade.
8. Há quem julgue que não é bom valorizar a liberdade.

9. A Teresa gosta de “Xutos e Pontapés”

10. Na segunda guerra mundial morreram 20 milhões de russos.

 

3. Distinga juízos de facto e juízos de valor.

domingo, 5 de fevereiro de 2023

Texto para resumo Andreia 11A e Amanda 10I

Robert Doisneau

O que são os valores? Dizemos que os valores não existem por si mesmos: necessitam de um depositário sobre o qual descansam. Aparecem-nos, portanto como meras qualidades desses depositários: beleza de um quadro, elegância de um vestido, utilidade de uma ferramenta. Se observarmos o vestido, o quadro ou a ferramenta, veremos que a qualidade valorativa é distinta das outras qualidades.

Nos objectos mencionados há algumas qualidades que parecem essenciais para a própria existência dos objectos, por exemplo, a extensão. Mas o valor não confere nem agrega ser, pois a pedra existia plenamente antes de ser talhada, antes de se transformar num bem.

Enquanto as qualidades primárias não se podem eliminar dos objectos, bastam uns golpes de martelo para terminar com a utilidade de um instrumento ou a beleza de uma estátua. Antes de incorporar-se no respectivo portador ou depositário, os valores são meras "possibilidades", isto é, não têm existência real mas virtual.
Ver-se-á melhor a diferença se se comparar a beleza, que é um valor, com a ideia de beleza, que é um objecto ideal. Captamos a beleza primordialmente por via emocional, enquanto a ideia de beleza aprende-se por via intelectual.
Com o fim de distinguir os valores dos objectos ideais, afirma-se que estes são, enquanto os valores não são mas valem.
Uma característica fundamental dos valores é a polaridade. Enquanto as coisas são o que são, os valores apresentam-se desdobrados num valor positivo e o correspondente valor negativo. Assim, a beleza opõe-se à fealdade, o mal ao bem. A polaridade implica a ruptura com a indiferença. Não há obra de arte que seja neutra, nem pessoa que se mantenha indiferente a escutar uma sinfonia, ler um poema ou ver um quadro.
Aliás os valores estão ordenados hierarquicamente, isto é, há valores inferiores e superiores. É mais fácil afirmar a existência de uma ordem hierárquica do que indicar qual é essa ordem e quais são os critérios para a estabelecer.
Muitos são os axiólogos que têm enunciado uma tábua de valores, pretendendo que essa seja a "TÁBUA", mas a crítica mostra rapidamente os erros de tais tábuas e dos critérios usados na sua elaboração.
O homem individualmente, bem como as comunidades e os grupos culturais concretos, manejam sempre uma tábua de valores. É certo que tais tábuas não são fixas, mas flutuantes, e nem sempre coerentes; porém é indubitável que o nosso comportamento frente ao próximo, aos seus actos, às suas criações estéticas (...) é julgá-los e preferi-los de acordo com uma tábua de valores. Submeter essas tábuas de valores, que obscuramente influem na nossa conduta e nas nossas preferências, a um exame crítico, é a tarefa a que o homem moderno não pode renunciar.

Frondizi, Qué son los valores? (México, Fondo de Cultura Económica).


TAXINOMIA/TÁBUA DE VALORES

Uma taxinomia é uma classificação. No caso dos valores isto implica uma hierarquia, isto é, uma classificação onde se selecionam e comparam os valores. esta hierarquização organiza os valores de acordo com um critério valorativo que considera os valores espirituais superiores aos valores vitais ou de utilidade porque são duradouros e são transversais a culturas e à subjetividade humana.

Tábua de valores de Max Scheller, adaptada por Ortega y Gasset

1. Valores úteis
caro-barato
abundante-escasso
necessário-supérfluo
Capaz - incapaz

2. Valores vitais

são-doente
seleto-vulgar
enérgico-inerte
forte-débil

VALORES ESPIRITUAIS:

1. Intelectuais:

conhecimento-erro
exato-aproximado
evidente-provável
Verdadeiro -Falso

2. Éticos/Morais

bom-mau
bondoso-ardiloso
justo-injusto
leal -desleal
honesto - desonesto

3. Estéticos

escrupuloso - desleixado
belo-feio
gracioso-tosco
elegante-deselegante
harmonioso-desarmonioso

4. Religiosos

sagrado-profano
divino-demoníaco
supremo-derivado
milagroso-mecânico