segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Moral Utilitarista VersãO Final


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domingo, 28 de fevereiro de 2016

Matriz para o teste de 10º Ano - Março 2016



Competências gerais

1. Analisa um texto filosófico.
2. Distingue e compreende vários conceitos como Ética, Moral, Heteronomia, Autonomia, Responsabilidade, Imparcialidade, Liberdade, Consciência moral, Universalidade, Imperativo categórico e hipotético, Felicidade e Prazer.
3. Compreende as teses e argumentos principais das várias teorias explicativas sobre a moral como: Relativismo moral, Egoísmo ético, Deontologia e Consequencialismo.
4. Aplica as várias teorias a casos problemáticos.
5. Problematiza as várias teorias recorrendo a contra-exemplos.
7. Distingue juízos de facto e juízos de valor.
8. Esclarece algumas noções relativas aos valores como: objectivismo, subjectivismo, relativismo cultural e ético.

CONTEÚDOS Específicos

I. A dimensão ética da acção. 

1. As áreas da Ética e os seus diferentes problemas: Ética prática, Ética Normativa e Metaética
1.a. A dimensão ética da acção: Eu, Outros e Instituições
1.b. Distinção entre norma Moral e intenção ética

1.c. As funções da consciência moral
1.d. Autonomia e Heteronomia da consciência moral
1.e. As várias razões para ser um sujeito moral: Explicação religiosa, o egoísmo ético e psicológico, a razão deontológica, e o altruísmo/ bem estar.
1.f. As condições necessárias para a dimensão ética da acção: Liberdade, responsabilidade e consciência moral.
1.g. Os princípios da reciprocidade,  da imparcialidade e da exigência de universalidade da acção moral.
2. A fundamentação da moral: a teoria deontológica de Kant. 

2.a. Acções por dever, conforme ao dever e contra o dever.
1.b. O imperativo categórico e o Imperativo Hipotético.
1.c. A fundamentação racional: o dever como lei absoluta e incondicional e objectiva.
1.d. A intenção/motivo da acção como critério da moralidade
1.e. A boa vontade como subordinada à razão e desinteressada.
1.e. A finalidade do homem: a moral, a dignidade
1.f. Objecções à Ética kantiana.
2. A ética Utilitarista
2.a. O princípio da máxima felicidade da Ética Utilitarista
2.b. A distinção entre prazeres superiores e inferiores.
2.c. A relação entre as duas teorias: A ética deontológica e utilitarista.

3. A questão dos valores:
3.a. Juízos de facto e juízos de valor.
3.c. O relativismo cultural e moral: Argumentos.

ESTRUTURA:
Grupo I - 5 perguntas de construção-desenvolvimento- 110; 
Grupo II- 10 questões de escolha múltipla -50 Pontos; 
Grupo III - 2 Questões de aplicação dos conceitos e opinião- 40 Pontos; 
Competências
- Saber analisar um texto.
- Saber comentar uma frase
- Definir os conceitos
- Redigir com clareza
-Dominar teses e argumentos.

BOM ESTUDO E DELICIOSAS IDEIAS!!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Ética deontológica e utilitarista ou teleológica

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Ética deontológica e teleológica
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O Egoísmo Ético




Podemos concluir que agir por egoísmo pode acontecer mas não é desejável para todos, logo, não é uma posição ética.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Três minutos sobre a Ética de Kant

Mill & Kant

ALGUNS TÓPICOS SOBRE A ÉTICA DE KANT

1. A Ética é o reino dos fins, isto é o modo como o homem estabelece os valores que pretende atingir através da sua acção no mundo.

2. A Ética de Kant é uma ética deontológica, isto significa que estabelece deveres absolutos que não têm excepção e que têm necessariamente de ser cumpridos se queremos que as nossas acções sejam correctas moralmente. As acções correctas são aquelas que obedecem ao dever. Não é o resultado das acções que conta, também não contam as suas consequências, o que conta na acção são as intenções , os princípios que o sujeito segue.

3.a. Há acções que vão contra o dever e essas são proibidas moralmente. (matar inocentes) e em nenhuma circunstância permitidas.

b. Acções conforme ao dever, estão de acordo com o dever mas a sua intenção não é moral, isto é a intenção é satisfazer uma necessidade, um interesse ou uma inclinação.
c. Por fim as acções que se fazem apenas por obediência ao dever e respeito absoluto pela lei, essas são acções com conteúdo moral e o sujeito que as pratica é um sujeito moral.
4. A mesma acção pode ser praticada com diferentes intenções: posso ajudar um amigo por compaixão, para obter um benefício (por exemplo, para ficar bem visto) ou por sentir que tenho esse dever.

Para determinar o valor moral de uma acção é preciso saber a intenção com que foi praticada porque a razão é que determina o fim da acção e é o fim da acção que é moral, e porque só uma vontade livre de inclinações subjectivas pode assegurar  o valor moral da acção, o seu valor universal.
Segundo Kant, ajudar um amigo só tem valor moral se isso tiver sido feito em nome do dever.


5. A ética é um sistema de regras absolutas;

As regras morais devem ser respeitadas independentemente das consequências;

As regras (deveres) morais são leis que a razão estabelece para todos os seres racionais.

As obrigações morais são absolutas porque não estão sujeitas a excepções, mesmo se aplicá-las tem consequências negativas para o sujeito. Só assim garantimos a universalidade da lei moral.
A obrigação de não mentir não varia consoante as circunstâncias, devendo nuns casos ser respeitada e não o ser noutros. essa obrigação impõe-se como uma lei do ser racional.
As obrigações morais não são impostas por Deus nem resultam dos nossos sentimentos.

Kant pensava que só somos realmente livres se formos nós próprios a definir as leis a que o nosso comportamento deverá obedecer.



6.IMPERATIVOS HIPOTÉTICOS E CATEGÓRICOS

Uma obrigação (ou imperativo) é hipotética quando existe apenas em certas condições, mas não noutras.
Tenho a obrigação de estudar para os exames de acesso a Medicina apenas na condição de querer ser médico.
Esta obrigação apenas existe em função de o agente ter um certo desejo.
Se o agente abandonar o desejo relevante, a obrigação desaparece também.
Serão as nossas obrigações morais apenas hipotéticas?
Se a moral fosse seguir regras hipotéticas, só teríamos, por exemplo, a obrigação de ajudar os outros em certas condições, não em todas. Mas temos o dever de ajudar quem precisa em todas as circunstâncias, quaisquer que sejam os nossos desejos.
A obrigação de ajudar os outros não deixa de existir porque deixámos, por exemplo, de querer agradar. Continua a existir mesmo nesse caso.
Kant conclui que a obrigação de não mentir (como todas as outras obrigações morais), não são hipotéticas.
Mentir, roubar ou matar pessoas inocentes, não é permissível pois as máximas destas acções não são universalizáveis:
As Obrigações morais particulares como não mentir, não roubar ou não matar pessoas inocentes, têm em comum o facto de as suas máximas (A regra/norma que é proposta pela acção) serem universalizáveis.



Esta característica comum reflecte a nossa obrigação moral básica: agir segundo máximas que todos possam também seguir.



Esta obrigação moral é o fundamento de todas as nossas obrigações morais particulares.



Trata-se do IMPERATIVO CATEGÓRICO ou lei moral.



• OBJECÇÕES À MORAL KANTIANA



• Kant pensava que a exigência de praticar apenas acções cujas máximas pudessem ser universalizadas garantia que as regras morais eram absolutas.



• Elisabeth Anscombe, uma filósofa inglesa do século XX mostrou que Kant estar enganado neste ponto.



• O respeito pelo imperativo categórico não implica a obrigação de não mentir em todas as situações



• A ideia de que temos a obrigação de não mentir seja em que circunstância for não é fácil de defender.



• Kant acreditava que as regras morais serem absolutas é uma consequência de apenas serem permitidas as acções cujas máximas podem ser universalizadas.



• Isto levou-o a concluir que obrigações como respeitar a palavra dada ou não mentir, não dependem das circunstâncias, sejam quais forem as consequências.



• Um exemplo pode mostrar que Kant não tem razão.



• Durante a segunda guerra mundial, Helga esconde em sua casa uma amiga judia para evitar ser deportada para um campo de extermínio. Um dia, um oficial nazi bate à porta de Helga e pergunta onde está a sua amiga.



• Segundo Kant, Helga tinha o dever de dizer a verdade.



• A máxima “É permissível mentir” não pode ser universalizada: se todos mentissem ninguém acreditaria em nada e mentir deixava de ser eficaz.
• Mas a máxima “Mente na condição de isso permitir salvar a vida a um inocente” não tem este defeito.«, isto é, pode ser universal.

OUTRA OBJECÇÃO

Kant não responsabiliza o agente moral pelas consequências materiais da acção. Uma acção cuja intenção é boa, não pode ter directamente consequências nefastas. Mas esta acção de não mentir obedeceria ao dever mas teria consequências graves para a amiga de Helga. Logo, poderemos acusar esta teoria de formal ou ideal. Num mundo ideal "não mentir" seria sempre obrigatório mas no mundo real, "não mentir" pode ter consequências materiais graves, das quais o agente moral é também responsável. Os deveres morais não podem depender das circunstâncias porque se assim for há sempre justificação para não se cumprirem e a moral será uma quimera, uma mera ilusão. Mas o agente moral não é só responsável por si, também é responsável pelos outros e pela sua felicidade e bem estar. Esse princípio não é importante, porque consideraria Kant, não podemos legislar sobre a felicidade só sobre o que devemos fazer.

Exercícios:

1.O que distingue o imperativo categórico do hipotético?

2.O que são acções correctas moralmente?

3.Como distinguir uma acção com conteúdo moral de outra que não o tem?

4.Qual é a principal objecção à teoria Ética de Kant?

5. Qual seria a obrigação de Helga? Mas seria a sua obrigação o melhor?


terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Correção do teste de Fevereiro de 2016



VERSÃO A para o 10 A/ VERSÃO B para o 10F 

Grupo I
3. A característica dos valores evidenciada no texto é a historicidade e relatividade dos valores. O autor defende que os valores são produzidos por grupos sociais dentro de um contexto cultural, como tal cada cultura tem a sua criatividade e cria os seus valores, de uma forma diferente de outro grupo e de outro contexto histórico. Os valores são padrões de referência que nos permitem julgar e orientar as nossas acções, pessoas ou coisas. São qualidades potenciais das coisas e não qualidades primárias, pois resultam da relação com um sujeito que as aprecia ou não de acordo com os seus interesses e as suas circunstâncias. Os valores não são qualidades primárias porque estas são universais e objectivas, são essenciais ao objecto enquanto as qualidades valorativas são dependentes do sujeito e da sua reacção a determinado objecto. Os valores são bi-polares porque têm um pólo positivo e um negativo, hierarquizáveis porque podemos organizá-los numa ordem de acordo com um critério de valores; relativos se considerarmos que dependem do gosto, cultura e circunstâncias, mas também absolutos como certos valores éticos que são independentes da cultura, do gosto e das circunstâncias.

 Grupo III
1. O relativista defende que os valores morais e a sua aplicação dependem das culturas, assim não há juízos morais neutros ou imparciais, nenhuma cultura é superior a outra de modo a poder julgar pois cada juízo revela a forma de pensar de uma cultura específica. Face a este caso, uma vez que ele é tradição na cultura japonesa e não na cultura ocidental, fará sentido inserido no quadro dos valores japoneses, pois cada cultura encontra o seu código de valores de modo a sobreviver e a poder enfrentar as necessidades que se colocam em cada situação. Poder-se-ia, por exemplo, se fossemos relativistas, defender esta prática como forma dos Samurais demonstrarem a sua coragem e superioridade de modo a serem temidos para que o seu poder não fosse afrontado, essa seria uma forma de manter o poder do imperador e a ordem social.

2. O objectivista consideraria esta prática cruel e inadmissível porque se considerarmos que há valores morais objectivos, um deles é certamente que matar um inocente é sempre uma prática cruel e que não se pode admitir, seja qual for a cultura ou o grupo que a pratica. Para um objectivista as práticas morais são boas ou más para um observador imparcial de acordo com razões universais.

 VERSÃO B para o 10 A/ VERSÃO A para o 10F 

GRUPO I
3. A posição que defende que os valores são subjectivos defende que estes dependem do sujeito que aprecia, sendo o valor o resultado de uma apreciação subjectiva, isto é dada por alguém num certo momento histórico e num certo contexto. Os subjectivistas defendem que há sempre um sujeito que confere valor, daí que o valor das coisas, acções ou pessoas depende das preferências, circunstâncias e gostos de alguém particular. Tem a seu favor o facto de não haver acordo de opiniões acerca do que é correcto fazer-se em cada situação particular, ou na apreciação de qualquer obra. Argumento da diversidade de opiniões. Enfrenta a objecção de, quanto aos valores morais, poder justificar moralmente certas acções indesejáveis, pois baseiam-se em sentimentos pessoais que podem ser positivos ou negativos. AS TEORIAS OBJECTIVISTAS Ao contrário das teorias subjectivistas, as teorias objectivistas postulam que quando atribuímos valor a uma obra, acção ou pessoa, esse valor faz parte da natureza da obra, acção ou pessoa, o avaliador não lhe dá o valor, apenas reconhece o seu valor, isto é, reconhece as suas qualidades. As qualidades são objectivas e dependem do objecto e não do sujeito avaliador. Argumentos a favor: A concordância em relação a certas práticas culturais e princípios, como a carta universal dos direitos humanos.

 Grupo III
 1. O relativista defende que os valores morais e a sua aplicação dependem das culturas, assim não há juízos morais neutros ou imparciais, nenhuma cultura é superior a outra de modo a poder julgar pois cada juízo revela a forma de pensar de uma cultura específica. Face a este caso, uma vez que ele é tradição na cultura japonesa e não na cultura ocidental, fará sentido inserido no quadro dos valores japoneses, pois cada cultura encontra o seu código de valores de modo a sobreviver e a poder enfrentar as necessidades que se colocam em cada situação. Poder-se-ia, por exemplo, se fossemos relativistas, defender esta prática como forma dos Samurais demonstrarem a sua coragem e superioridade de modo a serem temidos para que o seu poder não fosse afrontado, essa seria uma forma de manter o poder do imperador e a ordem social.

 2. “O João agiu honestamente” é um juízo de valor porque a honestidade é um valor ético, essa qualidade não é uma qualidade primária do João como o seu peso ou altura, mas uma qualidade conferida pela apreciação de um sujeito que assim demonstra os seus critérios valorativos ou reconhece uma qualidade no João, que, possivelmente não é verdadeira para todos os que conhecem o João. O Juízo de valor não tem valor de verdade podendo ser discutido, e é normativo na medida em que nos permite compreender que aquele que valoriza está a expor a sua norma ética: Está a dizer: “quem age como o João é eticamente correcto”. ” O João tem 1.80m “ é um juízo de facto porque descreve uma qualidade primária, isto é, uma qualidade a que todos os sujeitos dão o seu acordo, por isso é objectiva e pode ser verdadeira ou falsa. É um juízo de facto porque tem valor de verdade e traduz as propriedades primárias e inquestionáveis do objecto. Os juízos de facto não são normativos mas descritivos.