quarta-feira, 5 de dezembro de 2018
Texto para resumo 10B -Sofia
COMO USAM OS FILÓSOFOS AS CELULAZINHAS CINZENTAS
Raciocinar
em filosofia é semelhante a raciocinar em outras áreas. Frequentemente
raciocinamos acerca de questões como 'Quem cometeu o crime?', 'Que carro
comprar?', 'Há um número primo maior do que todos?' ou 'Como curar o
cancro?' Ao abordar estes temas, clarificamos as questões e colhemos
informação de fundo. Consideramos o que outros disseram sobre o assunto.
Consideramos perspectivas alternativas e as objecções a estas. Fazemos
distinções e pesamos os prós e contras. O clímax do processo atinge-se
quando tomamos posição e tentamos justificá-la. Explicamos que a
resposta tem de ser tal e tal e apontamos para outros factos que
justificam a nossa resposta. Isto é raciocínio lógico, no qual vamos de premissas para uma conclusão.
Raciocinar
logicamente é concluir algo a partir de algo diferente. Por exemplo,
concluir que foi o mordomo que cometeu o homicídio a partir das crenças
(1) ou foi o mordomo ou a criada e (2) a criada não pode ter sido. Se
colocamos o racicínio em palavras temos um argumento - uma série de
proposições consistindo em premissas e uma conclusão:
Ou foi o mordomo ou a criada.
A criada não foi.
Logo, foi o mordomo.
[…] Este argumento é válido,
o que significa que a conclusão se segue logicamente das premissas. Se
as premissas são verdadeiras, então a conclusão tem de ser verdadeira.
Portanto, se podemos ter confiança nas premissas, podemos estar
confiantes de que foi mordomo que cometeu o crime.
Dizer
que um raciocínio é válido é dizer que a conclusão se segue das
premissas e não que as premissas são verdadeiras. Para provar algo
precisamos, além da validade do argumento, de premissas verdadeiras.
Provamos a nossa conclusão se ela se segue logicamente de premissas
claramente verdadeiras.
A
filosofia envolve muito raciocínio lógico. A forma mais comum de
raciocínio lógico em filosofia consiste em atacar-se uma tese P
argumentando que ela conduz ao absurdo Q:
Se P é verdadeiro, então Q também o será.
Q é falso.
Logo, P é falso.
Ao
examinarmos uma tese, consideramos as suas implicações e vamos à
procura das falhas. Se encontramos implicações claramente falsas, então
mostrámos que a tese é falsa; se encontramos implicações altamente
duvidosas, então a tese é duvidosa.
Na
formação das nossas perspectivas filosóficas são igualmente importantes
o raciocínio e o empenho pessoal. O raciocínio só por si não resolve
todas as disputas. Uma vez considerados os argumentos de um lado e de
outro, temos de tomar uma decisão. Se nos decidimos por uma perspectiva
que levanta fortes objecções, temos de estar à altura de lhes responder.
Harry Gensler, Ethics - A Contemporary Introduction. (London & New York, 1998, p. 3). Tradução de Carlos Marques.
Texto para resumo - 10B - Duarte
A máquina de salsichas da razão
Aquilo que é maravilhoso num argumento sólido é o seu poder de preservar a verdade. Tomemos, por exemplo, o argumento seguinte:
1. Francisco é um homem. 2. Todos os homens vivem na terra. Conclusão: Francisco vive na terra.
1. Francisco é um homem. 2. Todos os homens vivem na terra. Conclusão: Francisco vive na terra.
Este argumento forma-se de duas afirmações, ou premissas, e de uma conclusão. Num argumento dedutivo, como este, as premissas implicam
supostamente a conclusão. O argumento, se válido, fornece-nos uma
garantia lógica: se as premissas são verdadeiras, a conclusão também o
é. Neste caso, o argumento é válido. As premissas implicam realmente a
conclusão.
É
claro que se introduzirmos num argumento dedutivamente válido uma ou
mais falsidades, não há qualquer garantia quanto ao que obteremos. A
conclusão pode, ainda assim, ser verdadeira. Mas pode ser falsa.
(Suponhamos, por exemplo, que a primeira premissa do nosso argumento é
falsa: o Francisco não é um homem – é um extra-terrestre que vive no
planeta Plutão; então a nossa conclusão é falsa.)
Portanto,
um argumento dedutivo válido preserva a verdade. Se introduzirmos
premissas verdadeiras, temos a garantia lógica de que sai uma conclusão
verdadeira. Se estivermos interessados em ter convicções que sejam
realmente verdadeiras, trata-se de um belo resultado.
Para
aqueles que gostam de analogias, podemos dizer que as formas válidas de
argumentos dedutivos funcionam um pouco como as máquinas de salsichas. A
única diferença é que em vez de introduzirmos carne de salsicha e de
saírem do outro lado salsichas, é-nos dada a garantia de que se
introduzirmos premissas verdadeiras, sairão conclusões verdadeiras.
A máquina de salsichas indutiva
A
argumentação dedutiva não é a única forma de argumentação sólida. Há
também os raciocínios indutivos. Eis um exemplo de um argumento
indutivo:
1. A maçã um tem sementes.
2. 2. A maçã dois tem sementes.
3. A maçã três tem sementes.
[...]
1000. A maçã mil tem sementes.
Conclusão: Todas as maçãs têm sementes.
Este
argumento tem mil premissas (embora eu não me tenha dado ao trabalho de
listar mais do que quatro). Num argumento indutivo, as premissas apoiam
supostamente a conclusão. Aqui, a palavra-chave é apoiam.
É claro que estes argumentos não são (e não pretendem ser)
dedutivamente válidos. As premissas não implicam dedutivamente a
conclusão. Não há garantia lógica de que a maçã seguinte não terá
sementes, apesar das muitas maçãs que examinámos até agora. Apesar
disso, supomos que o facto de todas as maçãs que examinámos até agora
terem sementes torna extremamente razoável
que concluamos que todas têm. As premissas, supomos, tornam a verdade
da conclusão bastante provável. Se isto é correcto, os argumentos
indutivos sólidos também têm a qualidade de preservar a verdade à
maneira da máquina das salsichas. Introduzam-se premissas verdadeiras
num argumento indutivo sólido e sai provavelmente uma conclusão
verdadeira do outro lado.
Uma vez mais, se é a verdade que buscamos, trata-se de um belo resultado.
Stephen Law, The War for Children’s Minds (Londres & Nova Iorque, 2006). Trad. Carlos Marques.
1. Qual o problema tratado no texto? 2. Que comparação é feita? 3. O que se pretende mostrar com essa comparação?
1. Qual o problema tratado no texto? 2. Que comparação é feita? 3. O que se pretende mostrar com essa comparação?
terça-feira, 4 de dezembro de 2018
Trabalho para realizar 10ºAno
FICHA 3 - EXERCÍCIOS DE LÓGICA PROPOSICIONAL
1. Sejam as proposições:
p : está frio
q : está a chover
Traduzir para a linguagem natural as seguintes proposições:
a) ~p
b) p ^ q
c) p v q
d) q ↔ p
e) p → ~q
f) p v ~q
g) ~p ^ ~q
h) p ↔ ~q
i) p ^ ~q → p
2. Sejam as proposições:
p : Jorge é sábio
q : Carlos é feliz
Traduzir para a linguagem natural as seguintes proposições:
a)
q →
p
b)
~~p
c)
~(~p ^
~q)
3. Construir
a tabela-verdade para a proposição: p v
~q
4. Sejam
as proposições:
p
: Joana é rica
q
: Joana é feliz
r : Joana é culta
Traduzir para linguagem simbólica (lógica)
as seguintes frases:
a)
Joana é pobre, mas é feliz
b)
Joana é rica ou infeliz
c)
Joana é pobre e infeliz
d)
Joana é pobre ou rica, mas é feliz
e)
Se a Joana é culta então não é rica mas
é feliz
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