terça-feira, 7 de novembro de 2017

Grupo I
Análise lógica do texto filosófico apresentado no teste:
Tema: A origem da Filosofia
Problema: Como surgiu a Filosofia?
Tese: As Filosofia surgiu da capacidade dos homens se surpreenderem.
Movimentação argumentativa: O Homem acha tão estranho viver que as perguntas filosóficas surgem por si mesmas. É como imaginarmos que o mundo é um gigantesco truque de magia. Um coelho tirado subitamente, por um ilusionista, de uma cartola vazia. Sabemos que o ilusionista nos enganou mas achamos o mistério surpreendente, não sabemos como foi possível, e queremos compreender o truque. Cada um de nós é um parasita minúsculo desse coelho que é o universo, os filósofos tentam trepar nos pelos do coelho para ver de perto o ilusionista.
Conceitos: Filosofia, truque de magia, perguntas filosóficas.
2. Para criar uma metáfora do universo misterioso que nos rodeia. Porque se trata de uma surpresa o mundo como ele é, como se fosse um truque de magia. Esta metáfora ilustra a surpresa que marca a origem da Filosofia e caracteriza a atitude do filósofo.
3. A Filosofia nasceu da capacidade dos homens se surpreenderem. A Filosofia resulta da estranheza que experimentamos perante o mundo.
Grupo III
1. Os primeiros filósofos, também denominados pré-socráticos porque se situam cronologicamente antes de Sócrates, tinham como principal problema a origem do mundo  e tentavam explicar essa origem através de uma substância primordial: "arché". O "arché" era um elemento material que poderia constituir a unidade através da qual toda a diversidade do mundo poderia ter surgido. Procuravam dar uma explicação recorrendo a uma certa lei natural da matéria e não recorriam apenas a histórias míticas para explicar o mundo como faziam os seus antepassados. Recorrem ao raciocínio a partir da observação da natureza tentando encontrar um “logos” uma lei ou unidade que permita explicar racionalmente a diversidade das coisas bem como a sua transformação. Assim, ao procurar o elemento original procuravam compreender a ordem do cosmos e a matéria que todas as coisas têm em comum. Assim para Tales o "arché" era a água, para Anaximandro o "Apeiron" e para Anaxímenes o ar.
2. Alegoria da Caverna é uma história imaginada por Platão no livro "A República" onde se pretende através de imagens, representar a condição humana face ao conhecimento. Descreve a situação de um grupo de homens numa caverna. Cada uma das imagens pretende representar um aspeto da realidade em que os homens vivem habitualmente assim como o seu conhecimento. Assim, primeiramente:
A descrição do mundo da caverna – o mundo sensível. O mundo falso dos hábitos que conduzem aos preconceitos.
Os prisioneiros representam a condição humana presa a ilusões e preconceitos. Escravos do hábito, do senso comum, acreditam no que veem e rejeitam tudo o que coloque em causa a sua crença.
Um dos prisioneiros consegue fugir e libertar-se, iniciando a escalada para fora da escuridão, inicia a sua aprendizagem habituando-se progressivamente à luz e aos objetos. Começa por ver reflexos mas depois por etapas pode ver tudo, incluindo a origem da luz que é o próprio SOL (BEM). O Bem é a Verdade , a Beleza e Proporção de todas as coisas.

O Homem depois de se ter libertado, volta à caverna para libertar os outros, mas os outros não acreditam, presos ao hábito e incapazes de pensarem para além dele, matarão o libertador. A caverna representa a ignorância, o mundo em que não há liberdade pois não há alternativas, Platão pretende demonstrar que o mundo fora da caverna corresponde ao mundo pensado, onde podemos ver para além das crenças habituais que corresponde ao conhecimento.
3. A Filosofia distingue-se da Ciência pelo método e pelo ponto de vista em que se coloca. Quanto ao método não recorre a factos ou experiências para provar as suas teorias, nem para verificar se elas são verdadeiras, a Filosofia não tem um método empírico ou experimental mas sim um método argumentativo que consiste na colocação de hipóteses e na dedução das suas consequências. Ambas têm em comum a rejeição do argumento da autoridade que o saber religioso usa para defender as suas crenças, ambas não defendem certezas mas um conhecimento justificado, ou uma crença justificada. A Filosofia tal como a Ciência interroga os pressupostos e coloca-os em dúvida, sendo por isso um pensamento radical no sentido em que nada aceita sem discussão prévia. A Ciência divide o seu objeto de estudo em disciplinas perdendo por isso a visão da totalidade do real, enquanto a Filosofia tem sempre como perspetiva a totalidade, o seu objeto de estudo é a totalidade do real.  Por outro lado a Filosofia não é senso comum pois este não coloca em causa o saber tradicional e tende a adotar crenças espontâneas fruto do quotidiano da experiência vulgar,  que não são submetidas a um exame racional ao contrário da Filosofia que submete as nossas crenças quotidianas ao juízo crítico.


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