quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Matriz para o 2º teste de Filosofia de janeiro de 2025


Fotografia da Livraria Cultura em S. Paulo. Autor: Paulo Padrela


Este elemento de avaliação é composto por dois testes, cada um é avaliado de 0 a 20 valores. Cada teste avalia competências diferentes: 

  • O primeiro teste avalia a competência do domínio dos conceitos. A Conceptualização que vale 30% na avaliação final.

  • O segundo teste destina-se a avaliar as competências de Problematização e Argumentação que valem 45% na avaliação final.

Estrutura: 

Primeiro Teste – Conceptualização

  • 10 questões de escolha múltipla (10x15 pontos=150 pontos)

  • 2 questões de definição de conceitos (2x25 pontos=50 pontos)

Total – 200 Pontos

Segundo Teste – Problematização e Argumentação

Grupo I

• 1 questão de análise lógica de texto (40 pontos)

Grupo II

  • 4 questões de lógica proposicional  (4x20 Pontos) -

  • 2 questões de lógica informal (2x 40 pontos) Total -200 Pontos

_________________________________________________________________________

Objetivos/conteúdos.

  1. Análise lógica de um texto filosófico.

1. Lógica Formal 

  • Distinguir argumentos dedutivos e não dedutivos.
  • Relacionar a validade de um argumento com a verdade de uma proposição.
  • Identificar conectivas proposicionais.
  • Definir falácia.
  • Exemplificar falácias.
  • Aplicar variáveis e conectivas às proposições complexas.
  • Formalizar proposições recorrendo a um dicionário.
  • Tradução de fórmulas lógicas para a linguagem natural recorrendo ao dicionário.
  • Identificar e aplicar as regras das conectivas proposicionais.
  • Construir tabelas de verdade para analisar as condições de verdade das proposições.
  • Construir inspetores de circunstâncias.
  • Identificar as formas de inferência válidas e as falácias formais: Modus Ponens, Modus Tollens, falácia da negação do antecedente, contraposição, silogismo disjuntivo, Leis de De Morgan (negação da conjunção e negação da disjunção), silogismo hipotético e dupla negação, falácias da afirmação da consequente e da negação da antecedente.
  • Aplicar as tabelas de verdade para verificar se os argumentos são válidos ou não. 

2. Lógica Informal 

  • Identificar os diferentes tipos de argumentos não dedutivos: argumentos indutivos (generalização e previsão), argumentos por analogia e argumentos de autoridade qualificada. 

  • Aplicar as regras para avaliação dos argumentos informais.

  • Avaliar os diferentes argumentos de forma a verificar se são fortes ou fracos. 

  • Identificar as respetivas falácias dos argumentos não dedutivos: falácia da generalização apressada, falácia da amostra não representativa, falácia da falsa analogia, a falácia do apelo à autoridade. 

  • Identificar as restantes falácias informais: Ad Populum (apelo à opinião popular), Ad Hominem (ataque pessoal), Petição de Princípio, Falso Dilema, Derrapagem, Falsa. 

  • Elaborar argumentos por generalização, previsão, analogia e autoridade qualificada.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

Texto para resumo Leonor 10A

 


Considera o argumento seguinte:

2) A maior parte dos ingleses lê o Times; logo, o próximo inglês que encontrarmos será leitor do Times.

Este argumento é indutivamente válido; isto porque, na circunstância em que tem premissa verdadeira, a sua conclusão é muito provavelmente verdadeira. Se quiséssemos explicar a sua validade mantendo a metáfora da força, teríamos de dizer que se trata de um argumento forte.

Porém, o argumento seguinte é igualmente válido, pela mesma razão:

3) A maior parte dos ingleses lê o Público; logo, o próximo inglês que encontrarmos será leitor do Público.

A querermos manter a metáfora da força, para explicar a validade de 3, teríamos de dizer que também 3 é um argumento forte. Mas parece haver algo de contra-intuitivo em pretender que 3 é um argumento forte: aceitamos que a sua conclusão seria provavelmente verdadeira, se a sua premissa fosse verdadeira; mas a sua premissa é claramente falsa; daí que nada possamos concluir. O que quer que seja um argumento forte, dificilmente será isto.

Se tudo o que podemos fazer com a metáfora da força se limita a isto, então a metáfora da força não nos ajuda muito: já tínhamos decidido que tanto 2 como 3 são válidos; falar de fraqueza ou de força a respeito da maneira como a premissa de cada um apoia a respectiva conclusão nada parece acrescentar.

A diferença relevante entre 2 e 3 não é a validade; isto porque a probabilidade de terem conclusão verdadeira, na circunstância em que a premissa é verdadeira, é igual em ambos os casos. A diferença relevante entre 2 e 3 é a plausibilidade da respectiva premissa: tanto 2 como 3 têm premissa falsa; porém, 3 tem premissa muito mais evidentemente falsa do que 2. A partir do momento em que ambos os argumentos são válidos, agora parece fazer sentido falar de força: dizer que 2 é um argumento forte e 3 é um argumento fraco não significa que 2 é válido e 3 inválido: significa, sim, que, sendo ambos válidos, 2 tem premissa mais plausível do que 3.

Não pode ser, portanto, a força que explica a validade. A metáfora de força pode ser esclarecedora quando confrontamos argumentos que já decidimos serem válidos: será mais forte o que tiver premissa ou premissas mais plausíveis.

Artur Polónio, in Crítica na rede

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

INVEJA

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Texto para resumo e análise Juliana Marino 10A e Beatriz Fonseca 10ºE

Argumentos com base em exemplos
ARGUMENTOS INDUTIVOS
Os argumentos com base em exemplos oferecem um ou mais exemplos específicos para apoiar uma generalização:
Outrora as mulheres casavam muito novas. A Julieta da peça Romeu e Julieta, de Shakespeare, ainda nem tinha 14 anos. Na Idade Média, 13 anos era a idade normal de casamento para uma rapariga judia. E durante o Império Romano muitas mulheres casavam aos 13 anos, ou mesmo mais novas.
Este argumento generaliza a partir de três exemplos —Julieta, as mulheres judias durante a Idade Média e as mulheres do Império Romano— para muitas ou para a maior parte das mulheres de outrora. Para vermos a forma deste argumento mais claramente podemos enunciar as premissas separadamente, com a conclusão no fim: Na peça de Shakespeare, Julieta nem sequer tinha 14 anos. Durante a Idade Média, as mulheres judias casavam normalmente aos 13 anos. No tempo do Império Romano muitas mulheres casavam aos 13 anos ou mesmo antes. Logo, outrora muitas mulheres casavam muito jovens.
Será um bom argumento indutivo?
Há um pequeno conjunto de regras que permitem avaliar argumentos com base em exemplos a) Use mais do que um exemplo Um exemplo único pode por vezes ser usado a título ilustrativo. O exemplo da Julieta só por si pode ilustrar o casamento em idade precoce. Mas um exemplo único não oferece praticamente qualquer apoio a uma generalização. Pode ser um caso atípico, a «excepção que confirma a regra». E necessário mais do que um exemplo.
b)  O número de exemplos necessários depende parcialmente da sua representatividade, aspecto tratado na regra . Mesmo um número elevado de exemplos pode não ser representativo do conjunto sobre o qual estamos a generalizar. O argumento precisa de ter igualmente em conta mulheres de outras partes do mundo
c) Tem que ter exemplos suficientes.  O tamanho do conjunto a partir do qual estamos a generalizar deve ser suficiente para permitir a generalização. . Conjuntos grandes requerem normalmente mais exemplos. A afirmação de que a sua cidade esta cheia de pessoas notáveis requer mais exemplos do que, digamos, a afirmação de que os seus amigos são pessoas notáveis. Mesmo dois ou três exemplos podem ser suficientes para estabelecer que os seus amigos são pessoas notáveis (depende de quantos amigos têm), mas, a menos que a sua cidade seja muito, muito pequena, são necessários mais exemplos para mostrar que a sua cidade está cheia de pessoas notáveis. Os exemplos são representativos?. Um número elevado de exemplos de mulheres romanas, unicamente, estabelece muito pouco acerca das mulheres em geral, uma vez que as mulheres romanas não são necessariamente representativas das mulheres de outras partes do mundo.
Argumentos por analogia
Há uma excepção à regra 8 («use mais do que um exemplo»). Os argumentos por analogia, em vez de multiplicarem exemplos para apoiarem uma generalização, argumentam a partir de um caso ou exemplo específico para provarem que outro caso, semelhante ao primeiro em muitos aspectos, é também semelhante num outro aspecto determinado. O presidente americano George Bush argumentou uma vez que o papel do vice-presidente é o de apoiar as políticas do presidente, concordando ou não com elas, porque «ninguém quer meter golos na própria baliza». Bush está a sugerir que fazer parte da administração é como fazer parte de uma equipa de futebol. Quando. alguém entra para uma equipa de futebol, concorda em obedecer às decisões do treinador, porque o sucesso da equipa depende dessa obediência. Bush sugere que, analogamente, entrar para a administração é um compromisso de obediência às decisões do presidente, porque o sucesso da administração depende também da obediência. Distinguindo premissas e conclusão: Quando alguém entra para uma equipa de futebol, concorda em obedecer às decisões do treinador (porque o sucesso da equipa depende da obediência dos respectivos membros). A administração americana é como uma equipa de futebol (o seu sucesso depende também da obediência dos respectivos membros). Logo, quando alguém entra para a administração americana, concorda em obedecer às decisões do presidente. 18 Repare na palavra «como» em itálico na segunda premissa. Quando um argumento sublinha as semelhanças entre dois casos, é muito provavelmente um argumento por analogia.

Anthony Weston, A Arte de Argumentar

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Texto para resumo Inês Martins 10A e Joana Antunes10E


Pelo que disse até aqui, dir-se-ia que apenas existem argumentos válidos e inválidos. E que os inválidos, ao contrário dos válidos, apresentam uma forma que não permite preservar sempre, na conclusão, a verdade das premissas. Assim, a lógica seria apenas o estudo da forma dos argumentos, ocupando-se exclusivamente dos argumentos válidos. Só que isso não corresponde à verdade. Há outros tipos de argumentos cuja aceitabilidade não depende da forma que apresentam. Tais argumentos fazem, por isso, parte da chamada “lógica informal”.

Os argumentos de que tenho falado até aqui são também conhecidos como argumentos dedutivos. O melhor que se pode dizer dos argumentos dedutivos é que se trata daquele tipo de argumentos cuja forma garante a verdade da conclusão, no caso de as premissas serem também verdadeiras. A sua forma lógica é, portanto, decisiva. O mesmo não se pode dizer de outros tipos de argumentos, residindo aí a diferença entre lógica formal e lógica informal. Para além dos argumentos dedutivos temos então os argumentos:

  • Por analogia
  • Indutivos (generalizações a partir de exemplos)
  • Sobre causas
  • De autoridade

Juntamente com os argumentos dedutivos, os argumentos por analogia são os mais utilizados pelos filósofos. Os argumentos por analogia costumam apresentar a seguinte forma:

Podemos resumir e dizer:

Os x, como os y, têm as propriedades A, B, C, D.
Os x têm ainda a propriedade E.
Logo, os y têm a propriedade E.

Resumindo ainda mais:

Os x são E.
Os y são como os x.
Logo, os y são E.

Os argumentos por analogia partem da ideia de que se diferentes coisas são semelhantes em determinados aspetos, também o serão noutros. Veja-se o exemplo seguinte:

Os soldados de um batalhão têm de obedecer às decisões de um comandante para atingir os seus objetivos.
Uma equipa de futebol é como um batalhão.
Logo, os jogadores de uma equipa de futebol têm de obedecer às decisões de um comandante (treinador) para atingir os seus objetivos.

O termo “como” na segunda premissa está destacado. Esse termo indica que estamos a estabelecer uma comparação entre situações análogas, característica dos argumentos por analogia. Mas será que apenas pela forma do argumento ficamos a saber se é aceitável ou não?

(…) a mera inspeção da sua forma não nos permite classificar os argumentos por analogia como bons ou maus. Portanto, a qualidade destes argumentos não depende da sua forma lógica. Encontramos com a mesma forma bons e maus argumentos por analogia. Por isso é que tais argumentos não fazem parte da lógica formal. Por isso também não dizemos que um argumento por analogia é válido ou inválido, coisa que isso só se aplica aos argumentos dedutivos. Recordo a definição de validade, segundo a qual é logicamente impossível obter conclusões falsas de premissas verdadeiras, o que não acontece nos argumentos por analogia. Nos argumentos por analogia nunca podemos garantir logicamente que de premissas verdadeiras se obtêm sempre conclusões verdadeiras. Isto é, os argumentos por analogia não possuem a característica de preservar logicamente a verdade. Assim, não temos outro remédio senão olhar para aquilo que as premissas e a conclusão afirmam, de pouco servindo a análise do seu aspeto formal.

 

Aires de Almeida, Lógica informal, in Crítica na Rede

 


 https://www.youtube.com/watch?v=FS2wV3ETrPw

As falácias não são argumentos

https://youtu.be/FS2wV3ETrPw?si=4ZEiKFoC4Ta9cXTL



https://www.youtube.com/watch?v=_dB_gE6kNo8 video sobre todas as falácias






sábado, 7 de dezembro de 2024

Texto para resumo Giovana 10A

 


Formas de inferência válida

Ao argumentarem, as pessoas utilizam, frequentemente sem disso se aperceberem, argumentos cujas formas são umas válidas e outras inválidas. Como algumas destas formas são muito comuns é conveniente conhecê-las e saber distingui-las. Comecemos pelas válidas.

Modus ponens (MP)

modus ponens é uma forma de argumento em que a primeira premissa é uma proposição condicional, a segunda o antecedente da condicional que constitui a primeira premissa e a conclusão o consequente dessa mesma condicional:

p  q
p
 p

Exemplo:

Se há livre-arbítrio, então o homem é responsável pelas suas ações.
Há livre-arbítrio.
Logo, o homem é responsável pelas suas ações.

É fácil verificar que o modus ponens é válido. Para isso basta fazer um inspetor de circunstâncias.

P

Q

P Q

P

Q

V

V

V

V

V

V

F

F

V

F

F

V

F

F

V

F

F

F

F

F

Na única circunstância, a primeira, em que as premissas são ambas verdadeiras, a conclusão também o é, o que mostra que a forma deste argumento é válida. Um procedimento semelhante poderá ser usado para mostrar que as outras formas de argumento que vamos ver em seguida também são válidas.

Modus tollens (MT)

modus tollens é uma forma de argumento em que a primeira premissa é igualmente uma proposição condicional, a segunda a negação do consequente da primeira premissa e a conclusão a negação do antecedente.

p  q
¬
q
¬p

Exemplo:

Se há livre-arbítrio, então o homem é responsável pelas suas ações.
É falso que o homem seja responsável pelas suas ações.
Logo, é falso que haja livre-arbítrio.

Contraposição (Cont.)

contraposição é uma forma de argumento em que a premissa é uma condicional e a conclusão essa mesma condicional com o antecedente e o consequente trocados e negados. Na realidade, a contraposição é uma equivalência lógica — tanto a premissa como a conclusão têm os mesmos valores de verdade para a mesma combinação de valores de verdade das suas variáveis proposicionais. Por esse motivo, podemos usar uma das fórmulas como premissa e inferir dela a conclusão ou ao contrário:

p  q
¬q  ¬p

ou

¬q  ¬p
 p  q

Exemplo:

Se há livre-arbítrio, então o homem é responsável pelas suas ações.
Logo, se o homem não é responsável pelas suas ações, então não há livre-arbítrio.

ou

Se o homem não é responsável pelas suas ações, então não há livre-arbítrio.
Logo, se há livre-arbítrio, então o homem é responsável pelas suas ações.

Silogismo disjuntivo (SD)

O silogismo disjuntivo é uma forma válida de argumento em que a primeira premissa é uma disjunção, a segunda a negação de uma das disjuntas da primeira e a conclusão a outra disjunta dessa premissa.

p  q
¬
p
 q

ou

p  q
¬
q
 p

Exemplo:

Há livre-arbítrio ou o homem é responsável pelas suas ações.
Não há livre-arbítrio.
Logo, o homem é responsável pelas suas ações.

 

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Texto para resumo e análise Cátia Alves 10A



Imagem relacionada

VI.Argumentos dedutivos

Todos os argumentos que até agora apreciamos têm um certo grau de incerteza, de uma maneira ou de outra. Exemplos novos podem sempre refutar um argumento com base em exemplos, e até uma fonte informada e imparcial pode estar errada. No entanto, os argumentos dedutivos bem construídos são argumentos em que a verdade das premissas garante a verdade das conclusões.

Se não há fatores de sorte no xadrez, então o xadrez depende unicamente do talento dos jogadores.
Não há fatores de sorte no xadrez.
Logo, o xadrez depende unicamente do talento dos jogadores.

Se estas duas premissas são verdadeiras, então tem também de ser verdade que o xadrez depende unicamente do talento dos jogadores. Para discordar da conclusão, o leitor teria de discordar também de pelo menos uma das premissas.
Os argumentos dedutivos oferecem, pois, certezas —mas apenas se as respectivas premissas forem também certas. Uma vez que as premissas dos nossos argumentos. Raramente são de fato assim, as conclusões dos argumentos dedutivos da vida real têm ainda assim de ser apreciadas com algumas (por vezes muitas!) reticências. No entanto, quando conseguimos encontrar premissas fidedignas, as formas dedutivas são muito úteis. Lembre-se da regra 3: tente começar com premissas fidedignas.
Mesmo quando as premissas são incertas, as formas dedutivas oferecem uma maneira efetiva de organizar um argumento, especialmente num ensaio argumentativo. Este capítulo apresenta seis formas dedutivas comuns com exemplos simples, cada uma com uma regra própria. Os capítulos VII-IX voltarão a tratar do seu uso nos ensaios argumentativos.

MODUS PONENS
Os argumentos dedutivos bem formados chamam-se argumentos válidos. Usando as letras p e q em representação de duas frases, a forma dedutiva mais simples é:
Se [frase p], então [frase q].
[Frase p].
Logo, [frase q].

Ou, mais sucintamente:
Se p, então q.
p.
Logo, q.

Esta forma chama-se modus ponens («o modo de pôr»: ponha p, fique com q). Se p representar «não há fatores de sorte no xadrez» e q «o xadrez depende unicamente do talento dos jogadores», o nosso exemplo introdutório é um caso de modus ponens. Verifique-o.
Muitas vezes um argumento destes é tão óbvio que não precisa de ser formulado como um modus ponens.

Uma vez que os otimistas têm mais hipóteses de terem sucesso do que os pessimistas, devias ser otimista.
Este argumento pode escrever-se assim:
Se os otimistas têm mais hipóteses de terem sucesso do que os pessimistas, devias
ser otimista.
Os otimistas têm mais hipóteses de terem sucesso do que os pessimistas.
Logo, devias ser otimista.

No entanto, o argumento é perfeitamente claro sem o pormos nesta forma. Outras vezes, no entanto; é útil escrevermos o modus ponens:

Se existem milhões de planetas habitáveis na nossa galáxia, então parece provável que a vida se tenha desenvolvido em mais do que um planeta.
Existem milhões de planetas habitáveis na nossa galáxia.
Logo, parece provável que a vida tenha evoluído em mais do que um planeta.

Para desenvolvermos este argumento temos de defender e explicar ambas as premissas e elas requerem argumentos bastante diferentes (porquê?). E útil formulá-los clara e separadamente desde o início.

WESTON, Anthony. Arte de Argumentar, Gradiva, Lisboa. Pp. 28, 29 e 30