Grupo I
Análise lógica do texto:
"Devemos procurar o valor da filosofia, de facto, em grande medida na sua própria incerteza. O homem sem rudimentos de filosofia passa pela vida preso a preconceitos derivados do senso comum, a crenças costumeiras da sua época ou da sua nação, e a convicções que cresceram na sua mente sem a cooperação ou o consentimento da sua razão deliberativa. Para tal homem o mundo tende a tornar-se definitivo, finito, óbvio; os objetos comuns não levantam questões, e as possibilidades incomuns são rejeitadas com desdém. Pelo contrário, mal começamos a filosofar, descobrimos, como vimos nos nossos capítulos de abertura, que mesmo as coisas mais quotidianas levam a problemas aos quais só se podem dar respostas muito incompletas. A filosofia, apesar de não nos poder dizer com certeza qual é a resposta verdadeira às dúvidas que levanta, é capaz de sugerir muitas possibilidades que alargam os nossos pensamentos e os libertam da tirania do costume.”
Bertrand Russell, Princípios da Filosofia
TEMA: O Valor da Filosofia
PROBLEMA 1: Qual o
valor da Filosofia?
TESE 1: O valor da filosofia reside, em grande medida, na sua própria incerteza.
Argumentos para a
tese 1 (razões): A filosofia, apesar de não nos poder dizer com certeza qual é a
resposta verdadeira às dúvidas que levanta, é capaz de sugerir muitas possibilidades
que alargam os nossos pensamentos e os libertam da tirania do costume.
PROBLEMA 2: Porque é importante filosofar?
TESE 2: Porque filosofar alarga o nosso pensamento e liberta-o da tirania do costume.
Argumentos para a tese 2 (razões): O homem sem rudimentos de filosofia passa pela vida preso a preconceitos derivados do senso comum, a crenças costumeiras da sua época ou da sua nação, e a convicções que cresceram na sua mente sem a cooperação ou o consentimento da sua razão deliberativa. Para tal homem o mundo tende a tornar-se definitivo, finito, óbvio; os objetos comuns não levantam questões, e as possibilidades incomuns são rejeitadas com desdém.
CONCEITOS: FILOSOFIA,
SENSO COMUM, PRECONCEITOS, INCERTEZA
Grupo II
Versão A
1. a. 2. c. 3. b. 4. c.
Versão B
1.d. 2. a. 3. a. 4. d.
Grupo III
1.
Versão A: Há quem goste de ciências. Forma canónica: Algumas pessoas gostam de ciências. Tipo I. Negação: Nenhuma pessoa gosta de ciências.
Versão B: Certas pessoas não gostam de Filosofia. Forma canónica: Algumas pessoas não gostam de filosofia. Tipo O. Negação: Todas as pessoas gostam de Filosofia.
2.
Versão A:
a. Se os seres humanos são racionais então conseguem resolver este exercício de lógica.
Dicionário: P: os seres humanos são racionais. Q: os seres humanos conseguem resolver este exercício. Formalização: P→ Q.
b. Se estudo para o teste então tenho boa nota e passo de ano. Dicionário: P: Estudo para o teste. Q: Tenho boa nota. R: Passo de ano. Formalização: P→ (Q ∧ R).
Versão B:
a. Se e só se os seres humanos são livres então são responsáveis pelas suas ações.
Dicionário: P: Os seres humanos são livre. Q: Os seres humanos são responsáveis pelas suas ações. Formalização: P ↔ Q
b. Se estudas para o teste e estás atento nas aulas então tens boa nota. Dicionário: P: Estudas para o teste. Q: Estás atento. R: Tens boa nota. Formalização: (P∧ Q) ⟶ R
3.
Dicionário:
P: O João come gelado.
Q: O João come chocolate.
R: O João tem diabetes.
Versão A: (P ∧ Q) ⟶ R. Se o João come gelado e chocolate então tem diabetes
Versão B: (P ∧ Q) ↔ R. Se e só se o João come gelado e chocolate então tem diabetes.
4.
Versão A:
P Q P → ~Q
V V F F
V F V V
F V V F
F F V V
↑
Versão B:
P Q (~P) ⟶ Q
V V F V
V F F V
F V V V
F F V F
↑
5.
Versão A:
P Q P⟶ Q ~Q ∴ ~P
V V V F F
V F F V F
F V V F V
F F V V V
Resposta: O argumento é válido porque não há nenhuma ocasião em que as premissas sejam verdadeiras
e a conclusão falsa.
Versão B:
P Q P⟶ Q P ∴ ~Q
V V V V F
V F F V V
F V V F F
F F V F V
Resposta: O argumento é inválido porque há uma ocasião em que as premissas são verdadeiras e a conclusão falsa.
6.
Versão A: a. Falácia da Afirmação da consequente. b. Modus Ponens.
Versão B: a. Modus Ponens. b. Falácia da Afirmação da consequente.