1. Análise lógica do
texto de James Rachels
Tema: Certas práticas culturais.
Problema: É errado condenar certas práticas culturais?
Tese: Não é errado condenar certas práticas culturais.
Argumento: Porque todas as culturas têm boas e más práticas, condenar algumas delas, como a excisão, não é desprezar a cultura em que estas práticas são permitidas, é apenas condenar o que está mal em cada cultura. É um erro pensar que não devemos condenar certas práticas só porque podemos ser mal interpretados como estando a desprezar toda a cultura.
Conceitos: práticas, cultura, excisão
Tema: Certas práticas culturais.
Problema: É errado condenar certas práticas culturais?
Tese: Não é errado condenar certas práticas culturais.
Argumento: Porque todas as culturas têm boas e más práticas, condenar algumas delas, como a excisão, não é desprezar a cultura em que estas práticas são permitidas, é apenas condenar o que está mal em cada cultura. É um erro pensar que não devemos condenar certas práticas só porque podemos ser mal interpretados como estando a desprezar toda a cultura.
Conceitos: práticas, cultura, excisão
2. Não é favorável ao
relativismo cultural porque o autor defende que há certas práticas culturais
que são más e como tal não as devemos aceitar só porque são de uma cultura
diferente. Segundo o relativismo cultural não podemos julgar nenhuma prática de
culturas diferentes porque nenhum juízo é neutro e estamos a julgar de acordo
com os valores da nossa cultura e portanto estamos a ser parciais. Um Argumento a favor do relativismo cultural é o facto
de salientar a tolerância face a diferentes manifestações culturais; um
argumento contra é aquele que aponta para o relativismo moral como consequência
o que nos permite justificar e aceitar práticas violentas e violadoras dos
direitos universais do homem.
3. Existem três explicações sobre a natureza e origem dos valores,
todas elas têm razões para as suas teses
e todas elas são insuficientes
para explicar a natureza e origem dos valores porque enfrentam sérias objecções.
Geralmente e intuitivamente, somos levados a pensar que existem valores
subjectivos, mas que há outros que se impõem mesmo que o sujeito não os
defenda, são objectivos e ainda outros são culturais, isto é derivam da forma
como a sociedade em que vivemos evoluiu ao longo do tempo. Assim as teses das
três teorias extremam posições do seguinte modo: Os subjectivistas defendem que
há sempre um sujeito que confere valor, daí que o valor das coisas, acções ou
pessoas depende das preferências, circunstâncias e gostos de alguém particular:
O sujeito.
Tem a seu favor o facto de não haver acordo de opiniões acerca do que
é correcto fazer-se em cada situação particular, ou na apreciação de qualquer
obra. Argumento da diversidade de opiniões. Enfrenta a objecção de, quanto aos
valores morais, poder justificar moralmente certas acções indesejáveis.
AS TEORIAS OBJECTIVISTAS
Ao contrário das teorias subjectivistas, as teorias objectivistas
postulam que quando atribuímos valor a uma obra, acção ou pessoa, esse valor
faz parte da natureza da obra, acção o pessoa, o avaliador não lhe dá o
valor, apenas reconhece o seu valor, isto é, reconhece as suas qualidades. As
qualidades são objectivas e dependem do objecto e não do sujeito avaliador.
Argumentos a favor: A concordância em relação
a certas práticas culturais e princípios, como a carta universal dos
direitos humanos. Outro argumento: as consequências indesejáveis que pode ter
defender o subjectivismo moral e o relativismo moral, porque nos pode tornar
cúmplices de crimes e discriminações que causam sofrimento a muitas pessoas.
III
1. O relativista defende que os valores morais e
a sua aplicação dependem das culturas, assim não há juízos morais neutros ou
imparciais, nenhuma cultura é superior a outra de modo a poder julgar pois cada
juízo revela a forma de pensar de uma cultura específica. Face a este caso, uma
vez que ele é tradição na cultura japonesa e não na cultura ocidental, fará
sentido inserido no quadro dos valores japoneses, pois cada cultura encontra o seu
código de valores de modo a sobreviver e a poder enfrentar as necessidades que
se colocam em cada situação. Poder-se-ia, por exemplo, se fossemos
relativistas, defender esta prática como forma dos Samurais demonstrarem a sua
coragem e superioridade de modo a serem temidos para que o seu poder não fosse
afrontado, essa seria uma forma de manter o poder do imperador e a ordem
social.
Objecções: Julgar certas práticas culturais como incorrectas não
significa julgar as culturas incorrectas, tal como pensam os relativistas, esse
juízo é até necessário para não sermos cúmplices de certos actos violentos
contra a dignidade humana.
O relativismo cultural pode ter como consequência o relativismo moral, e a moral não depende apenas das culturas mas podemos defender que há juízos morais universais.
O relativismo cultural pode ter como consequência o relativismo moral, e a moral não depende apenas das culturas mas podemos defender que há juízos morais universais.
2. Os valores
são padrões de referência que nos permitem julgar e orientar as nossas acções,
pessoas ou coisas. São qualidades
potenciais das coisas e não qualidades primárias, pois resultam da relação com um sujeito que as aprecia ou não
de acordo com os seus interesses e as suas circunstâncias. Os valores não são
qualidades primárias porque estas são universais e objectivas, são essenciais
ao objecto enquanto as qualidades valorativas são dependentes do sujeito e da sua
reacção a determinado objecto.
Os valores são bi-polares porque têm um pólo positivo e um negativo, hierarquizáveis porque podemos organizá-los numa ordem de acordo com um critério de valores; relativos se considerarmos que dependem do gosto, cultura e circunstâncias, mas também absolutos como certos valores éticos que são independentes da cultura, do gosto e das circunstâncias.
Os valores são bi-polares porque têm um pólo positivo e um negativo, hierarquizáveis porque podemos organizá-los numa ordem de acordo com um critério de valores; relativos se considerarmos que dependem do gosto, cultura e circunstâncias, mas também absolutos como certos valores éticos que são independentes da cultura, do gosto e das circunstâncias.
3. “O João agiu
honestamente” é um juízo de valor porque a honestidade é um valor ético, essa
qualidade não é uma qualidade primária do João como o seu peso ou altura, mas
uma qualidade conferida pela apreciação de um sujeito que assim demonstra os
seus critérios valorativos ou reconhece uma qualidade no João, que, possivelmente não é verdadeira
para todos os que conhecem o João. O
Juízo de valor não tem valor de verdade podendo ser discutido, e é normativo na
medida em que nos permite compreender que aquele que valoriza está a expor a
sua norma ética: Está a dizer: “quem age como o João é eticamente correcto”.
” O João tem 1.80m “ é um juízo de facto porque descreve uma qualidade primária, isto é, uma qualidade a que todos os sujeitos dão o seu acordo, por isso é objectiva e pode ser verdadeira ou falsa. É um juízo de facto porque tem valor de verdade e traduz as propriedades primárias e inquestionáveis do objecto.
” O João tem 1.80m “ é um juízo de facto porque descreve uma qualidade primária, isto é, uma qualidade a que todos os sujeitos dão o seu acordo, por isso é objectiva e pode ser verdadeira ou falsa. É um juízo de facto porque tem valor de verdade e traduz as propriedades primárias e inquestionáveis do objecto.
4. Heteronomia da consciência moral
designa o modo como a consciência interioriza as normas e leis sociais e as
reflecte como deveres impelindo o sujeito a obedecer-lhes. No modo heterónimo o motivo da nossa acção é a
obediência ao que é correcto socialmente. Neste caso a lei da acção é captada
do exterior. Autonomia da consciência é o modo como a consciência é capaz de
pensar de acordo com o que está correcto em cada situação e de forma
independente, sem se limitar a obedecer às normas sociais. Ambos os modos
contribuem para a formação da consciência moral.