Versão B
Grupo I
(3x15Pontos)
“Enquanto
acto de autoprotecção […], podemos fazer o que for necessário para nos
defendermos, mesmo que isso implique a morte do atacante […]. O efeito bom é a
preservação da nossa vida, sendo o efeito mau a perda da vida do atacante.”
David S. Oderberg, Ética Aplicada,
Lisboa, Principia, 2009, p. 233
1.1. Relacione
o texto com a noção de preferência e hierarquia dos valores.
1.2. Porque
razão o relativismo cultural pode conduzir ao relativismo moral?
1.3. Retire
um juízo de valor do seguinte juízo de facto:
“ Em Portugal, o ordenado das mulheres
é10% inferior ao dos homens, para
tarefas iguais”.
Grupo II
(7x35 Pontos)
1. De acordo com o relativismo
cultural,
(A) os
critérios valorativos não variam de cultura para cultura.
(B) existe
um padrão universal para avaliar os costumes.
(C) todas as
práticas culturais devem ser toleradas.
(D) os
códigos morais são idênticos em todas as culturas.
2. Considerar que os valores são
objectivos significa considerar que os valores são
(A) objectos de preferência.
(B) relativos ao sujeito que valora.
(C) objectos estimáveis.
(D) independentes do sujeito que valora.
3. Segundo o relativismo cultural,
(A) os valores actuais são melhores do que os
do passado.
(B) os critérios para avaliar as acções são
variáveis.
(C) os critérios para avaliar as acções são
absolutos.
(D) os valores são espirituais e intemporais.
4. Os valores éticos são
(A) critérios para a escolha da melhor acção.
(B) formas determinadas de acção.
(C) normas legais para regular a acção.
(D) programas orientadores de acção.
5. Kant defende que a acção moral é
determinada
(A) pela inclinação e pela boa vontade.
(B) pelo exemplo e pelo sentimento.
(C) pela razão e pelo dever.
(D) pelo bem-estar e pela felicidade.
6. Stuart Mill defende que uma acção
tem valor moral
(A) sempre que o agente renuncia ao prazer.
(B) quando a intenção do agente é boa.
(C) sempre que resulta de uma vontade boa.
(D) quando dela resulta um maior bem comum.
7. Segundo o relativismo cultural,
(A) os
hábitos e as tradições culturais não devem ser valorizados.
(B) há verdades
morais aceites por todos os povos e culturas.
(C) os
juízos morais dependem das convenções de cada sociedade.
(D) a
moralidade não é uma questão de convenção social.
Grupo III
(4x30 Pontos)
“ Ora todos os imperativos ordenam ou
hipotética ou categoricamente. Os hipotéticos representam a necessidade prática
de uma acção possível como meio de alcançar qualquer outra coisa que se quer
(ou que é possível que se queira). O imperativo categórico seria aquele que nos
representasse uma acção como objectivamente necessária por si mesma, sem relação com qualquer outra
finalidade. […] No caso de a acção ser apenas boa como meio para qualquer outra
coisa, o imperativo é hipotético; se a acção é representada como boa em si, por
conseguinte, como necessária numa vontade em si conforme à razão, como
princípio dessa vontade, então o imperativo é categórico.”
I. Kant, Fundamentação da Metafísica dos Costumes,
Lisboa, Edições 70, 2011
1. A partir do texto, mostre por que
razão, para Kant, a acção com valor moral se fundamenta no imperativo categórico
e não em imperativos hipotéticos. Na sua
resposta, integre, de forma pertinente, informação do texto.
2. Distinga, segundo a moral de
Kant, acções” por dever”, “conforme ao
dever” e “contra o dever”. Exemplifique.
3. Analise a seguinte situação tendo
em conta os princípios da moral deontológica de Kant e da moral utilitarista de
Stuart Mill:
Imagina uma cidade onde ocorre um
crime que deixa a cidade revoltada e a exigir vingança. O polícia encarregue da
investigação não tem qualquer pista, e encontra-se sem auxiliares, a população
enfurecida, vai fazer o linchamento público de um idiota com problemas mentais
que é agressivo e que todos pensam que é o culpado. Que deve fazer o polícia?
Deixar que executem um inocente ou impedir a sua execução e sofrer uma revolta
popular que ameaça todas as casas e a sua própria vida?
4. Qual seria a posição correcta? A mais justa ou
a mais segura? Justifique a sua posição.