Grupo 2
1. A resposta integra os aspetos seguintes, ou outros
igualmente relevantes. Identificação do juízo de valor expresso no texto: – «O
hóquei em patins é mais bonito do que o hóquei no gelo». Nota – Aceita-se que a identificação seja feita
através da transcrição integral da última frase do texto («Contudo, o hóquei em
patins é mais bonito do que o hóquei no gelo»), ou através de expressões que
indiquem o reconhecimento do único juízo de valor expresso no texto (por
exemplo, «É a última frase do texto»). Justificação da identificação feita: –
afirmar que o hóquei em patins é mais bonito do que o hóquei no gelo implica
recorrer a um critério normativo (de beleza), que indica como deveria ser um
desporto no que respeita a beleza; – o juízo em causa é, portanto, uma
apreciação normativa, e não um juízo meramente descritivo, acerca do hóquei em
patins (e do hóquei no gelo).
2.Acções por dever são
aquelas que obedecem ao imperativo categórico, a sua finalidade única é cumprir
a lei que a razão a si mesma impõe, isto é o dever, logo são isentas de
interesse ou da necessidade do agente. Essas são acções com valor moral.Acções
conforme ao dever seguem a norma social, são acções legais mas não são morais
porque a vontade do agente é movida por um qualquer interesse ou sentimento
como retirar um proveito ou pelo medo das consequências.Acções contra o dever,
não seguem a lei moral nem a norma social, não seguem qualquer norma e são
comandadas por um interesse ou sentimento momentâneo do agente.
3. O princípio da "Máxima felicidade" consiste na avaliação moral das ações segundo a felicidade que provocam, não no agente, mas no maior número de pessoas afectadas pela ação. Por felicidade entende-se menorizar o sofrimento e a dor e aumentar o prazer. Assim segundo este princípio é moralmente correcta uma ação cujas consequências produzem o maior bem no maior número de pessoas. O prazer que se procura alcançar não é espiritual e sensual, sendo o prazer espiritual superior ao sensual. Não importa para avaliar a moralidade da ação o motivo mas a consequência e a imparcialidade na escolha do maior bem. daí que a moral utilitarista defenda um modelo de altruísmo e de hedonismo moderado como razões fundamentais para agirmos moralmente.
Apresentação da razão pela qual o tipo de ação descrito não
tem valor moral: – a ação caritativa descrita resulta de uma disposição
compassiva (de um sentimento de compaixão), e é motivada pelo prazer que dela
retira quem a pratica, em virtude do contentamento que proporciona aos outros;
– de modo a ter valor moral, a ação descrita teria de ser determinada pelo
dever / a ação descrita teria de ter como motivo o respeito pelo dever; – o que
distingue uma ação por dever de uma ação meramente conforme ao dever, como é o
caso desta ação (caritativa), é o motivo ou a intenção do agente; – por
resultar de uma disposição/inclinação, a ação caritativa descrita, ainda que
seja conforme ao dever, não foi feita por dever, o que a impede de ter valor
moral.
3. O princípio da "Máxima felicidade" consiste na avaliação moral das ações segundo a felicidade que provocam, não no agente, mas no maior número de pessoas afectadas pela ação. Por felicidade entende-se menorizar o sofrimento e a dor e aumentar o prazer. Assim segundo este princípio é moralmente correcta uma ação cujas consequências produzem o maior bem no maior número de pessoas. O prazer que se procura alcançar não é espiritual e sensual, sendo o prazer espiritual superior ao sensual. Não importa para avaliar a moralidade da ação o motivo mas a consequência e a imparcialidade na escolha do maior bem. daí que a moral utilitarista defenda um modelo de altruísmo e de hedonismo moderado como razões fundamentais para agirmos moralmente.
Se o critério da
moralidade é a felicidade para o maior número, então a ação tem de ser guiada
pelos princípios da imparcialidade e do altruísmo. Imparcialidade do juízo
significa julgar casos semelhantes do mesmo modo. Implica
também a neutralidade do sujeito nos juízos, não se deixando influenciar pelas
suas inclinações ou estados de espírito. O princípio do altruísmo significa que
a felicidade que se quer alcançar não é apenas a do agente, mas a felicidade
geral, ultrapassando e contrariando assim o egoísmo primário presente em todos
os sujeitos.
4. O relativista defende que os valores morais e a sua aplicação
dependem das culturas, assim não há juízos morais neutros ou imparciais,
nenhuma cultura é superior a outra de modo a poder julgar pois cada juízo
revela a forma de pensar de uma cultura específica. Há diferentes valores morais entre
culturas historicamente diferentes. A moral é condicionada pela cultura mas nem
todos os princípios morais dependem da cultura. Culturas como os Calatinos ou
os Gregos, ou os Innui, conduzem os seus costumes por princípios que são
semelhantes como: "honrar os mortos", "proteger as
crianças", "honrar pai e mãe". A forma de demonstrar esta sua
moral é, contudo, diferente, uns queimam, outros comem os seus mortos - por
exemplo - . Poderemos então pôr em causa o relativismo moral que defende que
cada cultura tem os seus princípios morais, podemos compreender que alguns
destes princípios são comuns a todas as culturas, mas há é um conhecimento dos
factos diferente.
Não mentir e não matar são normas morais para todas as culturas, pois sem essas normas a sociedade não podia evoluir pois não tinha segurança nem confiança no outro. A moral existe para podermos viver com os outros e para isso temos de os respeitar como queremos ser respeitados. Se não houvesse o dever de não mentir, se mentir fosse permitido moralmente, então nenhum contrato ou transação era possível entre dois homens. Não podia estabelecer-se a confiança que permite a entreajuda necessária à sobrevivência. A moral expressa a nossa necessidade de nos ajudarmos para podermos sobreviver e evoluir enquanto comunidade; cada indivíduo está também dependente da comunidade para sobreviver e viver melhor .
Grupo 3
A situação descrita no texto apresenta uma situação de dilema moral. Um dilema moral é um problema com duas soluções. Ambas as soluções violam princípios morais, porque um dilema coloca em termos alternativos duas soluções que não seriam escolhidas livremente pelo sujeito, qualquer uma delas implica o abandono de certos valores que não é correto abandonar.
A situação descrita no texto apresenta uma situação de dilema moral. Um dilema moral é um problema com duas soluções. Ambas as soluções violam princípios morais, porque um dilema coloca em termos alternativos duas soluções que não seriam escolhidas livremente pelo sujeito, qualquer uma delas implica o abandono de certos valores que não é correto abandonar.
Comparação das perspetivas de Kant e de Stuart Mill relativamente ao
critério de avaliação das ações morais:
Para Kant, e segundo o fundamento deontológico, as
ações devem ser realizadas de acordo com uma intenção que visa o dever acima de
tudo, independentemente das consequências práticas ou materiais que a ação
possa vir a ter. Só a vontade é boa, pois só ela pode ser controlada pelo agente, as
consequências não estão no domínio do agente, logo não contam para determinar o
valor moral da ação. A avaliação é feita "a priori", isto é,
independente da experiência. Pelo contrário, para um utilitarista, não há ações
boas ou más em si mesmas, e a intenção com que são praticadas é irrelevante. As
consequências são o único critério relevante para apreciar o valor moral das
ações. Porque a ação moral visa assegurar um bem maior para todos os que estão
ao seu alcance e não apenas para o agente. Daí que toda a avaliação moral seja
"a posteriori", isto é, a partir da situação concreta.
Tendo em conta estes
pressupostos, para um defensor do dever e do imperativo categórico, não podemos
nunca utilizar um homem como instrumento para alcançar um bem maior, porque o
valor do indivíduo é supremo, tem valor intrínseco. Sendo assim, não se poderia
acusar o inocente. Para a moral que tem como fim a utilidade das ações, poderia
sacrificar-se o indivíduo para salvar outros, daí justificar-se esta ação para
impedir um mal maior.
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