sábado, 4 de janeiro de 2025

Resumo Lara 10Ee Maria Ramponi 10A

 


As falácias são erros, incorreções em argumentos. Muitas delas são tão tentadoras e, portanto, tão comuns que até têm nomes próprios. Isto pode faze-las parecer um tópico novo e separado, mas, na verdade, dizermos que algo é uma falácia é apenas outra forma de dizermos que uma das regras dos bons argumentos foi violada. A falácia da «causa falsa», por exemplo, é apenas uma conclusão discutível acerca de causas e efeitos, (...) Assim, para o leitor compreender as falácias precisa de compreender que regras foram violadas. Este capítulo começa por explicar duas falácias muito gerais, remetendo-as para uma série de regras deste livro. Fornece depois uma lista e uma explicação de um número de falácias específicas, incluindo os nomes latinos quando estes são frequentemente usados.

As duas grandes falácias 

1. Um dos nossos erros mais comuns é tirarmos conclusões a partir de dados insuficientes. Se o primeiro lituano que encontrarmos for irascível, criamos a expectativa de que todos os lituanos serão irascíveis. Quando um navio desaparece no triângulo das Bermudas, os jornais sensacionalistas concluem que o triângulo das Bermudas está assombrado. Esta é a falácia da generalização a partir de informação incompleta.

É fácil ver este erro quando os outros o fazem, mas é mais difícil vê-lo quando somos nós a fazê-lo. Repare quantas das regras dos capítulos II-VI se dirigem contra este erro. A regra 8 exige mais do que um exemplo: não pode tirar uma conclusão sobre todo o corpo estudantil da sua faculdade baseando-se em si próprio e no seu colega. A regra 9 exige exemplos representativos: não pode tirar conclusões acerca do corpo estudantil de uma faculdade baseando-se nos estudantes que são seus amigos, mesmo que tenha muitos. A regra 10 exige informação de fundo: se tira uma conclusão acerca do corpo estudantil da sua faculdade baseando-se numa amostra de 30 pessoas, tem também de ter em consideração o tamanho do corpo estudantil (30?, 30000?). 

Os, argumentos de autoridade exigem que a autoridade não generalize excessivamente: ele ou ela têm de ter a informação e as qualificações que justifiquem o juízo que cita no seu ensaio. A regra 19 sublinha que uma causa não é necessariamente a causa de um acontecimento. Não generalize excessivamente a partir do fato de ter encontrado uma causa: pode haver outras causas mais prováveis.

Anthony Weston, A arte de argumentar

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