Formas de inferência válidas e principais falácias formais.
Existem certas formas argumentativas válidas utilizadas muito frequentemente. Para muitas delas nem precisamos de utilizar
um inspetor de circunstância para compreendermos que são válidas, conseguimos ver isso intuitivamente.
Modus ponens
Modus ponens é expressão latina que significa “modo da afirmação”)
P → Q
P
∴ Q
Em linguagem natural poderíamos dizer: Se gosto de ir à escola então
gosto de aprender. Gosto de ir à escola. Então,gosto de aprender.
Se acontece P então acontece necessariamente Q. Aconteceu P. Logo, aconteceu Q.
Vejamos o inspetor de circunstância para confirmar:
P Q P → Q P ∴ Q
V V V V V
V F F V F
F V V F V
F F V F F
Como dá para ver não há qualquer hipótese das premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa. O que faz desta forma
argumentativa uma forma válida.
Falácias Formais
Existem também falácias formais. Isto é, erros de raciocínio da lógica formal, modos de inferência inválidos.
Falácia da afirmação da consequente:
P → Q
Q
∴ P
Esta forma não é válida. Vejamos um exemplo em linguagem natural onde isso fica claro: Se
estou em Lisboa então estou em Portugal. Estou em Portugal. Logo, estou em Lisboa.
Ora, é fácil de entender que posso estar em Portugal e não estar em Lisboa. Posso estar em Beja ou no Porto.
Para tirar qualquer dúvida podemos construir um inspetor de circunstância para verificar:
P Q P → Q Q ∴ P
V V V V V
V F F F V
F V V V F
F F V F F
Como vemos, há uma possibilidade das premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa. O que não pode acontecer num
argumento dedutivo válido. Daí ser inválido.
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