segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Correção do teste de dezembro 2019 - 10B



1. Análise lógica:
Tema do texto: Sócrates defende-se da acusação de Meleto e Anito de que corrompe os jovens.
Problema. Como é que Sócrates se defende da acusação de Meleto e Anito?
Tese: Sócrates defende-se provando que Anito e Meleto não o podem acusar de corromper os jovens porque não se preocupam com os jovens.
Corpo argumentativo: Sócrates faz uma analogia entre a educação dos jovens e a dos cavalos, se com os cavalos são poucos os homens que os sabem educar e a maioria estraga-os, com os jovens é o mesmo, poucos os sabem educar e a maioria corrompe-os. Ora essa analogia demonstra que a acusação de só Sócrates corrompe os jovens e que todos os outros homens os tornam melhores é falsa e revela desmazelo por parte dos acusadores.
Conceitos: Corrupção dos jovens, acusação

2. O problema que está em discussão no texto é saber se todos os homens são capazes de educar bem os jovens ou se é o contrário, que a maioria dos homens não sabe educar, que saber educar é uma tarefa que só alguns sabem fazer, pois é mais comum com a educação de qualquer ser vivo, que poucos entendam do que torna os seres melhores. Defende-se Sócrates da acusação de Anito e Meleto que acusa Sócrates como o único homem que corrompe os jovens enquanto todos os outros sabem como os tornar melhores.

3.A resposta integra os aspetos seguintes, ou outros igualmente relevantes. Indicação do tipo de argumento que o Carlos usou para concluir que a Diana gosta de alguns lagos suíços:‒ (argumento) dedutivo. Justificação:‒ num argumento dedutivo/dedutivamente válido, a conclusão é uma consequência lógica das premissas / é impossível a conclusão ser falsa caso as premissas sejam todas verdadeiras;‒ se for verdade que na Suíça há lagos rodeados de montanhas e que a Diana gosta de lagos rodeados de montanhas, então tem de ser verdade que a Diana gosta de alguns lagos suíços



4. A distinção entre a demonstração e a argumentação está ligada á distinção entre dois tipos de utilização dos argumentos no discurso. Assim, argumentar liga-se mais à arte da persuasão, pois o asunto sobre o qual se argumenta é discutível e não consensual, enquanto a demonstração é uma prova lógica que, a ser válida,  é universal e não pode sofrer refutação, se aceitarmos as premissas e se o argumento for válido temos de aceitar a conclusão, porque a conclusão segue-se necessariamente das premissas. A demonstração é, portanto, independente do auditório, este é abstrato e universal. É  válida para qualquer auditório e não depende do contexto. A verdade da conclusão é necessária e indiscutível se aceitarmos a verdade das premissas, pois utiliza argumentos formais ou dedutivos. A linguagem utilizada não é adequada a um contexto definido ou singular, é uma linguagem impessoal e isenta de ambiguidade. Pelo contrário a arte de argumentar, é o domínio da persuasão visto que o assunto é suscetível de discussão. Argumentação serve para fundamentar uma perspetiva mas sem que esta se apresente como única, embora as premissas sejam verdadeiras a conclusão é provável,  pois utilizamos argumentos informais. Diz respeito a valores, aos valores do orador e do auditório, às suas crenças e convicções e utiliza uma linguagem natural, cuja eficácia depende do contexto e do auditório.

Grupo III
Versão A
1.a) “Todos os filósofos são estudiosos de lógica” – Proposição universal afirmativa
b) “Algumas aves não são sobreviventes da poluição dos mares”  Proposição particular negativa
c) “Toda a emoção musical é produzida por cantores” – Proposição universal afirmativa

2.
Para negar uma proposição categórica temos de negar a quantidade e a qualidade da proposição; assim se é universal a sua negação tem de ser uma proposição particular, se é negativa a sua negação tem de ser afirmativa e vice versa. Uma proposição que difere na quantidade e na qualidade de outra é a sua contraditória. Esta regra é válida para todas as proposições categóricas. Assim a negação desta proposição particular negativa é uma proposição universal afirmativa “Todas as aves são sobreviventes da poluição dos mares”
c) “ Alguma emoção musical não é produzida por cantores” Por aplicação da regra enunciada atrás. A negação de uma proposição Universal afirmativa terá de ser uma proposição particular negativa.

Versão B
1.a) Todos os filósofos são estudiosos da história das ideias” – Proposição universal afirmativa.
b) Nenhuma ave é sobrevivente da poluição dos mares” – Proposição universal negativa
c) “Algumas experiências científicas são ilegais” – Proposição particular afirmativa.

2. Para negar uma proposição categórica temos de negar a quantidade e a qualidade da proposição; assim se é universal a sua negação tem de ser uma proposição particular, se é negativa a sua negação tem de ser afirmativa e vice versa. Uma proposição que difere na quantidade e na qualidade de outra é a sua contraditória. Esta regra é válida para todas as proposições categóricas.
A negação desta proposição terá de negar a sua quantidade e a sua qualidade, será assim uma proposição particular afirmativa “ Algumas aves são sobreviventes da poluição dos mares”
Quanto à alínea c, a sua negação é uma proposição universal  negativa; “ Nenhuma experiência científica é ilegal”.



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