sábado, 4 de janeiro de 2020

Correção do teste do 10A em Dezembro de 2019




GRUPO I
1. Tema do texto: A importância de todos os cidadãos se envolverem na discussão das questões públicas. Enaltecimento dos cidadãos atenienses.
Problema1: O que distingue os atenienses governados por Péricles de outros cidadãos de outas cidades?
Problema 2: Qual a importância de todos os cidadãos pensarem e discutirem as questões públicas?
Tese 1: Os atenienses distinguem-se dos outros cidadãos de outras cidades por pensarem e discutirem as questões públicas antes de agir.
Tese2: A importância de discutir entre todos as questões públicas é melhorar a forma de agir.
Corpo argumentativo 1: os atenienses seja qual for o seu ofício ou ocupação  têm um conhecimento suficiente dos assuntos públicos, e consideram inúteis todos os que são indiferentes às discussões e conhecimento da vida política.
Corpo argumentativo 2: Devemos ensinar pela discussão antes de chegar o tempo de atuar, porque aqueles que não o fazem têm coragem por ignorarem a empresa que têm de enfrentar e por não terem a prática da reflexão e da discussão ficam perdidos e hesitantes quando têm de calcular e pensar no que fazem. A sabedoria das questões e da reflexão permite uma maior ousadia da ação.
Conceitos: “Questões públicas, ação,

2. O problema exposto no texto é a necessidade de conhecimento por parte de todos os cidadãos dos assuntos da "Polis", das leis e da política. Péricles elogia a prática da discussão e da reflexão por parte dos atenienses concluindo que isso permite distinguir o atenienses dos outros povos. Discute-se a importância do conhecimento para melhorar a ação e torná-la mais esclarecida e ousada.

3. A resposta integra os aspetos seguintes, ou outros igualmente relevantes. Identificação do argumento:‒ argumento por analogia. Justificação:‒ Adam Nordwell compara a chegada de Cristóvão Colombo à América com a sua chegada à Itália, considerando que, se Colombo descobriu a América por ter sido o primeiro europeu a chegar lá, de modo semelhante ele próprio teria descoberto a Itália por ter sido o primeiro do seu povo a chegar lá;‒ Adam Nordwell pretende, a partir de uma semelhança evidente (tanto o orador como Cristóvão Colombo chegaram a uma região habitada), inferir uma semelhança menos evidente (nem o orador nem Cristóvão Colombo fizeram uma descoberta), mostrando que, se a sua declaração de que descobriu a Itália é ilegítima (porque a Itália já era habitada pelos italianos), também a declaração de Colombo de que descobriu a América o é (porque, de modo semelhante, também a América já era habitada pelo seu povo).

4. A distinção entre a demonstração e a argumentação está ligada á distinção entre dois tipos de utilização dos argumentos no discurso. Assim, argumentar liga-se mais à arte da persuasão, pois o asunto sobre o qual se argumenta é discutível e não consensual, enquanto a demonstração é uma prova lógica que, a ser válida,  é universal e não pode sofrer refutação, se aceitarmos as premissas e se o argumento for válido temos de aceitar a conclusão, porque a conclusão segue-se necessariamente das premissas. A demonstração é, portanto, independente do auditório, este é abstrato e universal. É  válida para qualquer auditório e não depende do contexto. A verdade da conclusão é necessária e indiscutível se aceitarmos a verdade das premissas, pois utiliza argumentos formais ou dedutivos. A linguagem utilizada não é adequada a um contexto definido ou singular, é uma linguagem impessoal e isenta de ambiguidade. Pelo contrário a arte de argumentar, é o domínio da persuasão visto que o assunto é suscetível de discussão. Argumentação serve para fundamentar uma perspetiva mas sem que esta se apresente como única, embora as premissas sejam verdadeiras a conclusão é provável,  pois utilizamos argumentos informais. Diz respeito a valores, aos valores do orador e do auditório, às suas crenças e convicções e utiliza uma linguagem natural, cuja eficácia depende do contexto e do auditório.

Grupo III
VERSÃO A
1. a) “Alguns filósofos são estudiosos de lógica”
Particular afirmativa
b)” Alguns políticos não são corruptos”
Particular negativa
c) “Toda a Filosofia é uma determinada visão do mundo”
Universal afirmativa

2. “Todos os políticos são corruptos”
Negar uma proposição particular negativa é negar a qualidade e a quantidade da proposição. A negação desta proposição é a sua contraditória, é, portanto, uma proposição universal afirmativa. Esta regra é válida para negar qualquer proposição.
“Alguma Filosofia não é uma determinada visão do mundo” . A justificação precedente é válida para esta negação.

VERSÃO B
1.a) “Alguns filósofos não são estudiosos de lógica”  Proposição particular negativa
b) “Nenhum ambientalista é um ganhador da causa do ambiente” Proposição universal negativa
c) “Toda a investigação é estudo” Proposição universal afirmativa.

2. “Alguns ambientalistas são ganhadores da causa do ambiente”
Negar uma proposição universal  negativa é negar a qualidade e a quantidade da proposição. A negação desta proposição é a sua contraditória, é, portanto, uma proposição Particular afirmativa. Esta regra é válida para negar qualquer proposição.
“Alguma investigação não é estudo”. Pela regra enunciada previamente, a proposição que nega uma proposição universal afirmativa, nega a sua qualidade e quantidade tem, portanto, de ser uma proposição particular negativa.

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