Edward Monet
Num laboratório tenho um recipiente em que vou introduzindo hidrogénio aumentando progressivamente pressão. Observo que à medida que a pressão aumenta, aumenta a temperatura do gás.
Faço o mesmo teste, utilizando azoto, e obtenho o mesmo resultado
Numa caldeira em que tenho uma mistura de gases observo que à medida que pressão aumenta, a temperatura no interior da caldeira vai subindo.
Todas estas observações me dão uma indicação (conclusão): qualquer gás submetido a um aumento de pressão, aumenta de temperatura.
Os argumentos indutivos podem ser de 2 tipos:
1. Generalizações indutivas
2. Previsões indutivas
Generalizações indutivas: são argumentos em que partimos de certas premissas que afirmam certos casos ou observações e concluímos que todos os casos do mesmo tipo são idênticos.
Um exemplo:
Um especialista em aves, faz uma observação de aves no estuário do Tejo e observa que todas as aves que se deslocam dentro de água à procura de alimento têm os dedos dos pés unidos por uma membrana. Faz depois uma observação de aves na Ria Formosa, no Algarve, e constata que, também aqui, as aves que vivem num ambiente aquático têm as mesmas características.
Generaliza estas observações e conclui que todas as aves que vivem em ambientes aquáticos têm esta característica.
Previsões indutivas: são argumentos que partindo de premissas que afirmam que certos fenómenos ocorrem de certo modo ou têm certas características, concluem que eventuais fenómenos do mesmo tipo que venham a ocorrer no futuro têm as mesmas características dos fenómenos observados.
Se voltássemos ao exemplo anterior, o nosso especialista de aves quando for fazer uma observação de aves na foz do rio Minho, ele já sabe (prevê) que as aves que vier a observar dentro de água terão os dedos unidos por uma membrana.
Existem 2 condições que devem necessariamente ser respeitadas para que um argumento por indução seja válido:
1. O número de casos em que se apoia a conclusão deve ser representativo.
2. Não pode haver contra-exemplos (um caso em que não se confirma a conclusão).
José Joaquim Fernandes
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