1.O valor da filosofia reside na sua incerteza que a prática da dúvida constante coloca como inevitável sobre todos os objetos e conhecimento. Esta prática não nos permite ter certeza mas alarga os nossos conhecimentos de como as coisas poderiam ser evitanto os radicalismos dogmáticos e a superficialidade do senso comum, permitindo libertar o pensamento do hábito e mostrar novas formas surprendentes de considerar o mundo, os seus objetos e as suas crenças.
2. Atitude crítica, não dogmática que dúvida e recusa-se a
dar consentimento às crenças que são tomadas em conjunta sem um juízo prévio e
a atitude dogmática do senso comum construída a partir de dogmas ou certezas
que se recusa a pensar de outro modo.
3. O pensamento sobre certas questões filosóficas destrói as
certezas pois cria novas possibilidades sobre o modo como as coisas podem ser e
neste caso a destruição das certezas cria mais dúvidas mas contribui para
aumentar o conhecimento pois contribui para que não erremos tanto.
2. Análise lógica do texto filosófico.Tema: O valor da Filosofia ou a sua utilidade
Problema: Onde reside o valor da Filosofia?
Tese: O valor da Filosofia reside exatamente naquilo que os
homens tendem a desprezar, a sua própria incerteza.
Movimentação argumentativa: (porque/razões para justificar a tese)
(...) o homem sem Filosofia
passa a vida agrilhoado a preconceitos que derivam do senso comum , convicções
que cresceram na sua mente sem serem colocadas em dúvida. Para tal homem o
mundo é finito definitivo, óbvio. A Filosofia, apesar de não dar respostas
certas às dúvidas que levanta, é capaz de sugerir inúmeras possibilidades de
resposta que alargam os nossos pensamentos e o libertam da tirania do
hábito. Assim, apesar de diminuir as
nossas certezas, aumenta o nosso conhecimento do que as coisas possam ser e,
por isso varre o dogmatismo arrogante de quem nunca viajou pelos caminhos da
dúvida libertadora.
Conceitos: Filosofia, Incerteza, Dúvida libertadora, hábito.
3.
Os primeiros filósofos, também denominados pré-socráticos
porque se situam cronologicamente antes de Sócrates, tinham como
principal
problema a origem do mundo e tentavam explicar essa origem através de
uma
substância primordial: "arché". O "arché" era um elemento
material que poderia constituir a unidade através da qual toda a
diversidade do
mundo poderia ter surgido. Procuravam dar uma explicação recorrendo a
uma certa
lei natural da matéria e não recorriam apenas a histórias míticas para
explicar
o mundo como faziam os seus antepassados. Recorrem ao raciocínio a
partir da
observação da natureza tentando encontrar um “logos” uma lei ou unidade
que
permita explicar racionalmente a diversidade das coisas bem como a sua
transformação. Esta organização da natureza a partir de uma origem comum
permite a formação de um cosmos, organizado e inteligente. Assim, ao
procurar o elemento original procuravam compreender a
ordem do cosmos e a matéria que todas as coisas têm em comum. Assim para
Tales
o "arché" era a água, para Anaximandro o "Apeiron" e para
Anaxímenes o ar.
4. Estética: estuda/investiga a sensibilidade aos juízos de
belo e feio e as teorias sobre a arte. Questões? O que é o Belo? Será que a
beleza é objetiva ou subjetiva?
Ética: Estuda/investiga a ação e comportamento, investiga os juízos sobre a ação boa e má. O
que é uma ação eticamente correta? Será que há juízos morais universais?
Filosofia política: Estuda/investiga sobre a justiça e as
formas de governo. O que é um governo justo? Será que a autoridade que o Estado
tem é legítima?
Lógica: Estuda/investiga a estrutura dos raciocínios e do
pensamento. As condições de validade dos raciocínios ou argumentos. O que é um
argumento válido? Qual a distinção entre vários tipos de argumentos?
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