Introdução à Lógica proposicional.
1. A Lógica formal estuda as
condições de validade das inferências ou argumentos. Estuda as formas de
inferência válida. As inferências ou argumentos são compostos por várias
proposições simples ou compostas.
2. O que é uma proposição? É o conteúdo de uma frase
declarativa. Cada proposição tem valor de verdade, isto é, pode ser verdadeira
ou falsa.. Nem todas as frases são
proposições pois não dizem algo acerca do mundo, portanto não têm conteúdo de
verdade.
Proposição: Sócrates era ateniense - Não é proposição: De que nacionalidade é Sócrates? Aconselho-te a bater à porta, Vai-te embora. Perguntas, Exclamações ou conselhos não são proposições. Há frases diferentes que correspondem à mesma proposição. Exemplo: “Este navio é grande” = “This is a big ship” São a mesma proposição.
Proposição: Sócrates era ateniense - Não é proposição: De que nacionalidade é Sócrates? Aconselho-te a bater à porta, Vai-te embora. Perguntas, Exclamações ou conselhos não são proposições. Há frases diferentes que correspondem à mesma proposição. Exemplo: “Este navio é grande” = “This is a big ship” São a mesma proposição.
(Em lógica formal a Verdade é um dado de
que se parte para avaliar se as inferências. Supomos que uma proposição é
verdadeira ou falsa sem ter em conta o seu conteúdo, podemos reduzir as proposições a variáveis
expressas por letras)
3. Há 4 Tipos de proposições
categóricas simples - Estudadas por Aristóteles na Lógica clássica
A - Todos cantores são músicos- UNIVERSAL AFIRMATIVA E – Nenhum cantor é músico -UNIVERSAL
NEGATIVA
I – Alguns cantores são músicos - PARTICULAR AFIRMATIVA O- Alguns
cantores não são músicos- PARTICULAR
NEGATIVA
- Universal e particular é a quantidade expressa pelo
quantificador TODOS ou AlGUNS - Afirmativa ou negativa é a qualidade da
proposição expressa pela cópula “são” ou “não são”
4. Inferências – A partir de uma proposição categórica verdadeira - Oposições
¬PV¬Q
Negar uma proposição categórica
implica negar tanto a quantidade como a qualidade.
Exemplo. “Todos os filósofos são
lógicos” Proposição A. A sua negação é
a proposição contraditória desta que é “Alguns filósofos não são lógicos”
proposição I
Regra lógica da Negação: A negação de uma proposição verdadeira é sempre falsa e vice versa.
5. Proposições simples e compostas e
os argumentos ou inferências dedutivas com este tipo de proposições:
¢ Proposições (simples) –Categóricas Exemplo:
“Todos os golfinhos são mamíferos” - FORMAM ARGUMENTOS SILOGISMOS
¢ Proposições condicionais ou
hipotéticas Exemplo: “Se estudar então passo de
ano”- FORMAM ARGUMENTOS CONDICIONAIS OU HIPOTÉTICOS
¢ Proposições conjuntivas. Exemplo: “Vou ser professora e encontrar uma casa para viver”- FORMAM ARGUMENTOS CONJUNTIVOS
¢ Proposições disjuntivas. Exemplo: “Vou viver para Lisboa ou fico no campo” FORMAM ARGUMENTOS
DISJUNTIVOS
6. Lógica proposicional
¢ Ciência criada a partir dos finais
do sec.XIX por filósofos e matemáticos tais como Gotlob Fregue (1848/1925)
¢ Nesta lógica estudaremos a validade das inferências a partir do valor de
verdade das proposições que a compõem. proposições conjuntivas, disjuntivas,
condicionais e bicondicionais,
7. Linguagem da lógica proposicional
A lógica proposicional utiliza uma linguagem artificial e simbólica que pretende transcrever a linguagem natural.
A lógica proposicional utiliza uma linguagem artificial e simbólica que pretende transcrever a linguagem natural.
¢ Como estuda formas de inferência com proposições compostas por duas ou
mais proposições, para saber que uma proposição composta é verdadeira parte da
hipótese da atribuição de uma função de verdade (VERDADEIRO OU FALSO) a cada
uma das proposições.
¢ Exemplo de uma proposição simples:
¢ Todos vampiros são personagens de ficção. (Pode ser Verdadeira V ou Falsa
F)
¢ Exemplo de uma proposição composta: Se os vampiros são personagens de
ficção então são inventadas” Esta proposição é falsa ou verdadeira dependendo
do valor de verdade das duas proposições que a compõem.
8. Linguagem simbólica – variáveis
proposicionais e conetivas
proposicionais
¢ P, Q, R são variáveis proposicionais, isto é são letras que estão no lugar de uma proposição qualquer. (Não
são nenhuma proposição particular mas uma forma proposicional.)
¢ Em vez de uma proposição qualquer se coloco P sei que P é uma proposição.
¢ Porque o conteúdo não interessa para analisar a validade das inferências.
Há formas de inferência válidas universais de acordo com as regras. A
Função de verdade é dada a cada proposição. V ou F
¢ É uma convenção dar estas letras às proposições. As funções de verdade são dados
para o lógico.
Conectivas
proposicionais
¢ São expressões que ligam as frases como: Não, e, então, se, ou, se e só se. etc.
Chamam-se Verofuncionais pois estes operadores determinam um valor de verdade
da proposição a partir do valor de verdade
das proposições que liga.
FORMAS CANÓNICAS DAS PROPOSIÇÕES E SIMBOLOS DAS CONECTIVAS
PROPOSICIONAIS : NEGAÇÃO: “Não é verdade que Sócrates tenha
corrompido os jovens” ¬ P
1. CONJUNÇÃO: “Sócrates
foi filósofo e mestre de Platão” P ^ Q
2. DISJUNÇÃO: “Ou tentamos saber os factos
ou acreditamos no que as pessoas
dizem “ A v B
3. CONDICIONAL: “Se Sócrates foi filósofo então procurava saber “ P→Q
4. BICONDICIONAL “Sócrates é inocente se e só se provar que não corrompeu os
jovens” P↔Q
EXERCÍCIOS:
a. Coloque na forma canónica e identifique as seguintes
proposições:
1. “ Certos cães usam-se para caçar” 2. Não há veículos a
motor que não sejam poluentes” 3. “Nem o Asdrúbal nem a Fortunata são
alpinistas albinos” 4. “A Georgina comeu em casa a não ser que tenha encontrado
o Asdrúbal” 5. “O Abelardo vai ficar preso caso seja provado que é culpado” 6.
“O Homem não é uma máquina” 7. “Há distúrbios na Catalunha se, e apenas se, não
houver diálogo.”
b. Negue as proposições, aplique a regra lógica acima enunciada
para as proposições simples categóricas. Diga o valor de verdade das
proposições negadas se as dadas forem verdadeiras.
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