1. Segundo o que está expresso no texto, as circunstâncias da posição original coloca os sujeitos capazes de um sentido de justiça numa situação de igualdade, isto porque nesta situação hipotética os indivíduos seriam colocados sob o efeito de um véu de ignorância onde partiriam do princípio que são sujeitos racionais sem qualquer traço distintivo e particular. Como os princípios da justiça devem resultar de um contrato social, isto é de um acordo entre todos, este contrato não pode ser feito com pessoas particulares em situação de defenderem a sua situação particular, porque aí não seria possível um acordo que garantisse direitos iguais pois os sujeitos não estariam numa situação de igualdade, pelo contrário teriam interesses antagónicos e poder e conhecimentos diferentes não garantido a justiça do contrato. A coberto do véu da ignorância como ninguém sabe, nem representa nenhum interesse particular, poderá escolher os princípios de justiça de forma imparcial e universal, pois os seus interesses serão os mesmos de um qualquer sujeito racional. A coberto do véu da ignorância os indivíduos que hipoteticamente não teriam qualquer estatuto social nem saberiam que estatuto poderiam ter, não têm interesses a defender e podem escolher com equidade e de forma imparcial que princípios devem regular a sociedade de modo a que ninguém seja prejudicado ou beneficiado, seja pelo nascimento ou pelo mérito. Os princípios da justiça os seguintes: liberdades básicas, igualdade na distribuição dos bens e das oportunidades e princípio da diferença.
2. O Contrato Social é um acordo a que
todos chegam e que legitima e explica a passagem do Estado Natural para a
Sociedade ou Estado Civil. O texto faz menção a uma característica do Contrato
Social que é o facto deste ser revogável, isto é sendo um pacto feito com o
acordo de todos, este contrato estabelece uma divisão entre súbdito e soberano
ou entre governo e governados, no seio da igualdade dos
indivíduos, ambas as partes têm vantagens e obrigações. Se uma das
partes: o soberano ou os súbditos não cumprirem com as obrigações que são
estipuladas no contrato, este pode ser anulado pois como diz o texto “quando
este soberano age contrariamente ao encargo que lhe confiaram, a ele perde o
direito”. Segundo a interpretação de Locke o contrato social é revogável, se o
soberano não cumprir e não obrigar a cumprir a Lei Natural que está obrigado,
nos termos do contrato a defender. Para além de revogável, o contrato social é
vinculativo, pois ambas as partes são obrigadas a obedecer aos termos do
contrato e recíproco, ambos têm direitos e deveres. O modelo de Estado fundado
neste tipo de contrato é o estado liberal, nele, nenhum dos dois lados assume
um poder infinito ou absoluto e ambos estão vinculados a obrigações
3. Locke argumenta que há
necessidade de constituir uma sociedade civil para garantir a segurança da
propriedade privada e dos bens que estavam ameaçados no Estado Natural. O
indivíduo no Estado Natural não tinha poder nem autoridade para julgar e punir
quem ameaçasse a propriedade dos seus vizinhos. Sem esta autoridade
a propriedade e os bens de cada um estariam ameaçados por falta de recursos
para todos. A sociedade civil por ter na sua génese um conjunto de deveres e
direitos de todos para com todos e constituindo-se por delegação do poder de
julgar e punir de todos para um só, ou alguns, o governo ou soberano, permite a
segurança e a justiça. Todavia
a sociedade civil não perde a sua liberdade em prol da segurança pois
considera-se a liberdade acima da segurança, logo, contrariamente ao poder do
Estado Soberano para Hobbes, que detém poder ilimitado, o Estado para Locke
pode ser colocado em causa se não cumprir a Lei Natural a que é obrigado. Em relação ao "estado de natureza" em que as
relações entre
os homens
não estão reguladas pelo direito epor um poder político que garanta o cumprimento daquele, a
sociedade civil
designa
a organização jurídico-política
das relações
individuais.
No "estado
civil"
os homens
são cidadãos, isto é, sujeitos
de direitos e de deveres prescritos
pela
lei. Em termos
gerais, não
há sociedade
civil
desligada do Estado
(estrutura reguladora
que controla as
relações sociais) ou Estado sem sociedade
civil (aquele nada regularia e não teria base).
Para Hobbes a sociedade civil constitui-se como uma necessidade de segurança e
delega no Soberano Estado todos os seus poderes não podendo discutir ou depor a
sua autoridade mesmo se esta for abusiva.
4. R: Segundo a teoria da
arte como expressão, tal como é dito no texto " a arte consiste em transmitir sentimentos que o autor experimentou e depois através de certos instrumentos como as palavras, os sons ou linhas, provoca no público esses mesmos sentimentos. é obra de arte o objeto que expressa e comunica um
sentimento vivido pelo artista e que é capaz de provocar no recetor
/espectador o mesmo sentimento; as principais objeções à teoria presente no
texto colocam-se em relação à incerteza sobre os sentimentos do artista e ainda
à dúvida criada sobre as afirmações de alguns artistas que afirmam não sentir
nada de especial na criação da obra executando sobretudo uma técnica específica
para produzir determinado efeito.
As vantagens de considerar a Arte como imitação é o facto
desta teoria nos fornecer um critério de demarcação claro entre o que é Arte e
o que não é, considerando Arte apenas a representação que imite e dê testemunho
de uma ação, pessoa ou paisagem que existe ou existiu . A arte é algo feito
pelo homem e que imita algo, se não obedecer a estas condições, não é Arte.
Esta definição tem também outra vantagem: fornece-nos um critério para
distinguir a boa da má arte, de acordo com a fidelidade em relação ao modelo,
boa arte seria aquela que representa o modelo tal qual é, e má a que não o
faz..
Quanto às desvantagens resultam do seu carácter redutor, de facto consideramos obras de arte pinturas abstratas ou quadros monocromáticos que não representam nem ações, nem pessoas, nem paisagens. Por outro lado como poderemos imitar algo cuja existência é ficcionada como as figuras mitológicas?
Quanto à teoria da Arte como expressão considera que só é Arte o que exprime os sentimentos do artista e os transmite ao público. Esta teoria terá a vantagem, em relação à teoria precedente, de abarcar a arte que não é representativa como a pintura abstrata, a música, e ser abrangente na medida em que centrando-se nos sentimentos pode referir o testemunho de muitos artistas que trabalharam sobre emoções fortes sendo elas a causa ou motivo da sua atividade artística. Outra das vantagens é fornecer um critério de demarcação entre o que é Arte e o que não é Arte de acordo com o sentimento que suscita no público (não sendo considerado Arte o que não provoca sentimento algum).Também possibilita um critério de distinção entre a boa e a má arte consoante for autêntico e intenso o sentimento nela expresso. Por outro lado tem a desvantagem de contrariar o testemunho de alguns artistas que se referem à primazia da técnica sobre o sentimento e que exprimem sentimentos que dizem não ter possuído, dá-nos também a possibilidade de especular sobre a vida dos artistas sem saber quais as suas intenções, pois estes já morreram e não há registos fidedignos que nos possam esclarecer sobre o a história emocional/sentimental da sua obra.
Quanto às desvantagens resultam do seu carácter redutor, de facto consideramos obras de arte pinturas abstratas ou quadros monocromáticos que não representam nem ações, nem pessoas, nem paisagens. Por outro lado como poderemos imitar algo cuja existência é ficcionada como as figuras mitológicas?
Quanto à teoria da Arte como expressão considera que só é Arte o que exprime os sentimentos do artista e os transmite ao público. Esta teoria terá a vantagem, em relação à teoria precedente, de abarcar a arte que não é representativa como a pintura abstrata, a música, e ser abrangente na medida em que centrando-se nos sentimentos pode referir o testemunho de muitos artistas que trabalharam sobre emoções fortes sendo elas a causa ou motivo da sua atividade artística. Outra das vantagens é fornecer um critério de demarcação entre o que é Arte e o que não é Arte de acordo com o sentimento que suscita no público (não sendo considerado Arte o que não provoca sentimento algum).Também possibilita um critério de distinção entre a boa e a má arte consoante for autêntico e intenso o sentimento nela expresso. Por outro lado tem a desvantagem de contrariar o testemunho de alguns artistas que se referem à primazia da técnica sobre o sentimento e que exprimem sentimentos que dizem não ter possuído, dá-nos também a possibilidade de especular sobre a vida dos artistas sem saber quais as suas intenções, pois estes já morreram e não há registos fidedignos que nos possam esclarecer sobre o a história emocional/sentimental da sua obra.
Escolha múltipla:
Versão A
1-D;2-B;3-A;4-A;5-B;6-B;7-B;8-A;9-C;10-A
Versão B
1-B;2-D;3-B;4-A;5-A;6-B;7-B;8-B;9-A;10-C
Versão A
1-D;2-B;3-A;4-A;5-B;6-B;7-B;8-A;9-C;10-A
Versão B
1-B;2-D;3-B;4-A;5-A;6-B;7-B;8-B;9-A;10-C
Nenhum comentário:
Postar um comentário