Richard Popkin and Avrum Stroll, Philosophy Made Simple (New York, 1993, pp. 262-263). Tradução Carlos Marques.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Resumo Beatriz Fernandes 10E e Petra 10A
Richard Popkin and Avrum Stroll, Philosophy Made Simple (New York, 1993, pp. 262-263). Tradução Carlos Marques.
sábado, 4 de janeiro de 2025
Texto para resumo Madalena Tojo 10A e Madalena Gomes 10E
O objectivo de um argumento é expor as razões (premissas) que sustentam uma conclusão. Um argumento é falacioso quando parece que as razões apresentadas sustentam a conclusão, mas na realidade não sustentam. Da mesma maneira que há padrões típicos, largamente usados, de argumentação correcta, também há padrões típicos de argumentos falaciosos. A tradição lógica e filosófica procurou fazer um inventário e dar nomes a essas falácias típicas e este guia faz a sua listagem.
Falso dilema
É dado um limitado número de opções (na maioria dos casos apenas
duas), quando de facto há mais. O falso dilema é um uso ilegítimo do operador
“ou”. Pôr as questões ou opiniões em termos de “ou sim ou sopas” gera,
com frequência (mas nem sempre), esta falácia. Exemplos:
- Ou concordas comigo ou não.
(Porque se pode concordar parcialmente.)
- Reduz-te ao silêncio ou aceita o
país que temos. (Porque uma pessoa tem o direito de denunciar o que
entender.)
- Ou votas no Silveira ou será a
desgraça nacional. (Porque os outros candidatos podem não ser assim tão
maus.)
- Uma pessoa ou é boa ou é má.
(Porque muitas pessoas são apenas parcialmente boas.)
Apelo à ignorância (argumentum ad
ignorantiam)
Os argumentos desta classe concluem que algo é verdadeiro por não
se ter provado que é falso; ou conclui que algo é falso porque não se provou
que é verdadeiro. (Isto é um caso especial do falso dilema, já que presume que
todas as proposições têm de ser realmente conhecidas como verdadeiras ou
falsas). Mas, como Davis escreve, “A falta de prova não é uma prova”. (p. 59)
Exemplos:
- Os fantasmas existem! Já provaste
que não existem?
- Como os cientistas não podem
provar que se vai dar uma guerra global, ela provavelmente não ocorrerá.
- Fred disse que era mais esperto
do que Jill, mas não o provou. Portanto, isso deve ser falso.
Derrapagem (bola de neve)
Para mostrar que uma proposição, P, é inaceitável, extraiem-se
consequências inaceitáveis de P e consequências das consequências... O
argumento é falacioso quando pelo menos um dos seus passos é falso ou duvidoso.
Mas a falsidade de uma ou mais premissas é ocultada pelos vários passos “se...
então...” que constituem o todo do argumento. Exemplos:
- Se aprovamos leis contra as armas
automáticas, não demorará muito até aprovarmos leis contra todas as armas,
e então começaremos a restringir todos os nossos direitos. Acabaremos por
viver num estado totalitário. Portanto não devemos banir as armas
automáticas.
- Nunca deves jogar. Uma vez que
comeces a jogar verás que é difícil deixar o jogo. Em breve estarás a
deixar todo o teu dinheiro no jogo e, inclusivamente, pode acontecer que
te vires para o crime para suportar as tuas despesas e pagar as dívidas.
- Se eu abrir uma excepção para ti,
terei de abrir excepções para todos.
Stephen Downes,
Guia das falácias
Resumo Lara 10Ee Maria Ramponi 10A
As falácias são erros, incorreções em argumentos. Muitas delas são tão tentadoras e, portanto, tão comuns que até têm nomes próprios. Isto pode faze-las parecer um tópico novo e separado, mas, na verdade, dizermos que algo é uma falácia é apenas outra forma de dizermos que uma das regras dos bons argumentos foi violada. A falácia da «causa falsa», por exemplo, é apenas uma conclusão discutível acerca de causas e efeitos, (...) Assim, para o leitor compreender as falácias precisa de compreender que regras foram violadas. Este capítulo começa por explicar duas falácias muito gerais, remetendo-as para uma série de regras deste livro. Fornece depois uma lista e uma explicação de um número de falácias específicas, incluindo os nomes latinos quando estes são frequentemente usados.
As duas grandes falácias
1. Um dos nossos erros mais comuns é tirarmos conclusões a partir de dados insuficientes. Se o primeiro lituano que encontrarmos for irascível, criamos a expectativa de que todos os lituanos serão irascíveis. Quando um navio desaparece no triângulo das Bermudas, os jornais sensacionalistas concluem que o triângulo das Bermudas está assombrado. Esta é a falácia da generalização a partir de informação incompleta.
É fácil ver este erro quando os outros o fazem, mas é mais difícil vê-lo quando somos nós a fazê-lo. Repare quantas das regras dos capítulos II-VI se dirigem contra este erro. A regra 8 exige mais do que um exemplo: não pode tirar uma conclusão sobre todo o corpo estudantil da sua faculdade baseando-se em si próprio e no seu colega. A regra 9 exige exemplos representativos: não pode tirar conclusões acerca do corpo estudantil de uma faculdade baseando-se nos estudantes que são seus amigos, mesmo que tenha muitos. A regra 10 exige informação de fundo: se tira uma conclusão acerca do corpo estudantil da sua faculdade baseando-se numa amostra de 30 pessoas, tem também de ter em consideração o tamanho do corpo estudantil (30?, 30000?).
Os, argumentos de autoridade exigem que a autoridade não generalize excessivamente: ele ou ela têm de ter a informação e as qualificações que justifiquem o juízo que cita no seu ensaio. A regra 19 sublinha que uma causa não é necessariamente a causa de um acontecimento. Não generalize excessivamente a partir do fato de ter encontrado uma causa: pode haver outras causas mais prováveis.
Anthony Weston, A arte de argumentar