Inteligência artificial: pode um sistema operativo originar estados mentais?
“(...) Garantir um envelhecimento saudável e acompanhado é uma das preocupações do velho continente e isso também se vê nas propostas apresentadas nesta sexta edição da Maker Faire, uma feira internacional de inovação que o Público está a acompanhar em Roma.
Neste evento, multiplicaram-se os protótipos de sistemas de inteligência artificial que avisam quando tomar medicação, que alertam familiares em caso de necessidade de emergência e que são capazes de interpretar emoções humanas. (...)
Os protótipos vão desde pulseiras para idosos a robôs inteligentes e de aparência humana. Os projetos apresentados são capazes de responder não só às interações sociais, como também se propõem a operar em níveis mais complexos, procurando criar estímulos cognitivos que atrasem os efeitos de doenças como o Alzheimer, por exemplo. (...)
Ao contrário de outros assistentes virtuais como a Siri, da Apple, ou a Aleza, da Amazon, estes robôs ‘dispensam as frases estáticas', explica uma das investigadoras que está a trabalhar nestes assistentes tecnológicos.
Os robôs reagem à linguagem não-verbal expressa através de expressões faciais. ‘Conseguimos treinar isso através de algoritmos. Podemos mostrar aos robôs centenas de imagens de pessoas a sorrir ou de pessoas a chorar e determinar uma reação para cada uma delas’, explica Martina Rocco. Os robôs leem as emoções humanas com base nas expressões faciais. Além das competências sociais, estes robôs podem responder rapidamente a uma eventual emergência de saúde da pessoa a quem prestam assistência, fazendo uma chamada para os serviços de assistência se lhes for pedida ajuda.”
Liliana Borges, “Ligam televisores e jogam bingo: os robôs que fazem companhia aos mais velhos”, Público, 13 de outubro de 2018.
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