Os esquimós permitem
que as pessoas idosas e incapacitadas morram de fome, ao passo que nós
acreditamos que isso é errado. Os antigos habitantes de Esparta acreditavam e
os Dobu da Nova Guiné acreditam que roubar é moralmente correto enquanto nós
acreditamos que é moralmente errado na maioria dos casos. Muitas culturas
praticaram e ainda praticam o infanticídio, algo que nos repugna. Uma tribo da
África oriental costumava atirar os recém-nascidos com deficiências graves aos
hipopótamos. As práticas sexuais variam com o tempo e o lugar. Algumas culturas
permitem atos homossexuais enquanto outras os condenam. Algumas culturas
permitem a poligamia, caso de alguns países islâmicos, ao passo que as culturas
de raiz cristã a consideram imoral. Uma tribo da Melanésia entende que a
cooperação e a gentileza são vícios. Outra tribo no Uganda desvaloriza os laços
familiares não tendo os pais qualquer dever de cuidar dos filhos ou dos
parentes próximos. Há sociedades nas quais é dever dos filhos matarem os pais
estrangulando-os quando estes já não conseguem ter uma vida digna por causa do
envelhecimento e das doenças.”
1. Que pretende demonstrar este texto?
2. Quais os argumentos a favor e contra o
relativismo cultural?
3. Quais as respostas possíveis acerca da objetividade
dos nossos juízos de valor?
Leia os fragmentos abaixo e assinale as alternativas
corretas e incorretas. Explique.
“Os homens não são
maus, mas submissos aos seus interesses... Portanto, não é da maldade dos
homens que é preciso se queixar, mas da ignorância dos legisladores que sempre
colocam o interesse particular em oposição ao geral. […] Até hoje, as mais
belas máximas morais não conseguem traduzir nenhuma mudança nos costumes das
nações. Qual é a causa? É que os vícios de um povo estão, se ouso falar,
escondidos no fundo de sua legislação.” Helvetius
Quais são as ideias principais contidas no fragmento acima?
a) Não há nenhuma relação entre as leis e os costumes, pois
sãos os homens que fazem as leis que os beneficiam.
b) Para limitar os interesses humanos particulares, é
preciso haver leis que prefiram os interesses gerais.
c) Os homens buscam seus interesses e isso não significa que
eles sejam maus;
d) Há uma relação entre as leis e os costumes, pois as leis
permitem ou impedem que os homens cometam erros.
Leia os dois fragmentos abaixo:
“... Por outras
palavras, não há determinismo, o homem é livre, o homem é liberdade. […] Não
encontramos diante de nós valores ou imposições que nos legitimem o
comportamento. Assim, não temos nem atrás de nós nem diante de nós, no domínio
luminoso dos valores, justificações ou desculpas. Estamos sós e sem desculpas.
É o que traduzirei dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado
porque não criou a si próprio; e, no entanto, livre porque, uma vez lançado ao
mundo, é responsável por tudo o que fizer.” Jean-Paul Sartre
“Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem
como querem; não fazem as circunstâncias das suas escolhas mas sim sob aquelas com que se defrontam
diretamente, legadas e transmitidas pelo passado”. Karl Marx
a) Enquanto Sartre defende que há determinismo, Marx defende
que o homem é livre independente das circunstâncias.
b) Sartre defende que não há determinismo e Marx estabelece
um meio termo entre o determinismo e a total liberdade do homem;
c) Quando Sartre afirma “o homem está condenado a ser
livre”, diz o mesmo que Marx quando defende que “os homens fazem sua própria
história, mas não a fazem como querem”.
d) Sartre diz que o homem está limitado pela sua própria
existência, enquanto Marx afirma que o homem está limitado pelas condições
históricas.
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