Na avaliação da prova ter-se-á em conta:
a adequação dos conteúdos,
o domínio dos conceitos/conteúdos
a estruturação do pensamento,
o nível de reflexão,
a correcção da expressão escrita,
a organização das respostas
I
1. Análise lógica do texto de James Rachels
Tema: Certas práticas culturais.
Problema: É errado condenar certas práticas culturais?
Tese: Não é errado condenar certas práticas culturais como a excisão.
Argumento: Porque todas as culturas têm boas e más práticas, condenar algumas delas, como a excisão, não é desprezar a cultura em que estas práticas são permitidas, é apenas condenar o que está mal em cada cultura. É um erro pensar que não devemos condenar certas práticas só porque podemos ser mal interpretados como estando a desprezar toda a cultura.
Conceitos: práticas, cultura, excisão
2. Não é favorável ao relativismo cultural porque o autor defende que há certas práticas culturais que são más e como tal não as devemos aceitar só porque são de uma cultura diferente. Segundo o relativismo cultural não podemos julgar nenhuma prática de culturas diferentes porque nenhum juízo é neutro e estamos a julgar de acordo com os valores da nossa cultura e portanto estamos a ser parciais.
II
2. O juízo de facto é descritivo e o de valor normativo.
3. Julgar casos semelhantes do mesmo modo.
4. Só o primeiro é uma perspectiva ética.
5.
a.Juízo de valor político
b.” “Estético
c. “ “Saúde ou vital
d.” “ Ético
III
1. Os estóicos chamam a atenção para o fortalecimento da vontade não procurar o prazer porque ele conduz ao vício e este é inimigo da virtude. Cada um deve fortalecer a sua vontade e não sofrer com os acontecimentos, mantendo-se distanciado dos sentimentos, desenvolvendo a passividade perante o que acontece, deste modo, teríamos a paz necessária à boa vida.
Os epicuristas procuram limitar as nossas necessidades e satisfazê-las, apenas aquelas que correspondem à essência do homem, ter amigos, procurar a reflexão e ser autosuficiente para poder ser livre. O primeiro coloca a tónica da vida boa no domínio sobre os desejos, nada desejando, o segundo na satisfação dos desejos, não os supérfluos mas o que contribuem para a felicidade.
2. Teríamos o mundo governado não por princípios racionais mas pelos gostos de cada um, logo um mundo sem lei, arbitrário. Por outro lado seria um mundo Sado-masoquista, porque se cada um agisse pensando apenas no que lhe é vantajoso, então poderia ser vantajoso fazer mal aos outros, para ser vantajoso para estes, teriam de ser masoquistas. Esta teoria poderia justificar as mais cruéis acções.
3. Defendem o argumento do egoísmo psicológico, que é a constatação de que naturalmente somos todos egoístas e que cada um age segundo as vantagens que pode obter para si. A história do anel de Giges é um argumento a favor desta teoria.
IV
1. Segundo a moral kantiana o arquitecto deve dizer a verdade, porque deve obedecer à máxima moral que diz : "Não deves mentir". Mentir é, portanto, contra a lei moral, e essa lei não muda de acordo com as situações porque é universal e anterior a qualquer experiência. Essas são as condições da acção moral, por mais dolorosas que sejam as consequências, a autonomia da pessoa coloca-se na obediência à lei da razão e não aos seus interesses e sentimentos porque se assim fosse nada na sua acção poderia ser universalizável porque os interesses e os sentimentos variam de pessoa para pessoa.
Segundo a moral utilitarista o arquitecto deveria calcular as hipóteses de sofrimento e prazer que as consequências da sua acção teriam para a comunidade. Se encobrir o presidente fosse necessário para proporcionar melhor qualidade de vida às pessoas, teria de ponderar, entre o sofrimento causado pelo dinheiro roubado e as consequências futuras. A sua acção poderia mudar favoravelmente a condição de muitos e isso justificaria mentir.
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