sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Matriz do primeiro teste de Filosofia - dia 7 e 8 de novembro 2024

 

1. Estrutura dos testes e cotações das perguntas:


Este elemento de avaliação é composto de dois testes, cada um é avaliado de 0 a 20 valores.

Cada teste avalia competências diferentes: O primeiro TESTE avalia a competência do domínio dos conceitos: Conceptualização que vale 30% na avaliação final.

O segundo teste destina-se a avaliar as competências de Problematização e Argumentação que valem 45% na avaliação final.

Primeiro Teste – Conceptualização

• 10 questões de escolha múltipla (10x12 pontos=120 pontos)

• 2 questões de definição de conceitos (2x40 pontos=80 pontos)

Total – 200 Pontos

 Segundo Teste – Problematização e Argumentação

Grupo I

• 1 questão de análise lógica de texto (40 pontos)

• 1 questão de desenvolvimento que exige justificação. (40 pontos)

Grupo II

• 4 questões de lógica proposicional  (4x30 Pontos)

TOTAL -200 Pontos

2. Conteúdos e competências a avaliar:

1. O que é a Filosofia?
a) Caracterização da Filosofia enquanto área do saber;
b) Caracterização dos problemas, das teses e das questões filosóficas;
c) Esclarecimento da principal preocupação dos primeiros filósofos (os filósofos pré-socráticos);

2. Introdução à Lógica:

O que é argumentar?


a) Definição dos conceitos de Lógica, Argumento, Entimema, Proposição,
b) Análise lógica de textos filosóficos (identificação de teses, premissas, conceitos, problemas);
c) Identificação de premissas omitidas num argumento (entimema);
d) Construção de um silogismo (argumento dedutivo simples);
e) Classificação das proposições categóricas.
f) Aplicação do quadrado das oposições para negar as proposições categóricas;
g) Definição de verdade, validade e solidez;
h) Distinção entre argumentos dedutivos e não dedutivos ou indutivos;

i) Distinguir argumentos dedutivos válidos de argumentos não dedutivos fortes

3. Lógica Proposicional
a) Identificação de proposições simples e proposições complexas;

b) Identificação das diferentes conectivas; negação, conjunção, disjunção inclusiva e exclusiva, condicional e bicondicional;

c) Aplicação das conectivas proposicionais na formalização de argumentos e proposições;

d) Explicar as regras de cada conectiva;
e) Formalização de proposições e argumentos;
f) Tradução de proposições em linguagem natural;
g) Aplicação das condições de verdade das conectivas;
h) Reconhecimento do âmbito das conectivas;
i) Construção de tabelas de verdade para proposições complexas;
j) Identificação de tautologias, contradições e contingências;

 

O aluno/a deve dominar estes conteúdos e ser capaz de aplicar o que aprendeu a novas situações.


 


quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Texto para resumo Matilde Matos 10E

 


A Argumentação é um instrumento sem o qual não podemos compreender melhor o mundo nem intervir nele de modo a alcançar os nossos objetivos; não podemos sequer determinar com rigor quais serão os melhores objetivos a ter em mente. Os seres humanos estão sós perante o universo; têm de resolver os seus problemas, enfrentar dificuldades, traçar planos de ação, fazer escolhas. Para fazer todas estas coisas precisamos de argumentos. Será que a Terra está imóvel no centro do universo? Que argumentos há a favor dessa ideia? E que argumentos há contra ela? Será que Bin Laden é o responsável pelo atentado de 11 de Setembro? Que argumentos há a favor dessa ideia? E que argumentos há contra? (…) O que é a consciência? Será que alguma vez houve vida em Marte? Queremos respostas a todas estas perguntas e a muitas mais. Mas as respostas não nascem das árvores nem dos livros estrangeiros; temos de ser nós a procurar descobri-las. Para descobri-las temos de usar argumentos. 


E quando argumentamos podemos enganar-nos; podemos argumentar bem ou mal. É por isso que a lógica é importante. A lógica permite-nos fazer o seguinte:

1) Distinguir os argumentos corretos dos incorretos;

2) Compreender por que razão uns são corretos e outros não; e

3) Aprender a argumentar corretamente.


Os seres humanos erram. E não erram apenas no que respeita à informação de que dispõem. Erram também ao pensar sobre a informação de que dispõem, ao retirar consequências dessa informação, ao usar essa informação na argumentação. Muitos argumentos incorretos não são enganadores: são obviamente incorretos. Mas alguns argumentos incorretos parecem corretos. Por exemplo, muitas pessoas sem formação lógica aceitariam o seguinte argumento:


Tem de haver uma causa para todas as coisas porque todas as coisas têm uma causa.


Contudo este argumento é incorreto. A lógica ajuda-nos a perceber por que razão este argumento é incorreto, apesar de parecer correto. Chama-se “válido” a um argumento correto e “inválido” a um argumento incorreto.

 


Desidério Murcho, O lugar da Lógica na Filosofia, Plátano, 2003, pp. 9, 10



quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Resumo de texto - Marta 10A e Mafalda 10E

“As partes relevantes de um argumento são, em primeiro lugar, as suas premissas. As premissas são o ponto de partida, ou o que se aceita ou presume, no que respeita ao argumento. Um argumento pode ter uma ou várias premissas. A partir das premissas, os argumentos derivam uma conclusão. Se estamos a refletir sobre um argumento, talvez por termos relutância em aceitar a sua conclusão, temos duas opções. Em primeiro lugar, podemos rejeitar uma ou mais das suas premissas. Em segundo lugar, podemos também rejeitar o modo como a conclusão é extraída das premissas. A primeira reação é que uma das premissas não é verdadeira. A segunda é que o raciocínio não é válido. É claro que o mesmo argumento pode estar sujeito a ambas as críticas: as premissas não são verdadeiras e o raciocínio aplicado é inválido. Mas as duas críticas são distintas (e as duas expressões, «não é verdadeira» e «não é válido», marcam bem a diferença).

    No dia-a-dia, os argumentos também são criticados noutros aspetos. As premissas podem não ser muito sensatas. É uma tolice apresentar um argumento intrincado a partir da premissa de que eu vou ganhar a lotaria da próxima semana se não houver qualquer hipótese de acontecer. É muitas vezes inapropriado recorrermos a premissas que sejam, elas mesmas, controversas. Não revela qualquer tato nem é de bom gosto argumentar a favor de certas coisas em certas circunstâncias. Mas «lógico» não é sinónimo de «sensato». A lógica interessa-se em saber se os argumentos são válidos, e não se são sensatos. E vice-versa, muitas das pessoas a que chamamos «ilógicas» podem até usar argumentos válidos, mas que são patetas por outros motivos.

    A lógica só tem a preocupação: saber se há maneira de as premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa.”



In Simon Blackburn (2001), Pense. Uma Introdução à Filosofia, Lisboa: Gradiva, pp. 201-202.

 (Mafalda, se ainda não tiver feito o resumo faça o do texto anterior , se já tiver feito não há problema, apresenta este mesmo)

 



terça-feira, 15 de outubro de 2024

Texto para resumo Lourenço 10A e Madalena 10E

 


As proposições simples e de que modo podemos relacioná-las

Por 



O quadrado de oposições representa as relações existentes entre os quatro tipos de proposições categóricas. No canto superior esquerdo temos a proposição universal afirmativa (A), no canto superior direito a universal negativa (E), no canto inferior esquerdo a particular afirmativa (I) e no canto inferior direito a universal negativa (O).
Conhecer o quadrado de oposições e as relações existentes entre cada uma das proposições que o compõem serve para podermos fazer inferências e raciocinar adequadamente sobre classes de objetos.

A imagem acima representa as quatro relações (contraditórias, contrárias, subalternas e subcontrárias) existentes entre os quatro tipos de proposições categóricas. Dizemos que A e E são contrárias, I e O são subcontrárias, A e I são subalternas, assim como E e O e A e O, por um lado, e E e I, por outro, são proposições contraditórias.
Agora vamos analisar cada uma dessas relações e o que podemos aprender com elas.

Proposições contraditórias

Considere as duas afirmações abaixo:
Todos os advogados são bem pagos (A).
Alguns advogados não são bem pagos (O).
Se uma é verdadeira a outra é falsa. Se é verdade todos os advogados são bem pagos, então é falso que alguns não são bem pagos. Se é verdade que alguns advogados não são bem pagos, então é falso que todos os advogados são bem pagos. Pelo fato de essas afirmações não poderem ser verdadeiras ao mesmo tempo, são chamadas de contraditórias.
Proposições universais afirmativas e particulares negativas são contraditórias, assim como universais negativas e particulares afirmativas.
Vamos ver mais um exemplo desse caso:
Nenhum morcego representa risco à saúde (E).
Algum morcego representa um risco à saúde (I).
Por serem duas proposições contraditórias, sabemos que, se uma é verdadeira, a outra é falsa. Se é verdade que nenhum morcego representa um risco à saúde, então é falso que algum morcego representa um risco à saúde. Ao contrário, se a segunda proposição for verdadeira, a primeira é falsa.

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Texto para resumo Laura 10A e Gabriela 10E

 


Uma maneira esclarecedora de compreender o que é a lógica e qual é a sua importância é compreender primeiro o que é o raciocínio e qual é a sua importância. Será aqui abordado sobretudo o raciocínio discursivo, que é onde a lógica desempenha o seu papel mais óbvio, mas nem todo o raciocínio é discursivo. Quando reconhecemos um rosto humano, subimos um lance de escadas ou até quando caminhamos, a quantidade de raciocínio exigida é impressionante. Contudo, está quase inteiramente fora do nosso controlo. Fazemo-lo, demorámos anos a aprender a fazê-lo desde o tempo em que gatinhávamos, mas não sabemos exatamente como o fazemos. De modo que será abordado aqui sobretudo o raciocínio discursivo: o tipo de raciocínio que fazemos usando uma linguagem. A matemática, a ciência, a filosofia, a história e a arqueologia fazem-se com raciocínio discursivo; e o raciocínio quotidiano também é em parte discursivo.

 O raciocínio discursivo é uma tentativa de provar uma conclusão com base numa ou mais premissas — e o que não é discursivo não anda longe disto, se bem que neste caso não faça muito sentido falar literalmente de premissas e conclusões. Toda a gente raciocina todos os dias, mesmo sem uma compreensão robusta do que é raciocinar, nem de como se raciocina bem. E é aqui que entra a lógica. O objetivo desta área de estudos é ter uma compreensão mais robusta do raciocínio, e desenvolver instrumentos para distinguir o bom do mau raciocínio […].

 

Sem raciocínio discursivo, ficaríamos reduzidos ao que conseguimos saber só pela observação direta. Não saberíamos o que aconteceu há sessenta e seis milhões de anos que eliminou a maior parte da fauna do planeta, e não saberíamos que a água é feita de oxigénio e hidrogénio. Para saber a maior parte do que queremos saber precisamos de raciocinar, ou seja, precisamos de tentar chegar a uma conclusão com base numa ou mais premissas, porque não temos uma maneira mais direta de descobrir essa conclusão. É por isso que o raciocínio é importante, e, consequentemente, é por isso que a lógica é importante.

 

O raciocínio discursivo ora é dedutivo, ora indutivo. Até muito recentemente, só o primeiro estava apropriadamente compreendido (ainda que se tratasse apenas de alguns dos seus tipos), porque não tínhamos instrumentos matemáticos para aplicar adequadamente ao raciocínio indutivo — instrumentos do género dos que temos no caso da dedução desde as primeiras décadas do século XX. Mas qual é exatamente a diferença entre o raciocínio dedutivo e o indutivo? Há algumas diferenças cruciais, mas a mais fundamental é que o raciocínio dedutivo é exclusivamente linguístico, ao passo que o indutivo não o é.

 

Desidério Murcho, Para que serve a lógica, criticanarede.com

Disponível em https://criticanarede.com/tes_conhecimentologica.html

terça-feira, 8 de outubro de 2024

Texto para resumo e análise Inês 10A e Eduardo 10E


Os argumentos são essenciais, em primeiro lugar, porque constituem uma forma de tentarmos descobrir quais os melhores pontos de vista. Nem todos os pontos de vista são iguais. Algumas conclusões podem ser defendidas com boas razões e outras com razões menos boas. No entanto, não sabemos na maioria das vezes quais são as melhores conclusões. Precisamos, por isso, de apresentar argumentos para sustentar diferentes conclusões e, depois, avaliar tais argumentos para ver se são realmente bons. Neste sentido, um argumento é uma forma de investigação. Alguns filósofos e ativistas argumentaram, por exemplo, que criar animais só para produzir carne causa um sofrimento imenso aos animais e que, portanto, é injustificado e imoral. Será que têm razão? Não podemos decidir consultando os nossos preconceitos. Estão envolvidas muitas questões. Por exemplo; temos obrigações morais para com outras espécies ou o sofrimento humano é o único realmente mau? Podem os seres humanos viver realmente bem sem carne? Alguns vegetarianos vivem até idades muito avançadas. Será que este fato mostra que as dietas vegetarianas são mais saudáveis? Ou será irrelevante, tendo em conta que alguns não vegetarianos também vivem até idades muito avançadas? (É melhor perguntarmos se há uma percentagem mais elevada de vegetarianos que vivem até idades avançadas.) Terão as pessoas mais saudáveis tendência para se tornarem vegetarianas, ao contrário das outras? Todas estas questões têm de ser apreciadas cuidadosamente, e as respostas não são, à partida óbvias. Os argumentos também são essenciais por outra razão. Uma vez chegados a uma conclusão baseada em boas razões, os argumentos são a forma pela qual a explicamos e defendemos. Um bom argumento não se limita a repetir as conclusões. Em vez disso, oferece razões e dados suficientes para que as outras pessoas possam formar a sua própria opinião. Se o leitor ficar convencido de que devemos realmente mudar a forma como criamos e usamos os animais, por exemplo, terá de usar argumentos para explicar como chegou a essa conclusão: é assim que convencerá as outras pessoas. Ofereça as razões e os dados que o convenceram a si. Ter opiniões fortes não é um erro. O erro é não ter mais nada.

Anthony Weston, A arte de argumentar

Análise lógica dos textos filosóficos.

Todos os alunos têm de passar a correção para o caderno. Um aluno passa a correção para a ficha e entrega em nome de todos.

Separar a tese (ideia principal que se quer defender e a conclusão do argumento) 

 Dos argumentos (razões para fundamentar a ideia ou tese que são como premissas). 

 

Texto 1: 

 

Tema: A natureza do pensamento. 

Problema: O que é pensar? 

Tese1: Pensar é dizer não, é examinar e não se deixar iludir pelas aparências. 

Tese 2: Pensar é reflectir e reflectir é negar o que se crê.  

 

Argumentos: Há que ultrapassar as aparências. (...) Há que compreender o que é sempre dizer não. A si próprio que o pensamento diz não. Ele quebra a concordância repousante. Separa-se de si mesmo. Combate contra si mesmo. (...) É por eu consentir, por não procurar outra coisa, que o mundo me engana com as suas perspetivas, o seu nevoeiro, a sua confusão. E o que faz com que o tirano seja meu mestre é o facto de eu o respeitar em vez de o examinar. Mesmo uma doutrina verdadeira se torna falsa com esta sonolência. É por acreditarem que os homens são escravos.  

 

Conceitos: Pensamento, Reflexão, Exame, Aparências, crenças 

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Texto2 


Tema: O valor da Filosofia 

Problema: Qual o valor da Filosofia? 

Tese: O valor da Filosofia reside na sua incerteza. 

Argumento; porque a filosofia, se bem que incapaz de nos dizer ao certo qual venha a ser a verdadeira resposta às variadas dúvidas que ela própria evoca, sugere numerosas 

possibilidades que nos conferem amplidão aos pensamentos, desactivando-nos da tirania do 

hábito. Embora diminua, por consequência, o nosso sentimento de certeza no que diz 

respeito ao que as coisas são, aumenta em muitíssimo o conhecimento a respeito do que as 

coisas podem ser; varre o dogmatismo, um tudo-nada arrogante, dos que nunca chegaram a 

empreender viagens nas regiões da dúvida libertadora; e vivifica o sentimento de admiração, 

porque mostra as coisas que nos são costumadas num determinado aspeto que o não é. 

 

Conceitos, Filosofia, Incerteza, Dogmatismo, Hábito, Dúvida 

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TEXTO 3 

  


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TEMA: Como surgiu a Filosofia 

 

 PROBLEMA: 1. Como surgiu a filosofia?  

2.O que fazem os filósofos? 

 

Tese1. A filosofia surgiu da capacidade que os homens têm de se surpreender. 

Argumento: O homem acha tão estranho viver, que as perguntas filosóficas surgem por si mesmas. Exemplo: Pensa no que sucede quando observamos um truque de magia: não conseguimos perceber como é possível aquilo que estamos a ver. E perguntamo-nos: como é que o ilusionista conseguiu transformar dois lenços brancos de seda num coelho vivo? Para muitos homens, o mundo parece tão inexplicável como o coelho que um ilusionista retira subitamente de uma cartola até então vazia. 

 

Tese2.Os filósofos procuram compreender o mundo e como apareceu. 

 

Argumento: O mundo é como um truque de magia. (ARGUMENTO COM UMA COMPARAÇÃO-ANALOGIA)Um ilusionista, que não sabemos quem é, tirou o coelho/mundo da sua cartola. A maior parte das pessoas vive no pelo do coelho sem saber que são testemunhas de um truque. Os filósofos, pelo contrário, tentam trepar os pelos do coelho e fixar nos olhos o grande ilusionista. 

 

 

CONCEITOS: FILOSOFIA, ILUSIONISTA, FILÓSOFO, TRUQUE DE MAGIA 

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Texto 4 

 

Tema1: o valor da sabedoria humana 

Problema1: Qual o valor da sabedoria humana segundo o oráculo? 

Tese principal1: A sabedoria humana tem pouco ou nenhum valor 

Argumento1: Pois procurando encontrar a verdadeira sabedoria entre os homens, (Platão/Sócrates), conclui dando razão ao oráculo que não há verdadeira sabedoria entre os homens, que os homens são ignorantes, que o oráculo tem razão e só os deuses são sábios. 

Conceitos principais: sabedoria, oráculo, saber humano 

 

Tema2:O perigo de demonstrar como os homens são ignorantes 

Problema: Deve o filósofo afastar-se do seu dever de demonstrar a ignorância humana, por medo da morte? 

Tese: Não, o filósofo não deve deixar de fazer o que é justo por medo da morte. 

Argumento: “laborais em erro se acreditais que um homem que vale alguma coisa deve preocupar-se com as ocasiões da morte e da vida, em vez de procurar somente saber, em todos os momentos, se o que faz é justo ou injusto. Todo o homem que escolheu um posto por o julgar mais honroso ou porque aí foi colocado pelo seu chefe deve, na minha opinião, conservar-se nele com firmeza e não se preocupar com a morte ou com o perigo.” 

Conceitos: sabedoria humana, verdadeiro saber, morte, dever 

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Texto 5 

Tema: O estudo da Filosofia

Problema: Porque deve a filosofia ser estudada? 

 Tese: A filosofia deve ser estudada por causa das próprias questões que coloca; 

 Argumento: porque estas questões alargam a nossa conceção do que é possível, enriquecem a nossa imaginação intelectual e diminuem a certeza dogmática que fecha a mente à especulação; mas acima de tudo porque, devido à grandeza do universo que a filosofia contempla, a mente também se eleva e se torna capaz da união com o universo que constitui o seu mais alto bem." 

Conceitos: Filosofia, Questões, elevação da mente 

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Texto 6 


Tema1: O que é a Filosofia 

Problema 1: o que é a filosofia? O que procuram os filósofos alcançar? 

Tese principal: A Filosofia é superambiciosa pois tenta compreender a natureza de tudo de um modo muito geral.  

Argumento: 

A Filosofia tenta compreender a existência e a inexistência, a possibilidade e a necessidade, o mundo do senso comum, o mundo da ciência natural, o mundo da matemática, as partes e os todos, espaço e tempo, causa e efeito, mente e matéria. Querem compreender a nossa compreensão ela mesma; o conhecimento e a ignorância, a crença e a dúvida, a aparência e a realidade, a verdade e a falsidade, o pensamento e a linguagem, a razão e a emoção. Querem compreender e ajuizar o que fazemos com essa compreensão: ação e intenção, meios e fins, bem e mal, correto e incorreto, facto e valor, prazer e dor, beleza e fealdade, vida e morte, e mais. 

Conceitos principais: Filosofia, natureza de tudo 

 

Tema 2: A distinção entre Filosofia e Ciência natural 

Problema: Poderemos distinguir a Filosofia da Ciência natural? 

Tese: Ao princípio não, mas com o tempo, a Ciência natural desenvolveu uma metodologia diferente que a separou da Filosofia. 

“Estas nem sempre estiveram separadas. Desde os antigos gregos, a filosofia incluía a filosofia natural, o estudo do mundo natural. Alguns filósofos eram também cientistas e matemáticos, inclusive Descartes e Leibniz. Contudo, a filosofia natural, ou ciência natural, desenvolveu uma metodologia particular, conferindo um papel crucial à experimentação, à observação exacta através de instrumentos especiais como os telescópios e microscópios, à medição e ao cálculo. A Filosofia dispõe apenas do pensamento, ao passo que a ciência natural tem também aqueles outros métodos. 

Conceitos: Filosofia, Ciência Natural, Método 

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Texto 7: 


 

Tema1: Filosofar é refletir 

Problema1: Porque é que filosofar é refletir 

Problema 2: Que tipo de reflexão é o filosofar? 

Tese1: Filosofar é refletir 

 

Argumento: Refletir significa «voltar atrás». É pois, um repensar, ou seja, um pensamento em segundo graué um pensamento consciente de si mesmo, capaz de se avaliar, de verificar o grau de adequação que mantém com os dados objetivos, de medir-se com o real. Pode aplicar-se às impressões e opiniões, aos conhecimentos científicos e técnicos, interrogando-se sobre o seu significado. Refletir é o acto de retomar, reconsiderar os dados disponíveis, rever, vasculhar numa busca constante de significado. É examinar detidamente, prestar atenção, analisar com cuidado. Ora é isso que a filosofia faz, logo… 

Tese 2 Filosofar é uma reflexão radical, o rigorosa e global 

Não tem argumentos 

 

Conceitos, Reflexão, pensamento, significado. 

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