terça-feira, 9 de maio de 2023

Texto para resumo Diogo Themido 10A; João Costa 10I



Lê o texto com atenção e responde com clareza às perguntas que são enunciadas no final

"Imagina que não conheces o teu lugar na sociedade, a tua classe e estatuto social, os teus gostos pessoais e as tuas características psicológicas, a tua sorte na distribuição dos talentos naturais (como a inteligência, a força e a beleza) e que nem sequer conheces a tua concepção de bem, ignorando que coisas fazem uma vida valer a pena. Mas não és o único que se encontra nesta posição original; pelo contrário, todos estão envoltos neste véu de ignorância. Rawls afirma que esta situação hipotética descreve uma posição inicial de igualdade e nessa medida este argumento junta-se ao argumento intuitivo da igualdade de oportunidades. Ambos procuram defender a concepção de igualdade que melhor dá conta das nossas intuições de igualdade e justiça. De seguida, Rawls levanta a questão central: Que princípios de justiça seriam escolhidos por detrás deste véu de ignorância? Aqueles que as pessoas aceitariam contando que não teriam maneira de saber se seriam ou não favorecidas pelas contingências sociais ou naturais. Nessa medida, a posição original diz-nos que é razoável aceitar que ninguém deve ser favorecido ou desfavorecido.
Apesar de não sabermos qual será a nossa posição na sociedade e que objectivos teremos, há coisas que qualquer vida boa exige. Poderás ter uma vida boa como arquitecto ou poderás ter uma vida boa como mecânico e parece óbvio que estas vidas particulares serão bastante diferentes. Mas para serem ambas vidas boas há coisas que terão de estar presentes em qualquer uma delas, assim como em qualquer vida boa. A estas coisas Rawls chama bens primários. Há dois tipos de bens primários, os sociais e os naturais. Os bens primários sociais são directamente distribuídos pelas instituições sociais e incluem o rendimento e a riqueza, as oportunidades e os poderes, e os direitos e as liberdades. Os bens primários naturais são influenciados, mas não directamente distribuídos, pelas instituições sociais e incluem a saúde, a inteligência, o vigor, a imaginação e os talentos naturais. Podes achar estranho que as instituições sociais distribuam directamente rendimento e riqueza, mas segundo Rawls as empresas são instituições sociais.
Ora, sob o véu de ignorância, as pessoas querem princípios de justiça que lhes permitam ter o melhor acesso possível aos bens sociais primários. E, como não sabem que posição têm na sociedade, identificam-se com qualquer outra pessoa e imaginam-se no lugar dela. Desse modo, o que promove o bem de uma pessoa é o que promove o bem de todos e garante-se a imparcialidade. O véu de ignorância é assim um teste intuitivo de justiça: se queremos assegurar uma distribuição justa de peixe por três famílias, a pessoa que faz a distribuição não pode saber que parte terá; se queremos assegurar um jogo de futebol justo, a pessoa que estabelece as regras não pode saber se a sua equipa está a fazer um bom campeonato ou não. Imagina os seguintes padrões de distribuição de bens sociais primários em mundos só com três pessoas:
Mundo 1: 9, 8, 3;
Mundo 2: 10, 7, 2;
Mundo 3: 6, 5, 5.
Qual destes mundos garante o melhor acesso possível aos bens em questão? Lembra-te que te encontras envolto no véu de ignorância. Arriscas ou jogas pelo seguro? Tentas maximizar o melhor resultado possível ou tentas maximizar o pior resultado possível? Rawls responde que a tua intuição de justiça te conduzirá ao mundo 3. A escolha racional será essa. A estratégia de Rawls é conhecida como "maximin", dado que procura maximizar o mínimo."

Faustino Vaz


5 comentários:

Unknown disse...

O mundo que me parece mais justo e o que garante melhor acesso aos bens é o mundo 3,pois este é considerado o mais pobre , mas mais igualitário em relação à distribuição de bens primários . Os outros mundos apresentam uma grande diferença entre a distribuição de bens sociais .

Beatriz Vital 10 H

Unknown disse...

Apesar de ser a opção com mais popularidade entre todos os que se deparam com uma situação hipotética desta dimensão, escolheria também o Mundo 3.
Comparando este mundo com os outros, a diferença entre os valores do mundo 1 e 2 são mais "radicais" do que no mundo 3.
Inclino-me mais para este mundo por sentir que não existe uma diferença tão drástica entre os números das classes 6 e 5. Este caso opõe-se, por exemplo, ao que acontece no Mundo 2, onde os números levam atrás de si um peso considerável de diferenças. Ao escolher o mundo 3, para além do conjunto de números me parecer mais equilibrado, seria mais "ameno", talvez não se verificava a necessidade de tirar a uma classe mais rica o que uma classe desfavorecida não tem.

Nadya 10ºH

Unknown disse...

De todos os mundos explicitos o mundo 3 é o mais favorável, pois é aquele que assegura mais igualdade de bens perante o mundo 1 e 2 (tendo estes uma grande desigualdade de bens). De um ponto de vista racional escolheria o mundo 3 pois tenho mais probabilidades de ser inserida num grupo com melhor acesso de bens (visto que no mundo 3 os bens estão bem distribuídos perante a população) do que os mundos 1 e 2 onde teria menos probabilidades de ser inserida num grupo com melhor acesso de bens visto que dentro de ambos os mundos existe um grupo com um péssimo acesso de bens.
No entanto, nos mundos 1 e 2 os grupos com maior recurso a bens seriam capazes de investir mais na economia da sociedade o que me favoreciria como cidadão dessa mesma sociedade no futuro. Concluindo, na minha opinião, saíria favorecida com qualquer um dos mundos.

Carolina Godinho, 10ºH

Unknown disse...

O mundo do que mais é "justo" e o mundo o 3 pois, comparando com o os outros mundos ( mundo 1 e mundo 2),onde é notória uma grande desigualdade de bens.
Se eu tivesse de escolher entre os mundos, eu escolheria o mundo 3 , pois não haveria uma "drástica" desigualdade de bens(o números são mais equilibrados).
Já os outros mundos apresentão​ uma grande diferença entre os bens sociais.
Concluindo, eu escolhendo o mundo 3 "não ficaria bem muito rico nem muito pobre", ficaria remediado, devido ao facto de o mundo 3 ser um mais igualitário.

Maria Proença disse...

Eu escolheria o mundo 3, pois enquanto o mundo 1 e 2 têm uma grande diferença e desigualdade em relação aos seus bens, uma vez que existe uma grande diferença entre os seus números ,o mundo 3 apesar de ser o mais pobre é o que tem mais igualdade e por isso os seus membros têm um acesso igualitário aos bens

Maria Proença.