segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Para o próximo teste de 2 de Dezembro 2015:

Olá!

Vou acrescentar à matriz os conceitos mais importantes que é preciso saber para o teste:

1. Filosofia
2. Argumento
3.Premissas
4. Conceitos
5. Proposições
6. Ação humana
7. Acontecimento
8. Intenção/Agente/Motivo/Consciência
9. Ação Voluntária/Involuntária
10. Akrasia
11. Liberdade/Decisão/Deliberação
12. Condicionantes da ação
13. Livre-arbítrio
14. Determinismo
15. Teoria

Não se esqueçam que também sai a análise lógica de texto.

Estudem e boa sorte!

A professora Helena Serrão

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Ficha sobre o filme "O menino Selvagem"



Ficha 4. “O menino Selvagem” François Truffaut, França, 1970
Nome:________________________/__________________________________

1ªParte.
1. Este filme conta uma história baseada em factos que ocorreram no seculo XIX. Qual é a história?
2. O que demonstra esta história?
3. Quais as limitações biológicas e psíquicas do menino selvagem? Porquê?
4. Considera que ele evoluiu com a aprendizagem? Dê exemplos.
5. Considera que ele poderá tornar-se um menino como os outros integrando-se na sociedade? Porquê?
6. Comente a seguinte frase: “Será preciso admitir que os homens não são homens fora do ambiente social, visto que aquilo que consideramos ser próprio deles, como o riso ou o sorriso, jamais ilumina o rosto das crianças isoladas.” Lucien Malson, “Les Enfants Sauvages”

2ª Parte
Por fim, podemos concluir que o Homem, lançado na Terra, sem forças físicas nem ideias inatas, tanto na selva como na mais civilizada das sociedades, será apenas aquilo que dele fizerem. Segundo Jaspers (filósofo alemão), “são as nossas aquisições, as nossas imitações e a nossa educação que nos transformam em homens do ponto de vista psíquico”. O comportamento humano é uma conquista feita em consequência do processo da sua integração no meio cultural, que varia em função da sociedade a que pertence. O que nos torna reconhecidamente humanos depende de muito mais do que a nossa herança genética e biológica: é fundamental ter em conta as dimensões social e cultural para que possamos compreender os seres humanos e a forma como se comportam. Tornamo-nos humanos através da aprendizagem de formas partilhadas e reconhecíveis de ser e de nos comportarmos. O Homem deve à cultura a capacidade de ultrapassar os seus instintos, tendo, desta forma, o poder de optar, escolher qual o caminho que considera melhor, segundo os valores em que se apoia, depois de analisar, racionalmente, a realidade. É portanto necessário “admitir que os homens não são homens fora do ambiente social” e que necessitam, mais do que os outros animais, da vivência junto da espécie.
Ainda que a liberdade seja um fator que está subjacente às ações especificamente humanas, podemos concluir, tendo em conta todo este caso, que existem de facto condicionantes da ação humana. Em primeiro lugar, o menino selvagem, não obstante viver numa floresta, não tinha as mesmas capacidades físicas de outros animais, ou seja, os fatores biológicos também afetaram as suas ações enquanto selvagem. Em segundo lugar, surgem os fatores intelectuais, pelo facto do menino não ter competências nesse sentido, o que dificultou as suas ações na sua vivência em sociedade.
1. Tendo em conta este texto diga quais as condicionantes que afetavam o comportamento de Victor.
2. O que é que o homem deve à cultura?
(Realize esta ficha numa folha de linhas e entregue depois de visionar o filme.)

Novembro de 2015 - Aula de Filosofia: Professora Helena Serrão

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Causalidade natural e do agente

Temos conhecimento de dois tipos de explicação de acontecimentos, duas maneiras diferentes de os objetos causarem acontecimentos. Há a causalidade inanimada e a causalidade intencional. Quando a dinamite produz uma explosão particular, fá-lo porque tem, como uma das suas propriedades, o poder e a possibilidade de exercer esse poder sob certas condições – quando é inflamada à temperatura e pressão adequadas. A dinamite tem de dar origem a uma explosão sob essas condições; não tem opção e não há nada de deliberado nisso.  
Mas suponha o leitor que a dinamite se inflamou porque um terrorista pegou fogo à dinamite porque tinha o poder de o fazer, acreditava que fazê-lo iria causar uma explosão e tinha o propósito de causar uma explosão. Escolheu incendiar a dinamite; poderia ter agido de outra maneira. Aqui temos dois tipos de explicação. A primeira em termos de poderes e possibilidades, é uma explicação inanimada. A segunda, em termos de poderes, crenças e propósitos, é intencional ou(…)pessoal.Fenómenos diferentes explicam-se de maneiras diferentes: certos acontecimentos são causados intencionalmente por pessoas (…) e certos acontecimentos são causados por coisas inanimadas.


                                                                               Richard Swinburne, Será que Deus Existe?p.30

Segundo o texto, o que distingue a causalidade natural da causalidade do agente?

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Correção do Teste de 28 de Outubro de 2015



RESPOSTAS - GRUPO III

1.  Os primeiros filósofos, também denominados pré-socráticos porque se situam cronologicamente antes de Sócrates, tinham como principal problema a origem do mundo  e tentavam explicar essa origem através de uma substância primordial: "arché". O "arché" era um elemento material que poderia constituir a unidade através da qual toda a diversidade do mundo poderia ter surgido. Procuravam dar uma explicação recorrendo a uma certa lei natural da matéria e não recorriam apenas a histórias míticas para explicar o mundo como faziam os seus antepassados. Assim, ao procurar o elemento original procuravam compreender a ordem do cosmos e a matéria que todas as coisas têm em comum. Assim para Tales o "arché" era a água, para Anaximandro o "Apeiron" e para Anaxímenes o ar.
2. Alegoria da Caverna é uma história imaginada por Platão no livro "A República" onde se pretende através de imagens, representar a condição humana face ao conhecimento. Descreve a situação de um grupo de homens numa caverna. Cada uma das imagens pretende representar um aspecto da realidade em que os homens vivem habitualmente assim como o seu conhecimento. Assim, primeiramente:
A descrição do mundo da caverna – o mundo sensível
Os prisioneiros representam a condição humana presa a ilusões e preconceitos. Escravos do hábito, do senso comum, acreditam no que vêem e rejeitam tudo o que coloque em causa a sua crença.
Um dos prisioneiros consegue fugir e libertar-se, iniciando a escalada para fora da escuridão, inicia a sua aprendizagem habituando-se progressivamente à luz e aos objetos. Começa por ver reflexos mas depois por etapas pode ver tudo, incluindo a origem da luz que é o próprio SOL (BEM). O Bem é a Verdade , a Beleza e Proporção de todas as coisas.

O Homem depois de se ter libertado, volta à caverna para libertar os outros, mas os outros não acreditam, presos ao hábito e incapazes de pensarem para além dele, matarão o libertador.A caverna representa a ignorância, o mundo em que não há liberdade pois não há alternativas, Platão pretende demonstrar que o mundo fora da caverna corresponde ao mundo pensado, onde podemos ver para além das crenças habituais que corresponde ao conhecimento.
3. A Filosofia distingue-se da Ciência pelo método e pelo ponto de vista em que se coloca. Quanto ao método não recorre a factos ou experiências para provar as suas teorias, nem para verificar se elas são verdadeiras, a Filosofia não tem um método empírico ou experimental mas sim um método argumentativo que consiste na colocação de hipóteses e na dedução das suas consequências. A Filosofia também se distingue da Ciência por causa do ponto de vista em que se coloca face ao saber. Enquanto A ciência parte de determinados pressupostos indiscutíveis como certos axiomas indemonstráveis ou de princípios, como a causalidade, a Filosofia interroga os pressupostos e coloca-os em dúvida, sendo por isso um pensamento radical no sentido em que nada aceita sem discussão prévia. A Ciência divide o seu objeto de estudo em disciplinas perdendo por isso a visão da totalidade do real, enquanto a Filosofia tem sempre como perspetiva a totalidade, o seu objeto de estudo é a totalidade do real.  Por outro lado a Filosofia não é senso comum pois este não coloca em causa o saber tradicional e tende a adotar crenças espontâneas  que não são submetidas a um exame racional ao contrário da Filosofia que submete as nossas crenças ao juízo crítico.
4. Os conceitos que caracterizam a Filosofia são Radicalidade, Autonomia, Universalidade e Historicidade. A Radicalidade significa experiência dos limites, interrogar-se sobre a raiz das ideias e das crenças tentando encontrar o seu fundamento, isto é, os princípios em que cada uma das crenças se fundamenta, os seus pressupostos, é uma característica específica da Filosofia e pressupõe uma atitude crítica e indagadora.
Autonomia significa independência, no caso da Filosofia, independência do pensamento face à Ciência e à Religião, não é o mesmo que indiferença, pelo contrário, é antes uma distanciação face às crenças divulgadas e maioritárias, essa distanciação é desejável para poder desenvolver a atitude crítica que caracteriza a Filosofia