quinta-feira, 3 de abril de 2014

Correcção do teste de Março 2014




 
  Grupo I
1     1. Quando o relativismo cultural admite como um facto a diversidade de culturas, e se cada cultura tem códigos morais diferentes, não havendo nenhuma cultura superior que possa ter autoridade moral, então todos os códigos morais e as práticas que os aplicam são justificadas e não podem ser julgadas, pois não existe nenhuma autoridade moral fora da cultura. Deste modo estamos a defender o relativismo moral.

2.       2. A posição que defende que os valores são subjectivos defende que estes dependem do sujeito que aprecia, sendo o valor o resultado de uma apreciação subjectiva, isto é dada por alguém num certo momento histórico e num certo contexto. A posição objectiva diz que os valores não dependem dos sujeitos particulares, que existem nas coisas, não dependem da apreciação, as acções, os objectos e as pessoas têm um determinado valor, o sujeito no seu  juízo reconhece ou descobre esse valor.

3.       3. “A pena de morte é injusta visto que pode executar inocentes". Trata-se de uma opinião que confere um valor moral à pena de morte, como tal, pode ser discutida e é normativa, isto é, quer expressar a forma como o mundo devia ser.

Grupo III

1. Segundo o texto mentir nunca é moralmente permissível, seja qual for a posição, a situação ou a necessidade de alguém, nunca é correcto mentir, nem pode haver justificação para o fazer. Pois se acção moral deve cumprir o imperativo categórico, deve ser uma acção cujo único motivo seja o respeito para com a lei moral cuja fórmula eleva o homem a ser um legislador, isto é a poder fazer da regra pela qual se segue, uma lei universal. Neste sentido a regra “Deves mentir” nunca poderia ser uma lei universal, logo não podendo ser válida para todos, não pode ter apenas valor para alguns, pois isso é impossível para Kant. O valor moral de uma acção não pode ser apenas para alguns. 

2.Acções por dever são aquelas que obedecem ao imperativo categórico, a sua finalidade única é cumprir a lei que a razão a si mesma impõe, isto é o dever, logo são isentas de interesse ou da necessidade do agente. Essas são acções com valor moral.
Acções conforme ao dever seguem a norma social, são acções legais mas não são morais porque a vontade do agente é movida por um qualquer interesse ou sentimento como retirar um proveito ou pelo medo das consequências.
Acções contra o dever, não seguem a lei moral nem a norma social, não seguem qualquer norma e são comandadas por um interesse ou sentimento momentâneo do agente.


4.      3. A situação descrita no texto apresenta uma situação de dilema moral. Um dilema moral é um problema com duas soluções.  Ambas as soluções violam princípios morais, porque um dilema coloca em termos alternativos duas soluções que não seriam escolhidas livremente pelo sujeito, qualquer uma delas implica o abandono da outra  que não é correcto abandonar.
Comparação das perspetivas de Kant e de Stuart Mill relativamente ao critério de avaliação das ações morais:
Para Kant, as ações são más ou boas em si mesmas, independentemente das suas consequências práticas ou materiais. Só a vontade é boa, pois só ela pode ser controlada pelo agente, as consequências não estão no domínio do agente, logo não contam para determinar o valor moral da acção.A avaliação é feita "a priori", isto é, independente da experiência. Para Stuart Mill não há ações boas ou más em si mesmas, e a intenção com que são praticadas é irrelevante. As consequências são o único critério relevante para apreciar o valor moral das ações. Porque a acção moral visa assegurar um bem maior para todos os que estão ao seu alcance e não apenas para o agente. Daí que toda a avaliação moral seja "a posteriori".
 Comparação de Kant e de Stuart Mill relativamente ao princípio supremo da moralidade
Para Kant o imperativo categórico é o princípio supremo da moralidade. Este determina que devemos agir somente de acordo com máximas universalizáveis
Para Stuart Mill a moralidade deve fundamentar-se no princípio de utilidade que afirma que são boas as ações que tendem a promover de forma estritamente imparcial a felicidade do maior número possível de indivíduos.
 Segundo a moral kantiana o arquitecto deve dizer a verdade, porque deve obedecer à máxima moral que diz : "Não deves mentir". Mentir é, portanto, contra a lei moral, e essa lei não muda de acordo com as situações porque é universal e anterior a qualquer experiência. Essas são as condições da acção moral, por mais dolorosas que sejam as consequências, a autonomia da pessoa coloca-se na obediência à lei da razão e não aos seus interesses e sentimentos porque se assim fosse nada na sua acção poderia ter uma máxima universal porque os interesses e os sentimentos variam de pessoa para pessoa.

Segundo a moral utilitarista o arquitecto deveria calcular as hipóteses de sofrimento e prazer que as consequências da sua acção teriam para a comunidade. Se encobrir o presidente fosse necessário para proporcionar melhor qualidade de vida às pessoas, teria de ponderar, entre o sofrimento causado pelo dinheiro roubado e as consequências futuras. A sua acção poderia mudar favoravelmente a condição de muitos e isso justificaria mentir




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