quarta-feira, 2 de março de 2011

TESTE INTERMÉDIO DE FILOSOFIA

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CRITÉRIOS DE CORRECÇÃO

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CRITÉRIOS DE CORRECÇÃO PARA OS ALUNOS. (ABREVIADO)
CORRECÇÃO DO TESTE INTERMÉDIO DE FILOSOFIA




22 DE FEVEREIRO 2011

Critérios gerais:

1. Articulação da composição

2. Domínio dos conceitos.

3. Adequação da resposta à pergunta

4. Clareza da exposição.



GRUPO I



1.1 – C

1.2 - D

2. Na resposta, é explicitado o conceito presente no texto, integrando-se os aspectos seguintes:



Identificação do conceito de finalidade ou de fim ou importância da acção como um meio para a concretização de um fim ou de um projecto previamente programado.

Referência à função do conceito: resposta à pergunta «para quê” A Acção humana integra-se num projecto que visa a realização do agente e só nesse aspecto ganha um valor como intervenção do agente no mundo de acordo com as suas escolhas.



3.1. O problema filosófico abordado no texto é o determinismo e o livre-arbítrio. Será a vontade livre?



3.2. Expõe duas críticas à teoria do determinismo radical que visam ou a própria teoria, ou argumentos que a suportam, ou consequências dessa teoria, partindo do argumento presente no texto e recorrendo a outra teoria, argumento, objecção ou exemplo pertinente.

A experiência da liberdade da vontade, que é o argumento presente no texto, constitui uma objecção à tese determinista radical, que afirma não haver acções livres;

A tese determinista radical, ao negar a existência de acções livres, tem como consequência a negação da responsabilidade moral. Assim, outra das críticas ao determinismo radical consiste em apresentar exemplos da experiência comum que impliquem a atribuição de responsabilidade moral, como o da apreciação das acções humanas enquanto louváveis ou condenáveis.



Os argumentos do livre-arbítrio podem utilizar-se como crítica ao determinismo, porque defendem que a acção humana é inseparável da consciência de cursos alternativos de acção. O sujeito quando age conscientemente sabe que poderia ter escolhido fazer outra coisa. Essa noção faz parte da noção de intencionalidade da consciência.





GRUPO II



1.1 – Na situação descrita no texto, há um conflito valorativo entre o valor da vida própria e o valor da vida de outrem; o valor superior é o valor da vida, ocupando o lugar superior na hierarquia e na preferência valorativa que orienta a escolha;em condições normais, o valor da vida (a própria e a dos outros) é respeitado; na situação do texto, prevalece o valor de auto-protecção.



1. 2. Uma situação de conflito de valores apresenta-se como um dilema moral. Um dilema moral é um problema com duas soluções ambas violam princípios morais. A escolha é inevitável, por isso envolve um conflito.



2. 1. D

2.2. A

2.3. B

2.4. C



GRUPO III



1.1. O imperativo categórico exprime a lei moral sob a forma de dever;

– só as acções praticadas em obediência ao imperativo categórico, por puro respeito à lei, têm valor moral; o imperativo categórico ordena sem condições;

– o imperativo hipotético ordena mediante condições. Neste caso, as acções são praticadas em função de inclinações, ou como condição para se atingir uma finalidade extrínseca, pelo que não têm valor moral.

O imperativo categórico apresenta-se como uma ordem na consciência, ordem essa cuja fórmula é: Tu deves, agir como se a máxima da tua acção pudesse ser tomada como uma máxima universal e, na segunda formulação, tu deves agir tendo a humanidade em ti próprio e nos outros como um fim e nunca como um meio. Representa o imperativo a forma da lei moral, ordem absoluta visto que não depende das circunstâncias nem dos sujeitos pois está acima da experiência particular visto que é anterior à experiência é “a priori”. O dever moral apresenta-se como um imperativo categórico, isto é aquele que não admite excepções e que se impõe em todas as ocasiões e a todos os sujeitos é pelo imperativo categórico e a forma da lei que como ser moral todo o homem é legislador do reino dos fins.

O imperativo hipotético é uma obrigação ligada ao trajecto e aos interesses do sujeito. Essa obrigação cessa quando o desejo ou interesse é satisfeito. Liga-se portanto às circunstâncias particulares da vida e aos deveres de cada um face à sua experiência particular.



1.2. A acção de salvar alguém de se afogar (exemplo do texto) é moralmente correcta, independentemente da intenção do agente;o valor moral da acção depende das consequências da acção.



2. Segundo o princípio da vontade autónoma (racional), na ética formal de Kant, é na intenção do agente, na obediência ao imperativo categórico (dever), que se encontra o critério de moralidade; é moralmente boa a acção realizada por dever;

Segundo o princípio da maior felicidade para o maior número de pessoas, na ética utilitarista de Stuart Mill, são as consequências da acção que devem ser julgadas; é moralmente boa a acção cujas consequências beneficiem o maior número de pessoas, independentemente da intenção do agente;

A ética de Kant é considerada deontológica, enquanto a ética de Stuart Mill é considerada consequencialista



Segundo os princípios da moral deontológica de Kant, a acção correcta é aquela que traduz uma boa vontade, isto é, uma vontade afastada do interesse pessoal, uma vontade desinteressada , essa boa vontade não podia moldar-se pelas consequências materiais da acção mas apenas pelo cumprimento da lei. A lei moral ordena-nos que a máxima da nossa acção possa ser universalizável, ora mentir mesmo que seja para um bom fim, não pode ser universalizável. O arquitecto não devia mentir.

Quanto à moral consequencialista a acção correcta deve proporcionar o maior bem ao maior número de pessoas, entendendo-se como maior bem, para avaliar a acção teríamos de equacionar a qualidade do bem proporcionado, se é duradouro e a quantidade de pessoas que seriam afectadas pela acção. Assim, segundo estes princípios o facto do arquitecto não mentir, seria bom para a sua consciência mas, possivelmente teria como consequência a prisão do presidente da Câmara e o congelamento das verbas. Justificar-se-ia então mentir desde que as consequências fossem minorar o sofrimento e proporcionar o maior Bem ou felicidade ao maior número de pessoas, facto que seria possível através da mentira.

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